sábado, 2 de julho de 2011

A adoração em Gênesis: duas classes de adoradores - Resumo Semanal - 02/07/2011 a 02/07/2011

Adoração em Gênesis

Duas classes de adoradores

Resumo Semanal - 26/06/2011 a 02/07/2011

Ozeas C. Moura

Doutor em Teologia Bíblica

Apresentação do autor dos comentários às primeiras cinco lições

Ozeas Caldas Moura é doutor em Teologia Bíblica, na área do Antigo Testamento, pela PUC do Rio de Janeiro. Desenvolveu, em sua tese, o tema da fé no livro de Habacuque. Nesta mesma instituição fez também o Mestrado na área do Novo Testamento. Sua dissertação foi a respeito do discipulado de Jesus no Evangelho de Marcos.

O Dr. Ozeas foi pastor distrital por doze anos em várias igrejas do Brasil, trabalhou por três anos como redator na Casa Publicadora Brasileira (2007-2009), além de ter lecionado Teologia por nove anos no SALT IAENE (1990-1995 e 2003-2005 – atuando neste último período também como diretor do SALT-IAENE) e, por seis anos, no UNASP-EC (1999-2002 e 2010 até o momento). Atualmente, é professor de teologia no UNASP-EC.

É seu desejo que os comentários às primeiras cinco lições deste trimestre (bem como as demais, que serão comentadas pelo Dr. Ruben Aguilar) contribuam para o melhor entendimento sobre o importantíssimo tema da adoração, ajudando cada membro da Escola Sabatina a ser um adorador fiel e sincero.

Introdução ao tema do trimestre

Muitos se perguntam por que a Bíblia fala tanto em adoração e que devemos adorar a Deus. A verdade é que há no ser humano uma vontade inata de adorar. Ou seja, ele tem necessidade de adorar, porque foi assim criado. E, claro, essa adoração deve ser dirigida ao Deus verdadeiro. Quando isso não acontece, os seres humanos adoram qualquer coisa ou ser: riqueza, fama, status, cantores, atores, políticos (atualmente, estes últimos estão meio em baixa aqui e no restante do mundo) e até a si mesmos.

Deus fala que devemos adorá-Lo, que Ele deve ser o primeiro em nossa vida, que Seus interesses devem vir antes que os nossos. Isso pode até parecer egoísmo da parte da Divindade, mas não é. O fato é que Deus não precisa de nossa adoração, pois Ele Se basta a Si mesmo. Na verdade, nós é que precisamos adorá-Lo. A adoração a Deus é para nosso benefício, pois, quando O adoramos, desviamos o foco de nós mesmos – o que nos ajuda na luta contra o egoísmo com o qual todos nascemos.

Além disso, somos moldados à imagem e semelhança daquilo que adoramos. Se adorarmos uma coisa ou pessoa, a tendência é que nos tornemos semelhantes a elas. Se, ao contrário, adorarmos a Deus, nos tornaremos mais e mais semelhantes a Ele. Vê-se, então, que não há neutralidade na questão da adoração. Assim, cabe a cada um escolher a quem adorar (Js 24:14, 15). Que seja o Deus verdadeiro!

I. Adoração no Éden

Como não poderia deixar de ser, a lição desta semana aborda a questão da adoração em Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, e as duas classes de adoradores nele representadas.

O relato bíblico declara que tudo o que foi criado era bom e perfeito, incluindo o relacionamento entre Deus e o ser humano. O sábado foi então separado do restante da semana para ser um dia de especial companheirismo entre o ser humano e Deus – um dia dedicado à adoração do grande Criador e Mantenedor.

Embora não tenhamos detalhes de como se dava a adoração, podemos imaginar o encontro semanal de Deus com o primeiro casal. Deus Se encontrava com Adão e Eva, conversava com eles, perguntava como tinha sido a semana deles, o que tinham feito, que perguntas gostariam de fazer. Dizia de Seu grande amor por eles e lembrava-lhes que deviam ficar bem longe da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois disso dependia a vida e a felicidade deles. Nossos primeiros pais, por sua vez, deviam contar a Deus de sua admiração pela sabedoria divina na criação de tantas coisas e variados seres, de como se sentiam felizes naquele jardim e de como apreciavam aquele encontro semanal, em que podiam agradecer a Deus Sua bondade e cuidado para com eles.

