sábado, 25 de outubro de 2008

Resumo Semanal - A Expiação e a Iniciativa Divina - 25/10/2008 a 25/10/2008

Resumo Semanal - 19/10/2008 a 25/10/2008

A EXPIAÇÃO E A INICIATIVA DIVINA



Pr. João Antonio Alves
Professor de Teologia do IAENE

Verso para memorizar: “E [Deus] nos revelou o mistério de Sua vontade, de acordo com Seu bom propósito que Ele estabeleceu em Cristo, isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos” (Ef 1:9,10, NVI).

Pensamento-chave: Mostrar que a Divindade previu a queda e que um plano foi traçado para resolver o problema do pecado, muito antes que ele surgisse.

A obra da redenção não foi um pensamento posterior na mente de Deus, ou uma improvisação, um plano B, resultante de uma surpresa introduzida pelo pecado e suas conseqüências. Ao contrário, o plano divino para a salvação da humanidade foi formulado antes da fundação do mundo. O vidente de Patmos se refere ao “Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo” (Ap 13:8). Um aspecto central na obra da redenção está no sofrimento e morte de Jesus. Por essa razão, afirma-se que, no coração da religião cristã, encontra-se uma cruz. Sobre esta cruz, Deus lidou com o problema introduzido pelo pecado e operou a salvação do pecador. Historicamente, a cruz se situa no tempo há uns 2.000 anos. Entretanto, podemos dizer que esta cruz, antes de ser erguida no Calvário, esteve eternamente erguida no coração de Deus. “Antes que os fundamentos da Terra fossem lançados, Pai e Filho Se haviam unido num concerto para redimir o homem, se ele fosse vencido por Satanás. Haviam-se dado as mãos, num solene compromisso de que Cristo Se tornaria o fiador da raça humana. Esse compromisso Cristo ­cumpriu. Quando, sobre a cruz soltou o brado: ‘Está consumado’, dirigiu-Se ao Pai. O pacto estava plenamente satisfeito. Então, Ele declarou: ‘Pai, está consumado. Fiz, ó Meu Deus, a Tua vontade. Concluí a obra da redenção’ ” (E. G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 797, 798).

O Mistério do amor de Deus

É reconhecido em geral que a lei de Deus reflete Sua natureza (L. Berkhof, Teologia Sistemática, 371; M. L. Erickson, Christian Theology, 2ª ed., 820). Sendo assim, é imutável, como imutável é o próprio Deus. Em conseqüência, a transgressão da ordem divina pelo santo casal no jardim do Éden criou uma situação que, de certa forma, colocaria à prova a Divindade. Como lidar com a questão? O que fazer? Cumprir a palavra dita – “No dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17) – ou encontrar uma saída? Se assim fosse, como resolver o dilema?

A violação da lei implica em sérias conseqüências. Existe um vín­culo definido entre pecado e punição: “Porque o que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção” (Gl 6:8). A punição é compreendida não como algo possível, mas como inevitável. Diante da realidade inexorável da morte do ser humano, o amor incomensurável e incompreensível de Deus O levou a prover uma forma de livrar os pecadores de seu destino. Como afirmou o apóstolo Paulo, “Deus prova o Seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8).

Ainda que a realização do plano da redenção tenha sido algo ­custoso para Deus, pois estava implicada a morte da segunda sessoa da Divindade, o Filho único de Deus, o amor colocou em ação o plano traçado. É como se Deus dissesse: “Não posso agir de outra forma”. Partindo de Sua natureza, fez o que era preciso – e o que era preciso implicava a morte de Seu amado Filho.

A lei não poderia simplesmente ser abolida por Deus, e o homem ser tratado como se nada houvesse ocorrido. Alguém deveria assumir a responsabilidade pela transgressão. Nesse caso, a segunda pessoa da Divindade levaria sobre Si a pena pela desobediência do homem. Entretanto, ninguém deve concluir que, visto que a lei reflete o caráter, ou natureza, de Deus, o ­seu cumprimento é capaz de operar a salvação de quem quer que seja. A simples obediência da lei não é suficiente para solver o problema do pecado. Não obedecemos à lei para obter a justificação diante de Deus, ou para alcançar méritos para nossa própria salvação. A obediência é o resultado da operação da graça de Cristo na vida do crente.

