sábado, 24 de julho de 2010

Justificados pela fé - Resumo Semanal - 24/07/2010 a 24/07/2010

JUSTIFICADOS PELA FÉ

José Carlos Ramos

O que vem a ser a justificação pela fé?

Bem, em sua parte introdutória, a lição responde a esta pergunta com uma ilustração objetiva. Somos justificados de nossos crimes (todo pecado é um crime) no momento em que aceitamos Jesus como Salvador. Não há outra maneira de aceitá-Lo a não ser pela fé.

Então, a única maneira de sermos justificados ante a justiça divina é também pela fé.

Jesus pode nos salvar porque assumiu inteiramente nossa culpa, pagando na cruz o preço da nossa redenção. Quando cremos nEle, Sua vida de perfeita obediência à lei de Deus nos é creditada; assim, Ele morre por Lhe ser imputada nossa culpa: “o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23), e nós vivemos porque nos é imputada a Sua justiça: “...o homem que praticar a justiça decorrente da lei viverá...” (Rm 10:5).

Como definição básica, justificação pela fé é isso. Mas, no tocante a nós, são dignas de nota as implicações de tão inefável processo de salvação. Três citações de Ellen G. White a esse respeito são pertinentes:

A lei requer justiça, e esta, o pecador deve à lei; mas ele é incapaz de a apresentar. A única maneira pela qual ele pode alcançar a justiça é a fé. Pela fé, ele pode apresentar a Deus os méritos de Cristo, e o Senhor lança a obediência de Seu Filho a crédito do pecador. A justiça de Cristo é aceita em lugar do fracasso do homem, e Deus recebe, perdoa, justifica o pecador arrependido e crente, trata-o como se fosse justo, e o ama tal qual ama Seu Filho (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 367).

...Cristo assumiu a posição de fiador e libertador ao Se tornar pecado pelo homem, para que este pudesse tornar-se a justiça de Deus... Os pecadores só podem ser justificados por Deus quando Ele lhes perdoa os pecados, suspende a punição que eles merecem e os trata como se realmente fossem justos e não houvessem pecado... Eles são justificados unicamente pela justiça imputada por Cristo (Ibid., v. 3, p. 194).

Conforme o pecador penitente e contrito diante de Deus discerne a expiação de Cristo em seu favor, e aceita esta expiação como sua única esperança nesta vida e na futura, seus pecados são perdoados. Isso é justificação pela fé,... o oposto de condenação. A misericórdia ilimitada de Deus é exercida para com aqueles que são completamente indignos. Ele perdoa transgressões e pecados por amor de Jesus, que Se tornou a propiciação pelos nossos pecados. Pela fé em Cristo, o transgressor culpado é conduzido ao favor de Deus e à forte esperança de vida eterna (SDABC, v. 6, p. 1.070, 1.071).

Algo tão significativo e prazeroso é o tema principal de Paulo na epístola aos Romanos. Vamos à lição.

I. As obras da Lei

Romanos 3:20 diz que “pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.” Paulo se vale desse fato para afirmar que ninguém é justificado “por obras da lei”. Quanto mais o pecador dela se vale, mais ele se vê por ela condenado.

Com efeito, quem tenta alcançar a salvação pela lei, tenta o impossível. O exemplo dos judeus no passado é clara evidência desse fato. Referindo-se a eles, Paulo disse: “Israel, que buscava a lei de justiça, não chegou a atingir essa lei. Por quê? Porque não decorreu da fé e, sim, como das obras. Tropeçaram na pedra de tropeço” (9:31, 32).

Para eles, a pedra de tropeço foi Jesus, pois não O aceitando, descartaram o único meio de se tornar justos diante de Deus.

“Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus” (10:3). Uma lei transgredida nunca pode justificar o transgressor, por mais que ele passe a se esforçar por obedecer-lhe. “...Por obras da lei ninguém será justificado” (2:16).

Além de afirmar que a lei não tem capacidade para remover a culpa que o pecador tem diante de Deus (culpa por ela mesma revelada), a lição afirma também que “o que ela pode fazer é levar o pecador a buscar um remédio para isso.” Como? Naturalmente, por ressaltar o pecado no pecador (ver 7:5), a lei desperta sua consciência induzindo-o a buscar uma possível solução para o impasse, um recurso pelo qual ele se livre da condenação. Esse recurso é Cristo. É dessa forma que a lei conduz a Cristo, e o faz para que finalmente alcancemos a justificação pela fé (ver Gl 3:24).