Mas, após terem desobedecido às ordens divinas quanto a não comer do fruto de certa árvore, começaram a se sentir estranhos: se viram nus e fizeram para si umas estranhas roupas de folhas de figueira. Tiveram medo de Deus e se esconderam dEle. O Criador não mais era mais bem-vindo para o encontro sabático semanal. O doce sentimento de bem-estar, resultante dos momentos de comunhão e adoração, deu lugar ao medo, e à vontade de fugir e se isolar daquele que os criara. Quanta mudança (para o mal) foi produzida pelo pecado, especialmente na questão da adoração!

II. Adoração fora do Éden

Devido ao pecado, nossos primeiros pais foram expulsos do Jardim do Éden. Consequentemente, por serem pecadores, não mais podiam desfrutar da agradável companhia de Deus. Mas eles não foram deixados à mercê do desespero e dos poderes do mal. Antes que eles deixassem o belo jardim, Deus lhes deu a confortadora promessa de que o Messias nasceria da família deles, o qual acabaria por ferir a cabeça (golpe mortal) da serpente, símbolo de Satanás, o grande enganador (Gn 3:15). Um dia, a adoração face a face com a Divindade seria retomada.

Em Gênesis 3:21 é dito: “Fez o Senhor Deus vestimentas de peles para Adão e sua mulher e os vestiu”. As vestes de folhas de figueira (Gn 3:7) foram substituídas por outras bem mais duráveis, mas custaram a vida de um animal; provavelmente de um cordeiro, que morreu no lugar do primeiro casal. Por meio da primeira morte, nossos primeiros pais tiveram um vislumbre do grande amor de Deus, o qual morreria para salvar a humanidade.

Abel aprendeu com os pais sobre o sacrifício de animais como tipo do sacrifício que o Messias faria. Ele entendeu o significado dessa morte e pôs em prática a lição, apresentando uma oferta “das primícias do seu rebanho” (Gn 4:4). Abel representa os que entendem que a justificação de alguém se dá pela fé, através dos méritos do “Cordeiro de Deus” (Jo 1:29). Ao passo que seu irmão, Caim, ao trazer “do fruto da terra” (Gn 4:3), representa os que tentam agradar a Deus com suas boas obras. Ou seja, adoram a Deus a seu modo, de maneira errada, contando com os próprios méritos. A adoração de Caim não foi aceita porque o foco não estava em Deus nem no que Ele poderia fazer pela humanidade caída, mas no homem e naquilo que este “poderia” fazer para Deus.

III. Duas classes de adoradores

Bem cedo, pode ser vista a degradação moral na história humana: Caim matou seu irmão Abel, justamente por causa do modo correto de seu irmão adorar a Deus (Gn 4:8). Lameque, descendente de Caim, se tornou polígamo e assassino (Gn 4:19, 23). Esses são exemplos de uma classe de pessoas que adoram a si mesmas. Uma vez que Deus aceitou o sacrifício do mais novo, e não o de Caim, ele ficou mais preocupado com sua posição de primogênito do que com as orientações divinas e a vida de seu irmão. Lameque tinha sua reputação tão em alta conta, que matou dois homens, por se sentir ultrajado (Gn 4:23).

Por outro lado, vemos que havia aqueles que seguiam o Deus verdadeiro com a adoração correta. Juntaram-se a Adão e Eva o filho Sete e, depois, o neto Enos, os quais invocavam (adoravam) corretamente “o nome [pessoa] do Senhor” (Gn 4:26).

Mas a terrível força do mal continuou a operar na humanidade. Com o passar do tempo, até mesmo os verdadeiros adoradores sucumbiram ao falso brilho do mundo. Eles começaram a se misturar com os descendentes de Caim, mediante casamento. É possível que, no início, pensassem que poderiam ganhar o cônjuge para a verdade. Mas o resultado foi o oposto. Eles deixaram de adorar o verdadeiro Deus e se tornaram idólatras e cheios de violência (Gn 6:5). E Deus teve que intervir, enviando, depois de 120 anos de graça, um dilúvio sobre toda a Terra. De milhões de seres humanos, escaparam apenas os adoradores do verdadeiro Deus – Noé e sua família.

Chama nossa atenção o fato de que a primeira coisa que Noé fez ao sair da arca foi levantar um altar e nele oferecer sacrifícios ao Senhor (Gn 8:20). Ao adorar dessa maneira, esse patriarca reconhecia a bondade de Deus para com ele e sua família, bem como demonstrava fé no Messias vindouro.