O coração humano é egoísta, centrado em si mesmo; busca seus próprios interesses, a satisfação imediata. Ao refletir sobre o amor divino, amor escrito com sangue, o que você almeja fazer por Ele? Às vezes, se ouve o argumento de que Deus não Se importa com o que eu faço, visto, digo, assisto ou leio. Geralmente, tal arrazoado é apresentado para justificar determinadas preferências, ou conveniências. O indivíduo revela que não está disposto a abrir mão de algo que aprecia em favor de sua relação com Deus. Mas uma relação fundamentada no amor verdadeiro, produzido pela ação do Espírito Santo na vida do crente, inevitavelmente levará a uma reavaliação de toda a vida.

Quando uma pessoa se casa por amor, evidencia sua preferência pelo cônjuge em detrimento de todas as demais pessoas. Também leva a um profundo desejo de agradar à pessoa amada, conhecer o que a agrada e/ou desagrada, o que pode levar ao abandono de algumas coisas que faziam parte da rotina no passado. Tudo passa a ser diferente. O mais importante é não quebrar o relacionamento amoroso com a pessoa amada. Se transportarmos este pensamento para o âmbito espiritual, nosso maior desejo será estreitar mais e mais o relacionamento com Deus, passar cada vez mais tempo ao Seu lado, dedicar-nos mais e mais a conhecê-Lo, a ouvir-Lhe a voz, a falar com Ele, etc. Considere: por amor a você, Ele deixou tudo; por amor a Ele, o que você está disposto a deixar? Por amor a você, Ele suportou a morte; por amor a Ele, o que você está disposto a suportar? Ele abandonou o Céu por você; tem alguma coisa que você não consegue abandonar? Se sim, por quê? Seria porque tal coisa é mais importante que o Salvador? É maior que seu amor por Ele?

O mistério da graça de Deus

A graça é um aspecto do amor de Deus, e é estendida parti­cularmente aos pecadores. Observe as declarações do apóstolo Paulo: “[NEle] temos a redenção, pelo Seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da Sua graça” (Ef 1:7). “Para mostrar nos sé­culos vindouros a suprema riqueza da Sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus” (Ef 2:7). “Riqueza da Sua graça” e “suprema riqueza da Sua graça”. Como poderia o apóstolo destacar de forma mais acentuada a graça de Deus? Observe que a graça não se encontra no que fazemos ou deixamos de fazer. Não está nas cerimônias de que participamos. Não está presente em um símbolo, ou livro, etc. A graça se manifestou a nós na Pessoa de Jesus Cristo. Esta graça, revelando um aspecto do amor divino, nos trouxe a “redenção, pelo Seu sangue”.

A transgressão da lei exigia a morte do pecador. O amor de Deus exigia a salvação do mesmo pecador. É neste contexto, de queda em pecado, de miséria espiritual, de condenação à morte, que se manifesta a graça de Deus em Cristo.

“Tudo devemos à graça, livre e soberana. A graça no pacto ordenou nossa adoção. A graça no Salvador efetuou nossa redenção, regeneração e adoção para sermos herdeiros com Cristo” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 268).

Se é graça, significa que não merecemos a obra realizada em nosso favor. Isto é importante, para que ninguém se julgue melhor que os demais. De acordo com Paulo, somos todos pecadores (Rm 3:23). Segundo o profeta, o melhor que temos, ou seja, nossa justiça, não passa de trapo de imundície (Is 64:6). Desta forma, à vista de Deus, somos todos iguais, e desesperadamente carentes de Sua graça. E Deus estende a nós a oferta da graça em Cristo: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5:20). A solução para o pecado é a graça de Deus.

Por outro lado, que ninguém siga a sugestão de continuar pecando para receber ainda mais da graça divina. A salvação é do pecado, e não no pecado. Compreenda o contraste. A salvação restaura o relacionamento quebrantado pelo pecado. Somos restaurados a uma vida de harmonia com a vontade de Deus.

Um plano eterno

Conforme vimos, a decisão consciente e deliberada do homem em desatender uma ordem específica de Deus teria como conseqüência inevitável a morte do pecador. Deve-se destacar que o homem foi provado em algo ínfimo, insignificante. Afinal, ele tinha à disposição todo um jardim de delícias, sendo-lhe vedado apenas um ponto do Paraíso. Ainda assim, conhecemos o resultado catastrófico da experiência que submergiu toda a humanidade em uma situação de angústia, dor, sofrimento, e que se prolongará até o dia da volta de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Sendo o homem ­culpado, Deus estaria justificado em exe­cutar Sua palavra e punir o homem com a morte. Mas Ele decidiu seguir outro caminho. Em lugar da morte eterna, Ele ofereceu a esperança da vida eterna. Esta vida está em Seu Filho (1Jo 5:12). Este é o mistério da piedade (1Tm 3:16), a manifestação do Filho de Deus para a salvação do pecador.
Embora seja definido como um “mistério”, há alguns aspectos que o Novo Testamento revela acerca deste assunto, conforme destacadas na lição:

Primeiro: foi formulado “antes da fundação do mundo” (Ef 1:4). Isso significa que muito antes de os seres humanos caírem em pecado, a Divindade criou um plano para lidar com essa calamidade.