Colocando em outros termos, vendo-se condenado, e almejando livrar-se da morte, o pecadorprocurará, talvez até desesperadamente, um meio de escape, somente para acabar descobrindo que esse meio existe exclusivamente por meio de Jesus. Nesse caso podemos dizer que a lei induz o pecador a Cristo, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado” (Jo 1:29). Como a lição afirma, “a lei deve assinalar nossas negligências e nos levar a Cristo.”

II. Fé e justiça

Qual é a relação entre fé e justiça? A primeira é o método para se obter a segunda. Romanos 3:21 se refere à justiça de Deus, “sem lei” manifestada, mas por ela testemunhada. O texto afirma: “Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas”. Em que sentido a justiça de Deus se manifestou sem lei? Porventura não foi por Jesus observar perfeitamente a lei que a justiça de Deus se tornou manifesta? Bem, justiça aqui não significa meramente equidade, retidão, probidade, lisura, etc, pois Jesus reuniu 100% de tudo isso e de tudo o mais que se liga à justiça.

Mas o sentido de “justiça de Deus” aqui é mais abarcante. Refere-se também ao dom por Ele oferecido a todos que aceitam Jesus (ver 5:17, onde a justiça é referida como “dom”). Mas consideremos brevemente os ingredientes desse texto:

“Mas agora...” – um contraste de tempo e de circunstância. Na perspectiva do tempo o agora de Deus é a encarnação, com destaque para o Calvário (ver Gl 4:4). Antes do agora, tudo o que tínhamos era a promessa da redenção vindoura. Agora ela é uma realidade. No aspecto circunstancial, o agora de Deus é visto com a caducidade do recurso salvífico do homem. Agora que ficou devidamente evidenciado que todos estão perdidos, e nada podem fazer, o recurso de Deus se destaca.

“...Sem lei...” – a justificação pela fé não conta com nenhuma contribuição (preparatória, acessória ou subsidiária) que seja dada por obras da lei. “Sem lei” significa sem o mérito humano, sem Deus levar em consideração o que o homem fez de bem, ou mesmo de mal. Ninguém é tão bom que possa dispensar o plano de Deus; ninguém é tão mau que não possa se valer dele.

“...Testemunhada pela lei e pelos profetas” – isto é, o Pentateuco e o restante do Antigo Testamento. Há uma continuidade natural entre as duas dispensações e os dois testamentos. O meio de salvação é um para ambas, e um em ambos. Aqui temos um claro exemplo de como Paulo usa o termo lei com sentidos diferentes. Portanto, é bom nunca nos precipitarmos em dizer o que o termo significa. Há que se dar sempre atenção ao contexto.

O v. 22 confirma que a “justiça de Deus” é um dom que Ele almeja conceder ao pecador; e mostra como é auferida: “mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os que creem...”. Observemos igualmente o que este texto encerra (leia-o primeiramente na Bíblia):

“...Fé em Jesus Cristo...” – Jesus é o objeto, não o sujeito, da fé. Não a fé que Jesus possuiu, revelou e exemplificou (sentido esse que estaria incluído em Ap 14:12); mas fé em Jesus. Não se trata daquela fé comum, quase que vulgar, em Deus. Não é questão de simplesmente dizer “eu creio em Deus, que Ele existe, etc.”. Mas fé direcionada a Cristo, ao que Ele operou historicamente na cruz: redenção (livramento), propiciação (reconciliação) e vindicação da justiça. O nome completo, Jesus Cristo, aponta-O como Salvador, Redentor e Senhor. É fé nEle, como tal, que nos relaciona adequadamente com a justiça de Deus, e nos justifica.

“...Para todos os que creem...” – não é mera redundância, tendo em vista que a “fé em Jesus Cristo” é expressa imediatamente antes. “Fé em Jesus” é o método de se apropriar da salvação. “Todo o que crê” aponta para a universalidade da salvação (salvação à disposição de todos). Confirma o fato de que todos estão perdidos e são carentes do plano de Deus. Por isso, Paulo acrescenta logo a afirmação: “porque não há distinção.” Mas note que a salvação é auferida individualmente; daí a necessidade de uma resposta pessoal do homem: crer.

III. Graça e justificação

Graça é a fonte da “justiça de Deus” como dom; justificação é o resultado.