IV. A fé demonstrada por Abraão

Abraão, descendente de Sete, foi fiel a Deus, embora alguns de seus parentes fossem adoradores de ídolos. É-nos dito que até o pai dele, Tera, adorou outros deuses (Js 24:2). Foi para afastá-lo desse ambiente de falsa adoração que Deus pediu a Abraão que saísse de Ur dos Caldeus e fosse para uma terra que lhe seria mostrada. Só assim ele poderia se tornar pai de uma nação de adoradores do verdadeiro Deus.

Não há dúvida de que Abraão e Sara influenciaram muitos a aceitar a adoração ao verdadeiro Deus. Por onde ia, esse patriarca levantava altares (Gn 12:7; 13:4, 18;), neles oferecia sacrifícios e convidava todos os que faziam parte de seu acampamento, incluindo seus vizinhos cananeus, para adorar o Deus verdadeiro (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 128).

Mas a fé do patriarca Abraão foi severamente provada. Deus lhe pediu que oferecesse em sacrifício Isaque, seu único filho que tivera de Sara. Com essa experiência, porém, Abraão aprendeu algumas lições cruciais e dolorosas. Quando levantou o cutelo para imolar o filho, Abraão pôde captar um vislumbre do que aconteceria ao Messias. Por isso Jesus disse: “Abraão... alegrou-se por ver o Meu dia, viu-o e regozijou-se” (Jo 8:56). O regozijo de Abraão se deu por entender que, pelo sacrifício do Messias, se cumpriria a promessa feita a Adão e Eva de que o Descendente da mulher esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3:15) e o mal chegaria ao fim.

V. Betel, a Casa de Deus

À semelhança de Caim e Abel, os irmãos gêmeos Jacó e Esaú representam duas classes de adoradores. Imitando Caim, o ruivo Esaú era impuro e profano (Hb 12:16). Adorava a si mesmo. Deu livre curso aos seus gostos (trocou seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas) e às suas ideias (casou com mulheres cananitas e idólatras). O tempo que devia despender em adoração ao Deus verdadeiro, ele o gastava em caçadas.

O irmão Jacó, porém, parecia ser mais espiritual. Mas ele também tinha sérias falhas de caráter. Como sabemos, ele se aproveitou da fome e cansaço de seu irmão Esaú para fazê-lo vender seu direito de primogenitura, mentiu para o pai, Isaque, e o enganou, fazendo-se passar por Esaú. Como resultado desse engano, Jacó teve que fugir para Harã para não morrer às mãos do irmão. Na fuga, ele teve um encontro com Deus.

Após o sonho com a escada que ligava a Terra ao Céu, Jacó reconheceu Betel, o lugar em que Deus lhe aparecera, como “a casa de Deus, a porta dos céus” (Gn 28:17). Na verdade, “Betel” significa exatamente “Casa de Deus”. Para assinalar aquele lugar de encontro com Deus, o patriarca levantou ali uma coluna e a ungiu com azeite (Gn 28:18). Após isso, fez um voto de continuar sendo fiel a Deus e de devolver-Lhe fielmente o dízimo (Gn 28:20-22), como um ato de adoração e reconhecimento pelas bênçãos recebidas. Essa parece ser a primeira vez na Bíblia em que a devolução do dízimo é claramente vinculada ao ato de adorar.

O acontecimento em Betel mostra que a “Casa de Deus” é qualquer lugar em que Deus Se encontra com o crente, seja num suntuoso templo, seja em meio às pedras, como Jacó se encontrou com o Senhor naquela noite, quando usou uma delas como travesseiro. Mostra também que a atitude correta do pecador ao se aproximar de Deus é a de reverência e respeito, cônscio de sua pecaminosidade e da grande misericórdia de Deus.

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sexta-feira, 1 de julho de 2011

A adoração em Gênesis: duas classes de adoradores - 01/07/2011 a 02/07/2011

Sexta, 1º de julho

Opinião
Cristãos como Caim


A caminhada de Caim com Deus assustadoramente nos lembra de como, algumas vezes, vivemos como cristãos:

1. Caim acreditava em Deus (Gn 4:3).
2. Cresceu numa família cristã, com valores morais (Gn 4:1).
3. Conhecia o plano da salvação (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 71).
4. Era um trabalhador dedicado e de sucesso, oferecendo sacrifícios a Deus como retribuição às bênçãos recebidas (Gn 4:3).
5. Seguiu a ordem de Deus ao trazer o primeiro fruto do solo como oferta de gratidão (Gn 4:3; Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 71).
6. Ele se aproximou de Deus num ato de adoração (Gn 4:3).