Segundo: este mistério divino foi mantido “o­culto dos sé­culos e das gerações” (Cl 1:26). O plano não foi apenas detalhado antecipadamente, mas também foi também determinado que seria posto em exe­cução em um momento ­específico. Então, por muito tempo, ele permaneceu o­culto dentro da Divindade.

Terceiro: o mistério está especificamente identificado com Cristo (Cl 1:27). Isso se refere ao mistério da pessoa de Cristo, Seu ministério, Sua morte, ressurreição e mediação em favor de uma raça humana pecadora. É fundamentalmente as boas-novas de salvação por meio de Cristo, o evangelho cristão (Ef 6:19).

Quarto: esse mistério é definido mais adequadamente como o propósito de Deus de “unir, no tempo certo, debaixo da autoridade de Cristo, tudo o que existe no Céu e na Terra” (Ef 1:10, NTLH). O plano era restaurar, na pessoa de Cristo, a harmonia cósmica arruinada pelo pecado. A eficácia desse processo já é visível na unidade de gentios e judeus na igreja (Ef 3:6).

Quinto: o mistério secretamente formulado dentro da Divindade antes da criação do mundo se tornou conhecido na vinda de Cristo à história humana.

O Caminho da cruz

A atitude rebelde do homem não poderia ser ignorada por Deus. Como o Senhor não destruiu imediatamente Adão e Eva, e também não os abandonou à própria sorte, só Lhe restou uma alternativa: colocar em prática o plano da salvação, ou seja, iniciar Sua caminhada rumo à cruz. Ali Jesus “morreu a seu tempo pelos ímpios” (Rm 5:6). Ali Jesus Se ofereceu como sacrifício, de “uma vez por todas”, de “uma vez para sempre” (Hb 9:26, 28), para aniquilar o pecado. Ali Jesus “foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados” (Is 53:5).

A Bíblia destaca este aspecto de Cristo oferecer a Si mesmo em lugar do pecador, e sofrer a punição que lhe estava reservada. Como expressou o apóstolo, “Àquele que não conheceu pecado, Ele O fez pecado por nós, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21).

Todo o sistema de ofertas do Antigo Testamento apontava para a morte substitutiva de Jesus. Ele foi a oferta final pelos pecados da humanidade. Não havia outra saída. A salvação se fundamenta no sacrifício único de Jesus. O caminho para a glória passa pelo Calvário. A paixão precede a glória. Não existe glória sem paixão. O clamor de Jesus no Getsêmani, pedindo ao Pai para, se possível, passar o cálice adiante, revela de forma inequívoca que o caminho da cruz não podia ser evitado, caso o plano da salvação devesse ser concretizado.

Reflexão: Buscamos glória sem cruz? Jesus disse: “Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz, e siga-Me” (Mt 16:24). É natural re­cuar diante da dor, do sofrimento. Encontrar prazer no sofrimento não é normal. Daí que muitos não queiram seguir o caminho proposto por Jesus. Ainda que, como salientado, a salvação não se fundamente no que fazemos ou deixamos de fazer, mas na graça de Deus, o discípulo revela que o indivíduo foi salvo por Jesus, e isto através de uma vida consagrada a fazer a vontade do Pai (Mt 7:21).

O plano de Deus revelado em Jesus

O Novo Testamento revela que havia um propósito para a vinda de Jesus. Ele não “apareceu” simplesmente, um judeu iluminado nos caminhos de Deus, ou um operador de milagres, ou um revolucionário. Ele foi “enviado” por Deus. Como enviado, Ele tinha uma missão a ­cumprir. Jesus estava consciente desta missão. Lucas destaca umas 18 vezes esta consciência usando a forma verbal grega dei (“deve” ou “é necessário”). Isto revela que a vida de Jesus Se orientava para a realização de Sua missão: a de “buscar e salvar o perdido” (Lc 19:10). Neste sentido, não permitia que nem mesmo as necessidades mais básicas O desviassem do ­cumprimento do propósito de Sua vinda. No episódio da mulher samaritana (Jo 4), onde também encontramos a forma verbal dei (v. 4), Jesus declarou a Seus discípulos: “A Minha comida consiste em fazer a vontade daquele que Me enviou, e realizar a Sua obra” (v. 34).