O estudo de hoje é fundamentado em Romanos 3:24: “...sendo justificados gratuitamente, por Sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus”. A lição comenta satisfatoriamente o texto. Apenas acrescento o seguinte, analisando o que Paulo afirma:

Para melhor estrutura das frases devemos considerar os versos 22up e 23 parentéticos (“porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”), e ligar “sendo justificados gratuitamente por sua graça” com “justiça de Deus... para todos os que creem” (v. 22). “Gratuitamente” combina com “sem lei” (v. 21) e com “mediante a fé” ou “todos os que creem” (v. 22). Justificação é um dom gratuito de Deus.

“...Gratuitamente...” e “...por Sua graça...” são sinônimos e servem de ênfase para o caráter de desmerecimento humano: nenhum pecador merece o dom de Deus, isto é, Deus não é constrangido a nos justificar por algum ato meritório de nossa parte. Nosso mérito, se há algum, consiste em nossa extrema necessidade de Deus e de Sua salvação. Nada em nós ou praticado por nós pode recomendar-nos a Deus. O dom é exclusividade, iniciativa e total realização dEle.

“..Redenção...” é palavra-chave no tema da justificação pela fé. Gratuita para o homem, a justificação, todavia, custou um preço para Deus. Justificação é pela graça, isto é, o homem não entra com nenhum mérito. Justificação se efetiva através de redenção, ou seja, o custo é pago totalmente por Deus. O que Deus pagou, ou fez, realça a salvação como dom gratuito dEle para o homem.

Significado básico de redenção: resgate pelo pagamento de um preço. A ideia no evangelho é de resgate substitutivo: Mt 20:28; Mc 10:45. O preço = dar Sua vida (Tt 2:14), ou derramar Seu sangue (Ef 1:7; cf. 1Pe 1:18).

A ideia é de livramento por meio de um preço pago. Primariamente, o sentido é de um preço pago para a libertação de escravos, ou prisioneiros de guerra. A quem foi pago o preço? A Bíblia silencia. A Deus? Ele mesmo providenciou o pagamento. A Satanás? Ele é apenas um usurpador. Por inferência, podemos supor que foi à própria justiça de Deus.

É dito que a “redenção” está em Cristo: ela não é vista somente naquilo que Cristo fez, mas nEle mesmo. Ele é a redenção personalizada.

IV. “Sua justiça”

O texto de estudo para hoje é Romanos 3:25-27. Novamente concorro com as seguintes colocações em adição à boa aplicação que a lição faz (primeiro leia o texto em sua Bíblia):

“Propiciação” é outro termo-chave na doutrina da justificação pela fé. Refere-se à provisão feita por Deus para a nossa justificação.

Enquanto redenção diz respeito à nossa escravidão no pecado e é a provisão da graça para nos libertar, propiciação se refere à nossa sujeição à ira de Deus e é a provisão da graça pela qual podemos nos livrar dela.

Entretanto, não devemos confundir a ira de Deus com o emocionalismo doentio que os adoradores pagãos atribuíam aos seus deuses, ira que poderia ser aplacada por algum tipo de oferta providenciada pelo adorador. A indignação de Deus contra o pecado tem que ver com a santidade de Seu caráter. E não é esperado que o pecador faça alguma coisa para aplacar a ira de Deus. A iniciativa, e o ato de propiciar ou aplacar, são exclusivas de Deus; veja que o apóstolo registra a fórmula Deus propôs. Isto significa que o mesmo Deus que odeia o pecado com todas as fibras do Seu ser, ama o pecador de tal forma que deu Seu único Filho para expiar os pecados do mundo todo (Jo 3:16; 1Jo 2:2). A cruz é a consequência e não a causa do amor de Deus.

O resultado da redenção é libertação que abre caminho para a santificação. É discutida a partir do cap. 6 (ver também Ef 5:25, 26; Tt 2:13, 14). Mas o resultado da propiciação é paz com Deus, que abre caminho para a justificação e seus resultados, discutidos em 5:1-11.
“...Seu sangue...”, tanto o preço do resgate como o meio do “apaziguamento” de Deus.

“...Mediante a fé...” – ela sempre é o meio pelo qual nos apropriamos da provisão.

Com isto se completam os três elementos indispensáveis no processo da justificação, cada um ligado a uma específica Pessoa da Divindade: O PAI – a graça; O FILHO – o sangue; O ESPÍRITO SANTO – a fé.