No entanto, Caim se esqueceu de uma coisa: deixou de sacrificar um cordeiro, o símbolo da morte de seu Salvador. Ele compreendia a necessidade de mostrar sua fé no sangue de Cristo como o prometido expiador de pecados, mas, ao contrário, escolheu depender de si mesmo. “Apresentou sua oferta como um favor feito a Deus, pelo qual esperava obter a aprovação divina” (Ibid., p.72). Caim tinha dado quase tudo a Deus. Entretanto, ao dar a Deus quase tudo, Caim deu-Lhe nada.

Vivemos numa época em que muitos dizem que não há problemas em sermos cristãos como Caim. Desde que creiamos em Deus, que saibamos as coisas certas, que frequentemos a igreja e que sejamos pessoas boas, estaremos prontos para a salvação. É como se pudéssemos ser salvos pelo mal que não fizemos. Entretanto, o exemplo de Caim nos revela que, se não reconhecermos nossa desesperada necessidade de um Redentor, estaremos perdidos; se não dermos a Deus cem por cento do que fazemos e somos, daremos a Ele zero por cento.

Pense nisto

1. Que mudanças a aceitação do sangue de Cristopromove na vida do cristão?
2. Considerando o exemplo de Caim, como temos agido em relaçãoa Deus?
3. O que você não está entregando completamente a Deus?

Mãos à obra

1. Passe algum tempo num ambiente natural, permitindo que ele enriqueça sua experiência de adoração ao Criador.
2. Escute um hino de adoração e deixe Deus falar com você por meio dele.
3. Registre, como em um diário, suas experiências de adoração, tanto as boas quanto as más, refletindo sobre o que precisa ser melhorado em seu tempo com Deus.
4. Memorize uma passagem bíblica que mostre que Deus é digno de nossa adoração.

Dustin Serns – Vancouver, EUA

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quinta-feira, 30 de junho de 2011

A adoração em Gênesis: duas classes de adoradores - 30/06/2011 a 02/07/2011

Quinta, 30 de junho

Aplicação
Adorando com fé


Deus disse a Abraão que deixasse seu país e seu povo e fosse para uma terra desconhecida, sob a promessa de que a partir dele, nasceria uma grande nação e que seria abençoado em tudo o que fizesse.

Imagine ter que abrir mão do único lar que você conheceu em toda a sua vida, o lugar em que diariamente você encontrou conforto! Imagine ter que deixar para trás seu próprio povo e cultura. Teria você feito isso? Você o faria agora? Note, em Gênesis 12:4, que Abraão não questionou a Deus sobre a localização do lugar para onde iria nem sobre o que encontraria ao chegar lá. Em vez disso, sem demonstrar receio, seguiu as instruções do Senhor. Esse retrato de fé genuína deveria servir de modelo para a nossa adoração. Abraão confiou no Senhor e O adorou fielmente.

Frequentemente, existem situações que nos levam a questionar nossa fé e a duvidar da graça de Deus. Dívidas de cartão de crédito, demissão do trabalho, baixa pontuação numa prova, divórcio, doenças físicas ou mentais podem enfraquecer nossa fé. Como podemos, então, adquirir fé para adorar a Deus? Aqui estão algumas ideias:

Ore sem duvidar. Algumas vezes, oramos em favor de algo sem acreditar que nosso pedido é correspondente à vontade de Deus ou sem crer que Ele nos ouvirá. Lembremo-nos, contudo, de 1 João 5:14, 15: “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, Ele nos ouvirá. E se sabemos que Ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dEle pedimos”.

Confie na Palavra de Deus. Acredite no que Ele lhe diz. “A Bíblia, e a Bíblia tão só, deve ser nosso credo, o único laço de união; todos os que se submeterem a essa Santa Palavra estarão em harmonia entre si. Nossos próprios pontos de vista e ideias não devem controlar nossos esforços. O homem é falível, mas a Palavra de Deus é infalível” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 416).

Baseie na fé suas ações. Deus irá testar sua fé nEle. Creia que Deus está sempre com você, e viva de acordo com a fé que você tem n

Mãos à Bíblia

7. Leia a história da fuga de Jacó (Gn28:10-22). Observe as mensagens de encorajamento e segurança que Deus lhe deu por meio de um sonho. Qual foi a resposta de Jacó?

