segunda-feira, 27 de junho de 2011

A adoração em Gênesis: duas classes de adoradores - 27/06/2011 a 02/07/2011

Segunda, 27 de junho

Exposição
Feitos para adorar


A queda fatídica (Gn 3:1-13). O início da Bíblia (Gn 1, 2) e sua parte final (Ap 21, 22) retratam o reino de Deus como um lugar em que a verdadeira adoração reina. Tudo o que está entre essas duas passagens retrata o conflito entre Deus e um ser criado que desejava ser exaltado. Esse inimigo continua agindo de acordo com sua ambição egoísta e com o objetivo de promover adoração própria. Em Gênesis 3, Adão e Eva pecaram ao dar crédito às mentiras dele. Essa controvérsia entre adorar a Deus ou a si mesmo tem atormentado os homens desde aquela queda fatídica. Desde o início, vemos dois diferentes tipos de adoração – a verdadeira, com base na fé, e a falsa, fundamentada em obras.

Adoração imprópria (Gn 4:1-4). O livro de Gênesis deixa claro que o pecado leva à morte. O conflito entre Caim e Abel envolveu a falta de compreensão quanto ao propósito e função da adoração. Caim não levou a sério as ordens de Deus. Achou que poderia substituir os requerimentos do Criador por suas próprias ideias. Sua oferta não foi aceita, e isso deu origem ao conflito que levou seu irmão à morte.

Esse cenário traz à tona um ponto importante: adoração refere-se a Deus e a dar a Ele toda a glória. Quando adoramos ao Senhor, precisamos perguntar se estamos verdadeiramente oferecendo a Ele o que nos é requerido ou se estamos simplesmente agindo por emoção. A adoração consiste em desapego às coisas pecaminosas e em conexão com Deus. Ela trata de nossa fé nEle. Nunca podemos adorá-Lo crendo que somos justificados por meio de nossas boas ações, pois “todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo” (Is 64:6).

Uma bênção para todos (Gn 12:1-8). Como professor de Bíblia, frequentemente pergunto aos meus alunos se eles já foram adorar a Deus em outras denominações religiosas. Eu poderia fazer uma lista de outras igrejas que eles já visitaram. Em seguida, pergunto como eles se sentiram quando estavam nessas igrejas. Um indivíduo disse: “Eu me senti como se estivesse atrás das linhas inimigas.”

Pensar assim, no entanto, é um erro. Muitas pessoas têm a ideia de que o desejo de Deus era salvar somente os israelitas. Contudo, quando estudamos Gênesis 12, percebemos que o plano de Deus era ter um povo “peculiar” (especial), que retratasse Seu amor e trouxesse outros para Seu aprisco. Por meio do chamado de Abraão, compreendemos que toda a criação é destinada a servir a Deus e a ser por Ele abençoada. O Senhor não deseja que ninguém pereça (2Pe 3:9). Assim, nossa adoração deveria ser inclusiva e de aceitação, trazendo outros para Deus.

Fé fortalecida pela adoração (Gn 22:1–18). A história de Abraão e Isaque revela uma das grandes verdades sobre adoração. Leia João 8:56. Abraão não estava por perto para ver Cristo, então, como pode esse verso ter algum sentido? Abraão queria conhecer a Deus. No entanto, ele e Sara decidiram não esperar pelo filho que o Senhor lhes havia prometido. Deus, contudo, não desistiu deles. Deu a Abraão outro teste: ordenou que Abraão sacrificasse o próprio filho.

Que semelhanças vemos entre Isaque e Cristo? Ambos estavam desejosos de ser sacrificados. Ambos carregaram a madeira sobre a qual seriam assassinados. O momento crucial, entretanto, aconteceu quando Abraão levantou a faca para matar Isaque. Só então um carneiro foi provido, e Deus elogiou Abraão por não Lhe ter negado seu único filho. Essa experiência não foi somente a parte de um currículo de liderança. Por meio da dor que suportou ao concordar em matar seu filho, Abraão experimentou uma dor semelhante à que Deus experimentaria ao enviar Jesusà Terra para morrer pelos nossos pecados. Assim, João 8:56 salienta que Abraão verdadeiramente viu o dia de Cristo.

Abraão aprendeu que adoração verdadeira significa entregar tudo a Deus. Da mesma forma, somos abençoados quando adoramos a Ele. A adoração nos prepara para as tarefas que Deus deseja que executemos.

O Senhor proverá (Gn 28:10-22). Por meio de sua experiência com Deus, Jacó se lembrou de suas próprias necessidades e da verdade absoluta de que o Senhor tudo provê. “A escada era um símbolo visível do real e ininterrupto companheirismo entre Deus, no Céu, e Seu povo, na Terra” (The SDA Bible Commentary, v. 1, p. 382).

Devido a essa experiência, Jacó jurou depender do poder de Deus e devolver o dízimo de todas as bênçãos que recebesse.Devolver o dízimo é uma forma de adoração. Temos a oportunidade de crer que o Senhor nos abençoará e também de reconhecer que Ele está no controle de tudo (Ml 3:10).

O livro do Gênesis retrata um exemplo de adoração equivocada e nos lembra, capítulo por capítulo, qual é a verdadeira fonte de adoração. Adoremos Àquele que fez os céus e a Terra.

Pense nisto

1. Quais são as bênçãos que você tem recebido por adorar a Deus?
2. Qual é seu papel na adoração? Qual é o papel de Deus?
3. Existe uma forma verdadeira de adoração? Se sim, qual é e por quê? Se não, por quê?

Mãos à Bíblia

Em Gênesis 4, com a história de Caim e Abel, pela primeira vez um sistema de sacrifícios foi explicitamente revelado.

2. Leia atentamente a primeira história registrada de um culto de adoração (Gn 4:1-7). Por que a oferta de Caim não foi aceitável a Deus e a de Abel foi?

Caim e Abel representam duas classes de adoradores que têm existido desde a queda. A oferta de Caim representava a tentativa de obter salvação pelas obras, a base de toda religião e adoração falsas. Em contrapartida, por sua oferta de um animal, Abel revelou (embora de forma débil) a grande verdade de que só a morte de Cristo, alguém igual a Deus (Fp 2:6), pode justificar o pecador. A verdadeira adoração deve estar fundamentada na constatação de que somente através da graça de Deus podemos ter esperança de vida eterna.

Gregory S. Taylor – Indianapolis, EUA

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