“...Manifestar Sua justiça...” - novamente encontramos o tema da revelação dinâmica da salvação. Essa é uma reiteração do ato de Deus “propor”, já que, no grego, este verbo contém a ideia de um ato público. A morte de Cristo foi pública e isto revela a justiça de Deus.

Mas o sentido de justiça salvífica nesse verso e no seguinte se confunde com o sentido de justiça como atributo do caráter de Deus.

Isto é evidenciado pela afirmação de ter Deus, em épocas passadas, tolerado o pecado e o deixado impune (cf. At 14:16; 17:30).

Paulo quer dizer que, no passado, Deus sustou Sua ira, isto é, não visitou os homens em seus pecados. Isso não deve ser confundido com perdão ou remissão. Significa que Deus não executou sobre o homem a completa medida do Seu desprazer, mas exerceu tolerância pelos pecados do homem.

Isso tornou necessário que Deus revelasse agora, na propiciação efetuada por Cristo, a Sua justiça, pois a tolerância exercida no passado poderia levar o homem a pensar que Deus estava abrindo mão de Sua própria justiça. Havia o perigo de a inviolabilidade da justiça de Deus ser obscurecida na mentalidade do homem. A tolerância de Deus corria o risco de ser mal interpretada, ou seja, de ser tida como indiferença às reiterações da justiça e a suspensão da aplicação da ira ser considerada como uma anulação do julgamento. Era necessário que ficasse bem claro que Deus não estava sendo indulgente para com o pecado.

Portanto, ao derramar Cristo Seu sangue como propiciação, Deus dá uma demonstração pública, aberta, de que Seu desprazer pelo pecado continua inviolado e em pé, e que Sua ira só não se abateu e se abate sobre o pecador porque ela se abateu sobre um Substituto. Assim para Deus ao mesmo tempo justificar o pecador e não abrir mão de Sua justiça, Ele propôs o derramamento do sangue de Cristo (ou seja, Seu sacrifício) como meio de dar plena satisfação à Sua justiça. Isso faz também com que a justiça de Deus seja vindicada, já que antes correu o risco de ser mal interpretada.

Assim, a tolerância de Deus e Seu passar por alto os pecados anteriormente cometidos exigiram dEle a demonstração de Sua justiça inerente. Isso Ele fez entregando Seu Filho para ser morto na cruz. A cruz , portanto, evidencia tanto Seu amor pelo pecador como Seu ódio contra o pecado. Ali, Sua ira é apaziguada, porque Sua justiça é satisfeita. Essa demonstração de Sua justiça nos revela finalmente que a justificação do pecador demandou nada menos que a propiciação feita no sangue de Jesus.

“...Justo e justificador...” – Todo esse processo fundamentado no sacrifício da cruz faculta a Deus o ato de justificar o pecador sem deixar de condenar o pecado e sem abrir mão de Sua justiça. Ao mesmo tempo em que justifica o pecador, Ele continua sendo justo.

Como a lição bem coloca, “por causa da cruz do Calvário, Deus pode declarar justos os pecadores e ainda ser considerado justo aos olhos do Universo. Satanás não pode apontar seu dedo acusador para Deus, pois o Céu fez o sacrifício supremo. Satanás acusou Deus de pedir da raça humana mais do que Ele próprio estava disposto a dar. A cruz refuta essa acusação.”

“Onde... a jactância? Foi de todo excluída.” – O orgulho religioso, o triunfalismo, o exclusivismo e outros ismos ligados ao legalismo são eliminados. Lei, no v. 27, é usada com dois sentidos: (1) lei das obras, isto é, o legalismo, ou sistema humano de salvação; e (2) lei da fé, ou seja, a norma divinamente estabelecida para o desfrute da salvação; exclusivamente pela graça.

Vemos agora que a palavra lei chega a ser empregada por Paulo com o sentido de salvação pela graça. Todavia, a fé tem sido revelada como o meio, ou método, e não como fonte de salvação. Ninguém pode se jactar da fé que possui. A fé é um dom de Deus e não repousa na capacidade do homem, muito menos nalgum mérito que ele pense possuir.

V. Fé e obras

Já que somos justificados pela fé sem as obras da lei (3:28), podemos transgredi-la à vontade? Essa é questão que a pergunta 6 levanta. A lição mesma vai bem ao ponto, explicando que a obediência à lei não é descartada pelo plano de salvação. Se assim fosse, seria inevitável a conclusão de que justificação pela fé é licença para pecar, pois o pecado é a transgressão da lei (1Jo 3:4). Seria o mesmo que um juiz, ao inocentar o réu num tribunal, estivesse lhe dizendo: Bem, você agora está livre para sair daqui e roubar e matar quanto quiser. Se isto acontecesse, seria o juiz e não o réu que mereceria ir para a cadeia!