Esta é a primeira menção da “Casa de Deus” em Gênesis (v. 17). Embora para Jacó fosse apenas uma coluna de pedra, Betel se tornou um lugar significativo na história sagrada. Ali Jacó adorou o Deus de seus pais. Ali ele fez uma promessa de fidelidade ao Senhor. E, como Abraão, prometeu devolver a Deus o dízimo, um décimo de suas bênçãos materiais, como ato de adoração. Perceba o senso de temor e admiração de Jacó na presença de Deus. Adoração não é nos aproximarmos de Deus como faríamos com um amigo ou colega. Nossa atitude deve ser a de um pecador que precisa desesperadamente da graça divina.

Jeffrey Georges – Miami, EUA

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quarta-feira, 29 de junho de 2011

A adoração em Gênesis: duas classes de adoradores - 29/06/2011 a 02/07/2011

Quarta, 29 de junho

Evidência
Reconhecendo Deus


Em novembro de 1865, a Sra. Trichborne recebeu uma carta de seu filho morto. Onze anos antes, o navio em que ele viajava havia naufragado no Oceano Atlântico. De repente, contudo, um milagre aconteceu, e uma empolgada Sra. Trichborne rapidamente enviou dinheiro para que seu filho voltasse para casa. Após sua chegada, Joseph parecia ter mudado drasticamente. O antigo jovem esbelto ecom cabelos escuros era agora um homem de forma avantajada e cabelos claros. Ele também era incapaz de falar francês, idioma que havia aprendido desde criança. No entanto, a Sra. Trichborne o aceitou e ofereceu a ele uma boa pensão financeira. Embora muitos membros da família estivessem convencidos de que o homem era um impostor, a desesperada mulher desceu à sepultura acreditando que seu filho havia retornado. Após sua morte, o “filho” foi exposto como uma fraude e levado à justiça.

Sim, a idosa senhora foi ingênua. Mas muitos de nós também somos quando se trata de adorar a Deus e compreender tudo o que Ele representa. Reconhecemos Sua vontade em nossa vida? Pensemos em Caim, o primeiro assassino da história terrestre. Quão diferente teria sido sua vida se ele tivesse estabelecido um forte relacionamento com Deus! Ele não sabia que seu sacrifício seria inaceitável aos olhos de Deus? Ou será que sabia, mas não se importou? Não conhecia o Ser a quem deveria adorar? Caim teria reagido tão violentamente se tivesse compreendido o tipo de sacrifício desejado por Deus e o plano da salvação?

Quando nos esforçamos para descobrir quem é Deus e para construir um relacionamento com Ele, aprendemos mais sobre quem Ele é e o tipo de adoração que merece.

Não convertamos nossa adoração em algo que desejamos. Se nosso desejo é agradar a Deus e adorá-Lo, precisamos construir um relacionamento com Ele que nos capacite a reconhecer Seu caráter e Seus mandamentos. Na verdade, existem dois tipos de adoradores:os que adoram com base em seus próprios desejos e aqueles que adoram considerando os desejos de Deus, a quem amam e conhecem bem.

Se estivermos atentos à advertência expressa em casos como o do primeiro assassino mundial e da Sra. Trichborne, teremos a chave para uma vida plena em Cristo e para uma completa adoração.

Mãos à Bíblia

5. Leia Gênesis 12:1-8. O que esses versos revelam sobre Abrão (que teve o nome mudado para Abraão) e o chamado de Deus para ele?

Deus o chamou para que ele se separasse de seus familiares e de seu ambiente confortável, para se tornar o pai de uma nação de adoradores, que defenderiam e representariam o verdadeiro Deus.

6. Leia Gênesis 22:1-18. Por que Abraão foi submetido a essa terrível prova? Que mensagem Deus queria que ele entendesse (v. 8, 13, 14)?

Por meio da prova enfrentada por Abraão, permanece através dos séculos um símbolo incrivelmente poderoso da centralidade da morte de Cristo para a salvação.

Nicholas J. Reichert – Berrien Springs, EUA

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terça-feira, 28 de junho de 2011

A adoração em Gênesis: duas classes de adoradores - 28/06/2011 a 02/07/2011

Terça, 28 de junho

Testemunho
Confiando nAquele que nos criou


“A árvore da ciência, que se achava próxima da árvore da vida, no meio do jardim, devia ser uma prova da obediência, fé e amor de nossos primeiros pais. Deviam também estar expostos às tentações de Satanás; mas, se resistissem à prova, seriam finalmente colocados fora de seu poder, para desfrutarem o favor perpétuo de Deus” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 46-49).