Entretanto, a mesma forma verbal é utilizada quando é revelado o fim de Sua missão salvadora neste mundo. Em Mateus 16:21 Ele declarou aos discípulos que “Lhe era necessário seguir para Jerusalém e... ser morto”. Ele Se dirigia para lá porque Lhe era necessário ser rejeitado pela geração ímpia (Lc 17:25), ser contado com os malfeitores (Lc 22:37) e ser levantado na cruz (Jo 3:14; 12:34).

Mas morrer não era suficiente para ­cumprir Sua missão. Era-Lhe necessário ser ressuscitado (At 17:3), recebido na glória, e lá permanecer até que todas as profecias se ­cumprissem (At 3:21). Ele estava seguindo o plano eterno elaborado pela Divindade.

Todas estas coisas aconteceram porque Jesus foi obediente ao plano celestial em favor da humanidade, ainda que a fidelidade à missão O tenha conduzido “à morte, e morte de cruz” (Fp 2:8), uma morte dolorosa e vergonhosa. Mas a cruz estava no centro da missão de Jesus e do plano de Deus. Não foi somente outra cruz, entre as milhares levantadas pelos romanos, punindo mais um criminoso. Ali estava o Filho de Deus, o Salvador do mundo. Ele morreu inocente, voluntariamente, de acordo com a vontade do Pai. Sua morte tem valor salvífico infinito. Mas, como salientado por Berkhof, a obra da expiação “não é completa sem a intercessão. Sua obra sacrifical na Terra requer Seu serviço no santuário celestial” (Teologia Sistemática, 368).

Não pode ser ignorado este aspecto da obra de Cristo para a salvação da humanidade. O santuário do Antigo Testamento ensinava em símbolos a verdade da morte sacrifical e da intercessão pelos pecadores. Jesus é o clímax do sistema do santuário. Hoje, Ele é o Sumo Sacerdote do santuário celestial. Ele aplica os méritos de Sua vitória na cruz em favor do pecador arrependido. A verdade do ministério sacerdotal de Cristo salienta que a salvação está ainda disponível. Salvação conquistada com sangue. É sua. É de todo aquele que crê, se arrepende, se entrega.

Se, para Jesus, era “necessário” realizar determinadas coisas para ­cumprir a missão da qual tinha sido in­cumbido, que coisas são necessárias em sua vida? Especificamente em sua vida espiritual, que coisas você deve fazer? Está difícil tomar algumas decisões? Lembre-se: Jesus sabe quão difícil é viver neste mundo, conhece suas fraquezas e limitações. Por você, Ele intercede no santuário celestial, para lhe dar o poder de que necessita para fazer decisões corretas, ­cumprir a missão de Deus e viver uma vida consagrada ao Salvador.

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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A Expiação e a Iniciativa Divina - 24/10/2008 a 25/10/2008

Sexta

Opinião

Nada conta, exceto a graça

“Logo que a moeda no cofre cai, a alma do purgatório sai” era a enganadora frase usada pelo frade Johann Tetzel, em 1517, enquanto vendia indulgências a fim de levantar fundos para a Igreja Católica Romana. A conversa mole de Tetzel era só um exemplo de como nos idos de 1500 as pessoas achavam que podiam conseguir a salvação. Martinho Lutero falou contra essa e outras práticas que ensinavam que os cristãos podiam melhorar sua posição aos olhos de Deus pelo que faziam. Lutero e Tetzel viveram num tempo em que o catolicismo romano era a mais preeminente autoridade religiosa. A maioria dos que se intitulavam cristãos nunca havia lido a Bíblia e cria que, seguindo as tradições da igreja e praticando boas obras, podia ser salva. Lutero, contudo, começou a pregar a Sola Gratia – “somente pela graça” –, indo assim contra o que era popular para apontar novamente para as pessoas o ponto focal do evangelho: a graça salvadora de Deus.

Faz mais de 400 anos que Lutero falou contra a salvação pelas obras e iniciou a Reforma Protestante. Hoje em dia, quase todas as denominações protestantes oficialmente crêem que somos salvos pelo dom de Jesus, não por meio de nossas obras. Contudo, demasiadas pessoas na verdade não praticam essa crença. Parecem ser bons cristãos, e acham que estão fazendo tudo certo. Fazem tudo o que um “bom” cristão faz. Infelizmente, não são diferentes dos membros da igreja na época da Reforma. Muitas pessoas esquecem, no dia-a-dia, que nunca podemos ser “bons” por causa do que fazemos. Na verdade, Isaías diz que “todas as nossas boas ações são como trapos sujos” (64:6). Absolutamente, nada do que fazemos pode sequer começar a nos fazer parecer melhores aos olhos de Deus.