Mas tal é a conclusão, agora no âmbito espiritual, a que chegam alguns leitores de Paulo, em resultado de uma interpretação apressada, portanto superficial, daquilo que ele afirmou. E isso não é de agora, porque mesmo os contemporâneos do apóstolo, seus oponentes, começaram a disparatar, torcendo seu ensino (ver 3:8).

No intuito de que ninguém se equivocasse com seu ensino, o apóstolo foi muito claro, preciso, em suas colocações, chegando a dizer: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado para que seja a graça mais abundante?” (6:1). Em outras palavras, continuaremos transgredindo a lei, para que a “justificação pela fé sem as obras da lei” cada vez mais se efetive? A isso ele respondeu: “De modo nenhum! [o sentido é “Deus nos livre de tal ideia!”] Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” (v. 2). Tendo o pecado como transgressão da lei, a resposta de Paulo pode ser assim expressa: “Como viveremos ainda transgredindo a lei, nós que morremos para a transgressão?”

Impressionante! É o plano divino da justificação pela fé que nos habilita a, “morrendo para o pecado”, cumprir a vontade de Deus exposta em Sua lei. Como a lição estabelece, “o ensino de Paulo é que, embora a obediência à lei não seja o meio da justificação, a pessoa que é justificada pela fé ainda observa a lei de Deuse, de fato, é a única que pode guardar a lei. Uma pessoa não regenerada, que não foi justificada, nunca poderá cumprir os requisitos da lei.”

Pastor e professor do SALT ora jubilado. Engenheiro Coelho, SP

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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Justificados pela fé - 23/07/2010 a 24/07/2010

Sexta, 23 de julho

Opinião
Recompensa imerecida


Se você é uma “boa” pessoa, é fácil evitar transgredir leis estabelecidas por nossos governos. Contudo, todos nós, num momento ou noutro, já colocamos em risco nossa salvação com nosso comportamento e pensamentos pecaminosos (Rm 3:23). Pode parecer quase impossível passar um dia inteiro seguindo as leis de Deus sem pecar numa mínima coisa. Felizmente, Ele compreende que os seres humanos sempre lutam com o pecado. Algumas preocupações pessoais que eu mesma já tive incluem o questionamento sobre minha própria “bondade”. Eu me vejo cogitando se a Igreja Adventista do Sétimo dia é a igreja verdadeira, se há realmente essa coisa de religião verdadeira, se eu sou mesmo um cristão “suficientemente bom” e se isso vai ser suficiente para Deus no Dia do Juízo.

Martinho Lutero fez tudo o que podia para cumprir a lei, e até ele esteve incerto sobre sua salvação. Quando falei a meu esposo sobre meu medo de não alcançar a graça de Deus, ele me dirigiu a Romanos, ao mesmo texto que trouxe alívio a Lutero. Senti uma paz me inundar quando li: “Pois sustentamos que o homem é justificado pela fé, independente da obediência à lei” (Rm 3:28).

Contudo, a justiça pela fé não é uma desculpa para vivermos da maneira que desejarmos. Ao nos tornarmos mais e mais semelhantes a Cristo através da habitação do Espírito Santo, nos tornaremos exemplos ao mundo que nos cerca. À medida que esse crescimento ocorre, esteja preparado para que sua fé seja provada. Sua fé pode vacilar, mas, com a direção do Espírito Santo, seu relacionamento com Cristo vai se tornar cada vez mais forte.

De uma coisa sei com certeza: Jesus Cristo é meu Salvador. Ele morreu por meus pecados. Essa certeza de fé me traz a paz de que, no dia de minha morte, dormirei em Jesus até que Ele volte. Os que se arrependerem e crerem nEle podem estar seguros de sua salvação. Podem ter a certeza de que, à medida que crescerem em Cristo, se tornarão cada vez mais semelhantes a Ele.

Mãos à obra


1. Pesquise maneiras em que a Internet está ajudando a espalhar como fogo as boas-novas da justificação pela fé. Que sites parecem ser os mais eficientes e por quê? Desenvolva seu próprio site da maneira que você acha que o apóstolo Paulo teria feito o seu se naquele tempo ele tivesse essa tecnologia à sua disposição.