“Os anjos os advertiram de que estivessem de sobreaviso contra os ardis de Satanás, pois seus esforços para os enredar seriam incansáveis, sendo necessário, todos os anjos do Céu seriam enviados em seu auxílio. [...] Os anjos haviam advertido Eva de que tivesse o cuidado de não se afastar do esposo enquanto se ocupavam com seu trabalho diário no jardim. [...] Mas, absorta em sua aprazível ocupação, inconscientemente se desviou de seu lado. Percebendo que estava só, sentiu uma apreensão de perigo, mas afugentou seus temores, concluindo que possuía sabedoria e força suficientes para discernir o mal e resistir-lhe. Esquecida do aviso do anjo, logo se achou a contemplar, com um misto de curiosidade e admiração, a árvore proibida. O fruto era muito belo, e ela perguntava a si mesma por que Deus os privara do mesmo. Era a oportunidade do tentador. Como se fosse capaz de distinguir as cogitações de seu espírito, a ela se dirigiu: ‘É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?’ (Gn 3:1). Eva ficou surpresa e admirada quando assim pareceu ouvir o eco de seus pensamentos. [...] Em vez de fugir do local, deteve-se, maravilhada, a ouvir uma serpente falar. [...]”

“Participando dessa árvore, declarou ele, atingiriam uma esfera mais elevada de existência, e entrariam para um campo mais vasto de saber. [...] Quando viu ‘que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, e comeu’(Gn 3:6)”. (Ibid., p. 53, 54, 56).

Mãos à Bíblia

Em Gênesis 4, percebemos sinais da degradação moral após a queda. Também vemos que algumas pessoas começaram “a invocar o nome do Senhor”.

3.
Leia Gênesis 6:1-8. O que se desenvolveu ali e por que isso foi tão perigoso? Quais foram os resultados dessa situação?

Aos poucos, as duas classes de adoradores começaram a se fundir (Gn 6:1-4). Ainda havia homens santos de grande intelecto, que mantinham vivo o conhecimento de Deus. Mas a maldade do coração humano se tornou tão grande que o Senhor teve que destruir a humanidade e começar tudo de novo. Por isso ocorreu o dilúvio.

4. Depois que Noé saiu da arca, qual foi a primeira coisa que ele fez? Por que isso é importante? Gn 8:20

Noé sabia que havia sido salvo apenas pela graça de Deus, sem a qual ele teria perecido com o restante do mundo.

Kimberly Phillips – Laurel, EUA

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segunda-feira, 27 de junho de 2011

A adoração em Gênesis: duas classes de adoradores - 27/06/2011 a 02/07/2011

Segunda, 27 de junho

Exposição
Feitos para adorar


A queda fatídica (Gn 3:1-13). O início da Bíblia (Gn 1, 2) e sua parte final (Ap 21, 22) retratam o reino de Deus como um lugar em que a verdadeira adoração reina. Tudo o que está entre essas duas passagens retrata o conflito entre Deus e um ser criado que desejava ser exaltado. Esse inimigo continua agindo de acordo com sua ambição egoísta e com o objetivo de promover adoração própria. Em Gênesis 3, Adão e Eva pecaram ao dar crédito às mentiras dele. Essa controvérsia entre adorar a Deus ou a si mesmo tem atormentado os homens desde aquela queda fatídica. Desde o início, vemos dois diferentes tipos de adoração – a verdadeira, com base na fé, e a falsa, fundamentada em obras.

Adoração imprópria (Gn 4:1-4). O livro de Gênesis deixa claro que o pecado leva à morte. O conflito entre Caim e Abel envolveu a falta de compreensão quanto ao propósito e função da adoração. Caim não levou a sério as ordens de Deus. Achou que poderia substituir os requerimentos do Criador por suas próprias ideias. Sua oferta não foi aceita, e isso deu origem ao conflito que levou seu irmão à morte.

Esse cenário traz à tona um ponto importante: adoração refere-se a Deus e a dar a Ele toda a glória. Quando adoramos ao Senhor, precisamos perguntar se estamos verdadeiramente oferecendo a Ele o que nos é requerido ou se estamos simplesmente agindo por emoção. A adoração consiste em desapego às coisas pecaminosas e em conexão com Deus. Ela trata de nossa fé nEle. Nunca podemos adorá-Lo crendo que somos justificados por meio de nossas boas ações, pois “todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo” (Is 64:6).