Só quando permitimos que Jesus Se coloque entre nós e Deus, e só deixando que Seu sangue nos limpe, podemos ser aceitáveis ao Altíssimo. Precisamos ser cuidadosos para não ficar tão ocupados em ser “bons cristãos” e em fazer as coisas que se espera que os “bons cristãos” façam, que nos esqueçamos de que nada que façamos conta, exceto a graça de Deus e Seu incrível sacrifício. Nossas boas obras não compram para nós a salvação nem nos fazem parecer melhores diante de Deus. Nossas boas obras só devem ser feitas porque fomos redimidos e fomos reunidos ao nosso Criador, e desejamos que todos conheçam e partilhem Seu amor.

Dicas
1. Faça um estudo da palavra “mistério” na Bíblia.
2. Conte para alguém sua experiência com Deus no contexto de um mistério.
3. Faça um diário durante 30 dias e relate os desvios que você tomou e as surpresas de Deus ao longo do caminho.
4. Visite algumas pessoas idosas de sua igreja e ouça suas histórias de crescimento em Cristo.
5. Contemple as estrelas enquanto medita nos mistérios de Deus. Quantas estrelas você consegue contar? O que sua resposta lhe diz sobre Ele?

Amanda Ernst | Douglasville, EUA

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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A Expiação e a Iniciativa Divina - 23/10/2008 a 25/10/2008

Quinta

Aplicação
Aos cuidados de quem?


6. De acordo com os textos a seguir, o que Jesus “precisava” fazer a fim de cumprir Sua missão de salvação? Lc 4:43; 9:22; 17:25; 19:5; 22:37; 24:7; 24:26; 24:44
Na maioria dessas passagens, encontramos um verbo que pode ser traduzido como “é necessário”. Esse verbo expressa um aspecto muito importante da vida de Jesus. Toda a vida de Jesus estava orientada pelo que Ele precisava fazer a fim de realizar Sua missão (confira João 9:4 e Lucas 4:43). O ministério de Jesus era determinado claramente pela vontade de cumprir o plano de Deus para a salvação da raça humana. Cada aspecto de Sua vida era parte desse plano.

A seguir estão algumas das formas pelas quais as pessoas pensam que são salvas.

Somente pelas obras. Ao longo da história, muitos têm ponderado sobre a questão da salvação e da expiação. Alguns resolveram deixar Deus fora da equação. Acham que seu destino está em suas próprias mãos. Sua religião é uma religião voltada para as obras.

Somente pela graça. Outros crêem que, uma vez tendo confessado seus pecados e aceitado a Jesus, o assunto está encerrado. Infelizmente, muitas dessas pessoas não têm mantido sua ligação com Cristo. Muitas ouvirão Suas palavras: “Afastem-se de Mim, vocês que estão debaixo da maldição de Deus! Vão para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos!” (Mt 25:41).

Somente pelo acaso. Também há aqueles que têm interpretado que a Bíblia diz que Deus já escolheu quem vai para o Céu. Então, eles decidiram parar de tentar, porque ou estão dentro, ou estão fora.

Agora, vamos analisar cada um dos enganos citados acima.

Somente pelas obras. Se as obras somente pudessem comprar a salvação de alguém, então por que Cristo teria Se sacrificado? Se as obras fossem tão necessárias assim, então os rigorosos judeus do passado não teriam nada com que se preocupar. Contudo, quando Cristo veio, censurou a mentalidade legalista deles (Mt 23:27, 28).

Somente pela graça. Alguns decidem usar a graça como amuleto. Não são diferentes dos hebreus do passado que levavam a arca da aliança para a batalha com eles (1Sm 4:1-10). Acham que podem deixar tudo com Deus. Mas, se realmente O amamos, então o poder de Sua graça tomará conta de nosso ser. Quando isso acontecer, os frutos de Sua graça irão naturalmente se apresentar nas obras de amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl 5:22, 23).

Somente pelo acaso. João Calvino (1509-1564) desenvolveu a doutrina da predestinação. De acordo com ele, algumas pessoas foram destinadas para ser salvas e outras para se perderem. Essa crença parece ter-se enraizado cedo na cultura judaica. Em geral, os líderes da igreja no tempo de Cristo achavam que eram os ungidos. Cristo, contudo, deixou este mundo com a advertência de que a casa deles ficaria deserta (Mt 23:37, 38). Eles haviam cortado seus laços com a verdadeira espiritualidade e não pareciam saber disso. E, se o sabiam, não pareciam se importar.