2. Faça um desenho que expresse o conceito de Cristo como a escada espiritual mencionada na lição de quarta.

Candice Qualls – Pleasant Hill, EUA

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Justificados pela fé - 22/07/2010 a 24/07/2010

Quinta, 22 de julho

Aplicação
Cara limpa


Biiiiiiiiiiiiiiiiiiiiip!!!!!!!! Pulei da cama, joguei a roupa no corpo, escorreguei para dentro dos sapatos e saí correndo. Ah, os alarmes de chamada e a alegria de morar no dormitório! Ali, em pé, sob a escada, olhei para as outras moças. Não reconheci nem a metade delas! Algumas das moças mais produzidas durante o dia eram os maiores cacos à noite. Então, comecei a pensar sobre a ironia da beleza que elas promovem durante todo o dia e o desastre que elas escondem à noite. Seu jeito falso de ser bonitas é passar maquiagem até que não sobra nada delas mesmas. A realidade é: “lave o rosto, cuide de sua pele... e você será mais do que superficialmente bonita. Você será verdadeira.”

Aqui está como você pode ser verdadeiro(a) para com Deus:

Olhe-se no espelho (a lei/caráter de Deus). A lei nos mostra qual é nossa verdadeira aparência. Portanto, reconheça a sujeira que há em você (leia Romanos 3:20).

Peça ajuda (graça). Esfregar sua imagem refletida no espelho não vai deixar essa imagem mais limpa nem mais bonita. A única maneira de qualificar-se para a graça é reconhecer que ninguém pode salvar a si mesmo e que não merece a salvação (leia Romanos 3:23).

Use água e sabão (fé e justiça). A justiça de Cristo é nossa água e sabão – ela limpa a sujeira do pecado. Precisamos nos lembrar de não deixar o sabão e a água ficarem muito longe de nós. Leia Romanos 3:22.

Seu rosto vai se sujar de novo, mas lembre-se de que há água e sabão suficientes para a próxima lavagem. Não busque a sujeira que escorreu pelo ralo da pia. Aprenda a se sentir bem estando limpo(a). Cristo limpou nossas impurezas. Isso é verdadeira justificação.

Mãos à Bíblia


6. “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei” (Rm 3:28). Isso significaria que não se exige que obedeçamos à lei, visto que ela não nos salva? Explique sua resposta.

E Romanos 3:28, Paulo estava falando da lei em seu sentido mais amplo no judaísmo. Por mais conscienciosamente que um judeu tentasse viver sob esse sistema, se deixasse de aceitar Jesus como o Messias, essa pessoa não poderia ser justificada. Esse verso é a conclusão de Paulo quanto a afirmação de que a lei da fé exclui a jactância. Se a pessoa fosse justificada por suas próprias ações, poderia se vangloriar disso. Mas quando é justificada porque Jesus é o objeto de sua fé, então o crédito pertence claramente a Deus, que justifica o pecador.

Sara-May Julia Colon – Burtonsville, EUA

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Justificados pela fé - 21/07/2010 a 24/07/2010

Quarta, 21 de julho

Testemunho
A escada espiritual


“Deus é o Doador da vida. Desde o princípio, todas as Suas leis foram ordenadas para toda a vida. Mas o pecado se intrometeu na ordem que Deus havia estabelecido, e seguiu-se a discórdia. Enquanto existir o pecado, sofrimento e morte serão inevitáveis. É unicamente porque o Redentor assimilou a maldição do pecado em nosso favor que o homem pode esperar livrar-se, em sua própria pessoa, dos horrendos resultados do pecado” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 553).

“Depois de o inimigo haver levado Adão e Eva ao pecado, a ligação entre o Céu e a Terra foi cortada; e não fora por Cristo, jamais haveria sido o caminho do Céu conhecido pela humanidade caída. ... Cristo é a escada espiritual, cuja base se apoia na Terra, e cujo topo atinge o trono do Infinito. Os filhos de Adão não são deixados em desolação, e alienados de Deus; pois mediante a justiça de Cristo temos acesso ao Pai” (Ellen G. White, Para Conhecê-Lo, p. 82).

