sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A Expiação e a Iniciativa Divina - 24/10/2008 a 25/10/2008

Sexta

Opinião

Nada conta, exceto a graça

“Logo que a moeda no cofre cai, a alma do purgatório sai” era a enganadora frase usada pelo frade Johann Tetzel, em 1517, enquanto vendia indulgências a fim de levantar fundos para a Igreja Católica Romana. A conversa mole de Tetzel era só um exemplo de como nos idos de 1500 as pessoas achavam que podiam conseguir a salvação. Martinho Lutero falou contra essa e outras práticas que ensinavam que os cristãos podiam melhorar sua posição aos olhos de Deus pelo que faziam. Lutero e Tetzel viveram num tempo em que o catolicismo romano era a mais preeminente autoridade religiosa. A maioria dos que se intitulavam cristãos nunca havia lido a Bíblia e cria que, seguindo as tradições da igreja e praticando boas obras, podia ser salva. Lutero, contudo, começou a pregar a Sola Gratia – “somente pela graça” –, indo assim contra o que era popular para apontar novamente para as pessoas o ponto focal do evangelho: a graça salvadora de Deus.

Faz mais de 400 anos que Lutero falou contra a salvação pelas obras e iniciou a Reforma Protestante. Hoje em dia, quase todas as denominações protestantes oficialmente crêem que somos salvos pelo dom de Jesus, não por meio de nossas obras. Contudo, demasiadas pessoas na verdade não praticam essa crença. Parecem ser bons cristãos, e acham que estão fazendo tudo certo. Fazem tudo o que um “bom” cristão faz. Infelizmente, não são diferentes dos membros da igreja na época da Reforma. Muitas pessoas esquecem, no dia-a-dia, que nunca podemos ser “bons” por causa do que fazemos. Na verdade, Isaías diz que “todas as nossas boas ações são como trapos sujos” (64:6). Absolutamente, nada do que fazemos pode sequer começar a nos fazer parecer melhores aos olhos de Deus.

Só quando permitimos que Jesus Se coloque entre nós e Deus, e só deixando que Seu sangue nos limpe, podemos ser aceitáveis ao Altíssimo. Precisamos ser cuidadosos para não ficar tão ocupados em ser “bons cristãos” e em fazer as coisas que se espera que os “bons cristãos” façam, que nos esqueçamos de que nada que façamos conta, exceto a graça de Deus e Seu incrível sacrifício. Nossas boas obras não compram para nós a salvação nem nos fazem parecer melhores diante de Deus. Nossas boas obras só devem ser feitas porque fomos redimidos e fomos reunidos ao nosso Criador, e desejamos que todos conheçam e partilhem Seu amor.

Dicas
1. Faça um estudo da palavra “mistério” na Bíblia.
2. Conte para alguém sua experiência com Deus no contexto de um mistério.
3. Faça um diário durante 30 dias e relate os desvios que você tomou e as surpresas de Deus ao longo do caminho.
4. Visite algumas pessoas idosas de sua igreja e ouça suas histórias de crescimento em Cristo.
5. Contemple as estrelas enquanto medita nos mistérios de Deus. Quantas estrelas você consegue contar? O que sua resposta lhe diz sobre Ele?

Amanda Ernst | Douglasville, EUA

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