Uma bênção para todos (Gn 12:1-8). Como professor de Bíblia, frequentemente pergunto aos meus alunos se eles já foram adorar a Deus em outras denominações religiosas. Eu poderia fazer uma lista de outras igrejas que eles já visitaram. Em seguida, pergunto como eles se sentiram quando estavam nessas igrejas. Um indivíduo disse: “Eu me senti como se estivesse atrás das linhas inimigas.”

Pensar assim, no entanto, é um erro. Muitas pessoas têm a ideia de que o desejo de Deus era salvar somente os israelitas. Contudo, quando estudamos Gênesis 12, percebemos que o plano de Deus era ter um povo “peculiar” (especial), que retratasse Seu amor e trouxesse outros para Seu aprisco. Por meio do chamado de Abraão, compreendemos que toda a criação é destinada a servir a Deus e a ser por Ele abençoada. O Senhor não deseja que ninguém pereça (2Pe 3:9). Assim, nossa adoração deveria ser inclusiva e de aceitação, trazendo outros para Deus.

Fé fortalecida pela adoração (Gn 22:1–18). A história de Abraão e Isaque revela uma das grandes verdades sobre adoração. Leia João 8:56. Abraão não estava por perto para ver Cristo, então, como pode esse verso ter algum sentido? Abraão queria conhecer a Deus. No entanto, ele e Sara decidiram não esperar pelo filho que o Senhor lhes havia prometido. Deus, contudo, não desistiu deles. Deu a Abraão outro teste: ordenou que Abraão sacrificasse o próprio filho.

Que semelhanças vemos entre Isaque e Cristo? Ambos estavam desejosos de ser sacrificados. Ambos carregaram a madeira sobre a qual seriam assassinados. O momento crucial, entretanto, aconteceu quando Abraão levantou a faca para matar Isaque. Só então um carneiro foi provido, e Deus elogiou Abraão por não Lhe ter negado seu único filho. Essa experiência não foi somente a parte de um currículo de liderança. Por meio da dor que suportou ao concordar em matar seu filho, Abraão experimentou uma dor semelhante à que Deus experimentaria ao enviar Jesusà Terra para morrer pelos nossos pecados. Assim, João 8:56 salienta que Abraão verdadeiramente viu o dia de Cristo.

Abraão aprendeu que adoração verdadeira significa entregar tudo a Deus. Da mesma forma, somos abençoados quando adoramos a Ele. A adoração nos prepara para as tarefas que Deus deseja que executemos.

O Senhor proverá (Gn 28:10-22). Por meio de sua experiência com Deus, Jacó se lembrou de suas próprias necessidades e da verdade absoluta de que o Senhor tudo provê. “A escada era um símbolo visível do real e ininterrupto companheirismo entre Deus, no Céu, e Seu povo, na Terra” (The SDA Bible Commentary, v. 1, p. 382).

Devido a essa experiência, Jacó jurou depender do poder de Deus e devolver o dízimo de todas as bênçãos que recebesse.Devolver o dízimo é uma forma de adoração. Temos a oportunidade de crer que o Senhor nos abençoará e também de reconhecer que Ele está no controle de tudo (Ml 3:10).

O livro do Gênesis retrata um exemplo de adoração equivocada e nos lembra, capítulo por capítulo, qual é a verdadeira fonte de adoração. Adoremos Àquele que fez os céus e a Terra.

Pense nisto

1. Quais são as bênçãos que você tem recebido por adorar a Deus?
2. Qual é seu papel na adoração? Qual é o papel de Deus?
3. Existe uma forma verdadeira de adoração? Se sim, qual é e por quê? Se não, por quê?

Mãos à Bíblia

Em Gênesis 4, com a história de Caim e Abel, pela primeira vez um sistema de sacrifícios foi explicitamente revelado.

2. Leia atentamente a primeira história registrada de um culto de adoração (Gn 4:1-7). Por que a oferta de Caim não foi aceitável a Deus e a de Abel foi?