Sylvia Reese | Canton, EUA

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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A Expiação e a Iniciativa Divina - 22/10/2008 a 25/10/2008

Quarta

Testemunho
Plano maravilhoso


Deus poderia ter lidado com a rebelião humana de várias formas diferentes. Ele poderia ter destruído Adão e Eva imediatamente, e até mesmo o planeta inteiro. Ou também poderia ter decidido abandoná-los à própria sorte; isto é, tê-los deixado sozinhos para enfrentar os resultados inevitáveis do pecado, que os levariam à ruína eterna. Mas havia uma coisa que Ele não poderia ter feito: Ele não poderia ter ignorado a rebelião, fingindo que não havia acontecido nada e permitindo que seu relacionamento continuasse como antes. Por fim, o que Deus fez? Ele não os destruiu, não os abandonou e não os ignorou. Ao contrário, Ele pôs em execução Seu propósito eterno de salvação em Cristo.

5. Que tema-chave é repetido, vez após vez, em todas as Escrituras? O que esse fato nos diz sobre o plano da salvação? Mc 10:45; Gl 1:4; 2:20; Ef 5:2; Tt 2:14

“O plano pelo qual poderia unicamente conseguir-se a salvação do homem, abrangia o Céu todo em seu infinito sacrifício. Os anjos não puderam regozijar-se ao desvendar-lhes Cristo o plano da redenção; pois viram que a salvação do homem deveria custar a indizível mágoa de seu amado Comandante. Com pesar e admiração escutaram Suas palavras ao contar-lhes Ele como deveria descer da pureza e paz do Céu, de Sua alegria, glória e vida imortal, e vir em contato com a degradação da Terra, para suportar suas tristezas, ignomínia e morte. Ele deveria ficar entre o pecador e a pena do pecado; poucos, todavia, O receberiam como o Filho de Deus. ... Quando Sua missão como ensinador estivesse terminada, deveria ser entregue nas mãos de homens ímpios, e ser submetido a todo insulto e tortura que Satanás os poderia inspirar a infligir. Deveria morrer a mais cruel das mortes, suspenso entre o céu e a Terra como um pecador criminoso. ... Deveria suportar aflição de alma, a ocultação da face do Pai, enquanto a culpa da transgressão – o peso dos pecados do mundo inteiro – estivessem sobre Ele."

“Os anjos prostraram-se aos pés de Seu Comandante, e ofereceram-se para ser sacrifício para o homem. Mas a vida de um anjo não poderia pagar a dívida; apenas Aquele que criara o homem tinha poder para o redimir. ... Tomando Ele sobre Si a natureza humana, Sua força não seria igual à deles, e deveriam eles ministrar-Lhe, fortalecê-Lo em Seus sofrimentos, e mitigar-Lhos. Deveriam também ser espíritos ministradores, enviados para ministrarem a favor daqueles que seriam herdeiros da salvação (Heb. 1:14). Eles guardariam os súditos da graça, do poder dos anjos maus, e das trevas arremessadas constantemente em redor deles por Satanás. ..."

“Cristo assegurou aos anjos que pela Sua morte resgataria a muitos, e destruiria aquele que tinha o poder da morte. Recuperaria o reino que o homem perdera pela transgressão, e os remidos deveriam herdá-lo com Ele, e nele habitar para sempre. Pecado e pecadores seriam extintos, para nunca mais perturbarem a paz do Céu ou da Terra. ..."

“Então, alegria, inexprimível alegria, encheu o Céu. A glória e bem-aventurança de um mundo remido sobrepujaram mesmo a angústia e sacrifício do Príncipe da vida. Pelos paços celestiais ecoaram os primeiros acordes daquele cântico que deveria soar por sobre as colinas de Belém: ‘Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens’ Luc. 2:14.” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 64, 65).

Nathan Ernst | Douglasville, EUA

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terça-feira, 21 de outubro de 2008