“Quando o pecador vem a Ele [Jesus], Ele tira o fardo do pecado e lhe dá Sua justiça. O mais vil pecador pode reivindicar tudo o que foi provido no plano da salvação através dos méritos de Cristo. Ele pode ter os atributos do Salvador. Pode sair e proclamar um Salvador vivo, e ganhar homens para a verdade; pois ele sabe o que é se agarrar a Cristo por viva fé. Deu os passos necessários de arrependimento, confissão e restituição, e pode ensinar a outros o caminho da salvação. Ele pode apresentar Cristo como Aquele que deixou Seu trono real e revestiu Sua divindade com a humanidade para que pudesse salvar o homem caído. Pode apresentá-Lo como alguém que era rico e Se fez pobre por amor de nós, para que por Sua pobreza nos tornássemos ricos” (Ellen G. White, Signs of the Times, 2 de setembro de 1889).

Mãos à Bíblia


Em Romanos 3:25, Paulo se aprofunda nas boas-novas de salvação. Ele usa uma figura de linguagem: propiciação (no grego, hilasterion). Essa palavra ocorre no Novo Testamento só aqui e em Hebreus 9:5, onde geralmente é traduzida como “propiciatório” (tampa da arca do concerto). Como é usada em Romanos 3:25, descrevendo a oferta de justificação e redenção em Cristo, propiciação parece representar o cumprimento de tudo o que era simbolizado pelo propiciatório no santuário do Antigo Testamento. Então, isso significa que, por meio de Sua morte sacrifical, Jesus é erguido como o meio de salvação e é representado como aquele que fornece a propiciação. Em resumo, significa que Deus fez todo o necessário para nos salvar.

5. Tendo sido salvos pela fé, mediante a graça, que motivo temos para nos orgulhar? Rm 3:26, 27

Stuart Forbes – Brisbane, Austrália

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terça-feira, 20 de julho de 2010

Justificados pela fé - 20/07/2010 a 24/07/2010

Terça, 20 de julho

Exposição
Favor imerecido


A igreja em Roma era composta de pessoas de judeus e gentios. Isso colocava Paulo na difícil posição de apresentar o evangelho de maneira agradável para uma congregação dividida. Além do mais, ele não tinha a vantagem de poder se encontrar com eles pessoalmente. Não podia responder a perguntas, solucionar divergências ou fazer com que a jovem igreja se envolvesse numa discussão significativa. Tudo o que ele tinha era pergaminho e pena. Mas, com estes, criou a mais abarcante exposição do evangelho. Para os gentios, ele pintou o quadro de um Deus inclusivo e justo. Para os judeus, salientou a futilidade de buscar a salvação pelas obras.

Todos somos pecadores (Rm 3:23). Antes de se dirigir à igreja romana como uma congregação singular, Paulo tinha de unir os grupos fragmentados. Portanto, destacou o elo que tinham em comum – sua pecaminosidade inerente. Esse fator em comum se tornou a base de seu argumento sobre a justificação pela fé – a afirmação de que todos somos pecadores, culpados e estamos debaixo da lei. Ele comprova isso em Romanos 3:10, citando Salmos 14:1-3, 53:1-3 e Eclesiastes 7:20.

Paulo destaca nossa pecaminosidade novamente em Romanos 3:23: “Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”. Torna-se claro que, como pecadores, não podemos, por nós mesmos, refletir Sua imagem. Por nós mesmos, nunca cumpriremos os requisitos da lei. Paulo ilustra isso no sentido mais básico: “Pois o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23).


Esta pode ser uma percepção desanimadora – não importa o que façamos, não importa o quanto tentemos, sempre estaremos aquém da glória de Deus.

Esperança através da fé (Rm 3:21, 22). Deus, em Sua infinita misericórdia, nos oferece outra maneira: “a justiça que provém de Deus, independente da lei”. Ele nos oferece uma segunda chance. Oferece-nos graça. Aceitando o sacrifício de Jesus, não somos julgados por nossa natureza pecaminosa, mas pela perfeição de Cristo. Ele é nosso único caminho verdadeiro para a justiça, o caminho para sermos justificados a despeito de nosso pecado intrínseco.

Deus, em Sua infindável compaixão, nos oferece a troca mais generosa que existe: a justiça de Jesus em lugar dos nossos pecados. Toda essa troca requer de nós fé.

O que é justificação? (Rm 3:24-26). Quando um réu comparece diante de um juiz humano, ele só pode ser considerado inocente, se sua inocência for comprovada. Entretanto, no caso do homem em relação a Deus, apesar de ser comprovadamente culpado, o homem é considerado inocente. Isso não deixa espaço para nos orgulharmos de nossas obras. Somos justificados apenas pela graça de Deus.