Caim e Abel representam duas classes de adoradores que têm existido desde a queda. A oferta de Caim representava a tentativa de obter salvação pelas obras, a base de toda religião e adoração falsas. Em contrapartida, por sua oferta de um animal, Abel revelou (embora de forma débil) a grande verdade de que só a morte de Cristo, alguém igual a Deus (Fp 2:6), pode justificar o pecador. A verdadeira adoração deve estar fundamentada na constatação de que somente através da graça de Deus podemos ter esperança de vida eterna.

Gregory S. Taylor – Indianapolis, EUA

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domingo, 26 de junho de 2011

A adoração em Gênesis: duas classes de adoradores - 26/06/2011 a 02/07/2011

A adoração em Gênesis: duas classes de adoradores


“Quando Jacó acordou do sono, disse: ‘Sem dúvida o Senhor está neste lugar, mas eu não sabia!’ Teve medo e disse: ‘Temível é este lugar! Não é outro, senão a casa de Deus; esta é a porta dos Céus.’” (Gn 28:16, 17)

Prévia da semana: Os verdadeiros adoradores de Gênesis centralizavam suas atividades devocionais no que Deus havia provido para livrá-los do pecado.

Leitura adicional: Gn 3:1-13; 4:1-4; 12:1-8; 22:1-18; 28:10-22; Sl 29; 95; 100; Is 29:13. Leia também, em Parábolas de Jesus, “Um sinal de grandeza”, p. 150-163.

Domingo, 26 de junho

Introdução

Louvor emudecido


Sátiras cômicas de filmes da Disney, divertidas apresentações de guitarra havaiana e palavras recitadas por artistas dedicados são algumas das atrações do show de talentos desta noite. Até eu, a própria personificação do amadorismo, não pude resistir à oportunidade de dividir um pouquinho de mim com os outros. Gostaria de ter ensaiado mais... Porém, agora é muito tarde para pensamentos do tipo “Deveria ter feito...”. Sou a próxima depois desse grupo!

Desesperada, tentando me distrair, estudo as quatro garotas no palco. Todas vestem jeans escuro e camisa preta. Elas se alinham de frente para o auditório e curvam a cabeça. A música começa. Uma garota dá um passo à frente. Em perfeita sincronização com a voz na trilha, suas mãos começam uma coreografia que “canta” juntamente com a letra. “Bendiga o Senhor”, os alto-falantes anunciam. “Bendiga o Senhor”, as mãos dela imploram. O volume aumenta. Seus gestos se intensificam. Suas mãos agarram e moldam o ar diante dela. Com graça e convicção, a garota se expressa pela linguagem de sinais. Enquanto a música cresce em espírito e os versos se transformam em um intenso coro, as outras três garotas dão um passo à frente. Paradas, elevam as mãos ao alto em um harmonioso gesto, exclamando sem palavras: “Bendiga o Senhor a minha alma, bendiga o Senhor!”

Com simplicidade de mente e unidade de espírito, clamam ao Senhor e louvam Seu nome por Sua bondade. Nesses poucos momentos de louvor, cada uma delas expõe completamente seu espírito; enquanto assisto à apresentação, sinto vontade de estar lá com elas. Quero louvar a Deus assim, com toda a minha alma! Louvor real é isso!

Essa canção e todo o programa acabaram muito rapidamente. Num piscar de olhos, a noite terminou e todos nós retornamos aos nossos dormitórios comentando que o programa foi bom. Embora a vida não hesite em novamente nos pressionar e a música e as memórias são logo escondidas debaixo de pilhas de lições de casa e da “comida misteriosa” do refeitório, a música não foi “cantada” em vão. Momentos de louvor, embora curtos, são como cidades numa montanha, sal misturado com terra. Sincera adoração atrai outras pessoas e lhes dá direção. Dá sabor e significado à vida. “Tudo o que tem vida louve ao Senhor!” (Sl 150:6). Durante esta semana, ao estudarmos sobre duas classes de adoradores, pense em qual delas você se encaixa.

Mãos à Bíblia

O capítulo 1 de Gênesis registra a história de Adão e Eva em seu novo lar. Em Gênesis 2:1-3, é relatada a separação e santificação do sábado, um dia para adorar de modo especial. Embora as Escrituras não digam, é possível imaginar o tipo de adoração que esses seres imaculados dedicavam ao Criador.

1. Leia Gênesis 3:1-13. Que mudanças ocorreram no relacionamento de Adão e Eva com o Criador? (v. 8-10). Como eles responderam às perguntas de Deus? (v. 11-13).

Melissa Breetzke – Entre Rios, Argentina

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