A Expiação e a Iniciativa Divina - 21/10/2008 a 25/10/2008

Terça

Exposição
O plano de Deus


4. Quando foi instituído o plano de nos salvar? Ef 1:4; Cl 1:26, 27; 2Tm 1:8, 9; Tt 1:2

O Novo Testamento revela várias coisas sobre o mistério de Deus. Primeira, foi formulado “antes da fundação do mundo” (Ef 1:4). Isso significa que, muito antes de os seres humanos caírem em pecado, a Divindade elaborou um plano para lidar com essa calamidade. Segunda, esse mistério divino foi mantido “oculto dos séculos e das gerações” (Cl 1:26). Não só foi o plano detalhado antecipadamente, mas também foi determinado que seria posto em execução em um momento particular. Então, por muito tempo, ele permaneceu oculto dentro da Divindade. Terceira, o mistério está especificamente identificado com Cristo (Cl 1:27). Isso se refere ao mistério da pessoa de Cristo, Seu ministério, Sua morte, ressurreição e mediação em favor de uma raça humana pecadora. É fundamentalmente as boas-novas de salvação por meio de Cristo, o evangelho cristão (Ef 6:19). Quarta, esse mistério é definido mais adequadamente como o propósito de Deus de “unir, no tempo certo, debaixo da autoridade de Cristo, tudo o que existe no Céu e na Terra” (Ef 1:10, NTLH). O plano era restaurar, na pessoa de Cristo, a harmonia cósmica que fora arruinada pelo pecado. Quinta, o mistério secretamente formulado dentro da Divindade antes da criação do mundo agora se tornou conhecido na vinda de Cristo à história humana.

A esperança da vida eterna (2Tm 1:8-11; Tt 1:1-4). Houve guerra no Céu. Lúcifer havia proclamado seu descontentamento. Quando lhe foi dada uma escolha, um terço dos anjos do Céu tomou o lado dele, e foi expulso do Céu. Mesmo antes disso, a Divindade havia preparado um plano para salvar a humanidade. Essa expiação, essa forma de trazer a humanidade de volta à unidade com Deus, é também conhecida como o plano da salvação.

Tito nos diz que essa esperança de vida eterna já existia antes do início do mundo. Devia ser uma forma de dar aos seres humanos uma segunda chance. Foi um presente que Deus nos deu antes de nascermos (Tt 1:2).

Escolhidos antes da criação (Ef 1:4, 5). “Antes de serem lançados os fundamentos da Terra, foi feito o concerto de que todos os que fossem obedientes, todos os que, por meio da abundante graça provida, se tornassem santos no caráter e sem culpa diante de Deus, apropriando-se dessa graça, seriam filhos de Deus” (Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 403).

O plano era que Cristo faria uma expiação, um sacrifício, se a humanidade fosse desleal. Isso uniria com Deus aqueles que cressem. Os seres humanos tinham um lugar muito especial no coração de Deus, e “visto ser a lei de Jeová o fundamento de Seu governo no Céu assim como na Terra, mesmo a vida de um anjo não poderia ser aceita como sacrifício por sua transgressão” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 66). Portanto, Cristo Se tornou esse sacrifício.

O pecado reinou, mas agora reina a graça (Rm 5:20, 21). Uma definição de graça é “favor imerecido”. É receber uma reação amável quando você sabe que merece punição. É uma palavra tranqüilizadora quando você acabou de receber uma multa por excesso de velocidade. Satanás tem nossa “multa por excesso de velocidade”, e a está segurando como evidência de seu domínio sobre nós. Mas Jesus cobre essa multa com Sua expiação e Sua graça, de forma que é como se essa infração nunca tivesse existido.

“A graça é freqüentemente definida como favor imerecido – boa vontade que não merecemos. A graça é uma combinação do amor de Deus com Seu poder para salvar.”1

O mistério oculto, Cristo em vocês (Cl 1:25-27). É um mistério de Deus o fato de podermos ter Cristo em nós. É isso que Satanás não deseja que compreendamos. Esse plano de salvação foi revelado progressivamente, de forma que agora temos uma compreensão mais plena dele e do amor de Deus por nós. Esse plano, essa expiação, é para todos. É oferecida a todos, a despeito de idade, status sócio-econômico, educação ou situação financeira.

Pecadores por quem Cristo morreu (Rm 5:6-8). “O sacrifício de Cristo como expiação pelo pecado, é a grande verdade em torno da qual se agrupam as outras” (Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 315).

No santuário, os rituais, os móveis e as ofertas apontavam para Cristo. O pão sobre a mesa da proposição representava Cristo, o Pão da Vida. Ele sacia nossa fome, tanto física quanto espiritualmente. O candelabro representava Cristo, a Luz do Mundo. O cordeiro, no altar de sacrifício, representava Cristo, o Cordeiro que foi morto.

Enquanto os israelitas participavam diariamente do ritual do santuário, deviam aprender que Jesus Cristo é o centro do plano da salvação. Ele deve ser nosso exemplo e nossa razão para mudar. Ele é nossa esperança e conforto. É nosso Salvador, e morreu para nos salvar quando ainda éramos pecadores.

“Jeová não considerou completo o plano da salvação enquanto este estava investido apenas com Seu próprio amor. Colocou em Seu altar um Advogado vestido... cuja função é apresentar-nos a Deus como Seus filhos e filhas. Cristo intercede em favor de todos os que O recebem. Ele lhes dá poder de se tornarem filhos de Deus. E o Pai demonstra Seu amor por Cristo recebendo e acolhendo os amigos de Cristo como Seus amigos. Ele está satisfeito com a expiação feita. Ele é glorificado pela mediação de Seu Filho. Somos aceitos no Amado” (Ellen G. White, The Signs of the Times, 13 de agosto de 1902).

A justiça pela fé em Jesus (Rm 3:19-22). Embora muitas pessoas possam ter dificuldades a respeito do assunto da justiça pela fé, faríamos bem em lembrar que, a fim de praticarmos atos verdadeiramente cristãos, precisamos ter um coração verdadeiramente cristão, porque é do coração que vêm nossos pensamentos e atos. Precisamos, primeiro, pela fé, entregar o coração a Deus, deixar que Deus o transforme, e Ele produzirá Sua obra em nossa vida.

“Todas as energias humanas precisam ser exercidas no sentido de fazer a vontade de Deus. Não há salvação no esforço humano, mas toda pessoa cujo coração foi transformado pelo Espírito Santo alistará todos os seus poderes do lado de Deus, decide se colocar nas mãos de Deus para obter purificação e vitória, e atua plenamente com o Espírito para realizar Seus propósitos.”2 Um quadro perfeito disso no Antigo Testamento se encontra em Deuteronômio 5:15. Deus salientou para os israelitas que primeiro Ele os salvou, e depois lhes deu a lei.

Ao seguirmos os passos de Deus e nos aproximarmos mais dEle, descobrimos que “‘expiação’ é o programa completo de Deus para satisfazer nossas necessidades e nos reconciliar consigo mesmo”.3

1. Christian Beliefs, p. 231.
2. Ibid., p. 241.
3. God Cares, v. 1, p. 236.


Karen Pires | Ooltewah, EUA

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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A Expiação e a Iniciativa Divina - 20/10/2008 a 25/10/2008

Segunda

Evidência
Cristo em vocês

3. Qual é o significado do contraste que Paulo faz entre o fenômeno do pecado e a revelação da graça de Deus? Rm 5:20, 21

Na Bíblia, a graça é um aspecto do amor de Deus, e é estendida particularmente aos pecadores. O conceito bíblico de graça reafirma o fato de que a obra de reconciliação de Cristo nos alcança como um dom, uma salvação que não merecemos.

Na Bíblia, vemos que o que todos nós precisamos ter é Jesus em nós. Mas como sabemos que alcançamos isso?

Alguns cristãos crêem que, ao comer o pão da comunhão, estão na verdade consumindo o corpo de Cristo. Também crêem que, quando bebem o vinho/suco de uva, estão bebendo o sangue de Cristo. Mas será que é dessa forma que conseguimos ter Jesus em nós? Em Apocalipse 3:20, Jesus nos diz: “Escutem! Eu estou à porta e bato. Se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, Eu entrarei na sua casa, e nós jantaremos juntos.”

Uma vez mais, pergunto: como Jesus entra em nós?

Alguns dizem que Ele está batendo à porta de nosso coração. Quando a Bíblia fala do coração, com freqüência está falando da sede de nossas emoções, a mente. E pelo fato de não haver uma porta literal no coração, deve haver uma forma de internalizar Seus pensamentos, Sua sabedoria, Suas verdades, a fim de que estas se tornem nossas. Consideremos algumas coisas que podemos fazer para conseguir isso. Primeiro de tudo, precisamos nos lembrar de algumas palavras de Jesus. Em João 14:15-18, Ele disse a Seus discípulos (e a nós): “Se vocês Me amam, obedeçam aos Meus mandamentos. Eu pedirei ao Pai, e Ele lhes dará outro Auxiliador, o Espírito da verdade, para ficar com vocês para sempre. O mundo não pode receber esse Espírito porque não O pode ver, nem conhecer. Mas vocês O conhecem porque Ele está com vocês e viverá em vocês. Não vou deixá-los abandonados, mas voltarei para ficar com vocês.”

Basicamente, isso é tudo o que podemos fazer. O resto é da alçada de Jesus e do Espírito Santo. Agora, ao você considerar as evidências e se entregar a Ele, eis aqui algumas perguntas para ponderar: (1) Você está atualmente separado(a) de Deus? (2) Qual é o desejo de Deus para você, pessoalmente? (3) Por que as hesitam em aceitar Jesus sendo que Ele anseia ser a solução para o pecado em nossa vida? O que você está esperando? Você tem as evidências. Por que não aceitá-Lo agora mesmo?

Naomi Ernst | Canton, EUA

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