“Paulo insiste que nada que possamos fazer pode ganhar para nós o perdão de Deus; só o que Deus fez por nós pode ganhar isso; portanto, o caminho para um relacionamento correto com Deus está, não numa tentativa frenética, desesperada, inútil de ganhar a absolvição por nossas realizações; está na aceitação humilde, penitente, do amor e da graça que Deus nos oferece em Jesus Cristo.”*

Viver de acordo (Rm 3:19, 20, 27, 28). Então, como o conhecimento de nossa justificação transforma nossa vida? É crucial que compreendamos plenamente que não há absolutamente nenhum modo de alcançarmos a libertação do pecado por nós mesmos. A penalidade do pecado, exigida pela lei, só pode ser cumprida através de Deus e do dom de Seu Filho. Paulo, havendo pessoalmente experimentado e aceitado esse dom, nos assegura que, embora possamos tropeçar em nossa jornada com Cristo, ainda estamos salvos. É somente através de Sua infinita graça que somos salvos (Ef 1:7).

Quais são as implicações da graça de Deus em nossa caminhada cristã? Tiago 1:22 insta conosco: “Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos”. Ser cristão não significa uma passagem grátis para o Céu. O dom da graça é uma coisa linda, maravilhosa, mas é apenas uma parte do cristianismo. O cristianismo é mais do que a aceitação da Palavra de Deus; é um estilo de vida que se esforça por refletir a Cristo. Jesus nos ordenou que partilhássemos as boas-novas de Sua graça, que fizéssemos discípulos de todas as nações (Mt 28:19). Paulo nos diz: “Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados.” (Ef 5:1, 2).

* William Barclay, The Daily Study Bible: The Letter to the Romans (Filadélfia: Westminster Press), p. 59.


Mãos à Bíblia


4. Tendo em vista o estudo sobre a lei e o que ela não pode fazer, o que Paulo diz sobre a fonte de nossa redenção? Rm 3:24. Que significa “a redenção que há em Cristo Jesus”?

A palavra grega traduzida como justificar, pode significar fazer justo, declarar justo ou considerar justo. A palavra vem da mesma raiz de justiça. Somos justificados quando somos “declarados justos” por Deus. Antes dessa justificação, a pessoa é injusta e, deste modo, inaceitável a Deus; depois da justificação, ela é considerada justa e, portanto, aceitável a Ele. E isso só acontece por meio da graça de Deus. Graça significa favor. Quando um pecador se volta para Deus em busca de salvação, é um ato de graça considerar ou declarar que essa pessoa é justa.

Fylvia Fowler Kline – Medford, EUA

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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Justificados pela fé - 19/07/2010 a 24/07/2010

Segunda, 19 de julho

Evidência
Mentira ou verdade


Os judeus se orgulhavam de ser os escolhidos. Tinham a lei de Moisés e um magnífico templo. Contudo, exatamente como qualquer outro grupo de pessoas, continuavam a transgredir a lei. Isso resultou em dificuldades, no cativeiro e na Diáspora. Assim, criaram leis ainda mais rigorosas para resguardar as leis originais, contudo, continuaram falhando e por isso aguardavam ansiosamente o Messias para livrá-los da escravidão.

Então, veio Jesus. Ele era só um homem comum de Nazaré, o pior dos lugares. Não possuía educação formal, mas deixou atônitos os líderes religiosos com Sua interpretação das Escrituras. Nunca condenou ninguém, mas perdoou livremente. Respeitava a autoridade, mas teve a audácia de enxotar do templo os que o haviam transformado num mercado (Jo 2:16). Por fim, os sumos sacerdotes acusaram a Jesus de blasfêmia, mas ele ressuscitou e ascendeu ao Céu após dar a ordem de que as boas-novas deveriam ser partilhadas.

As Boas-Novas se espalharam como fogo – só por informação passada de boca em boca e por cartas que levavam dias ou semanas para serem entregues. Não havia telefone nem e-mail para verificar a credibilidade da mensagem ou sua fonte. Foi nesse contexto que Paulo escreveu aos judeus de Roma. Para eles, a mensagem de Paulo era revolucionária: “Pois sustentamos que o homem é justificado pela fé, independente da obediência à lei” (Rm 3:28).

Mãos à Bíblia


2. Em contraste com a justiça humana, como Deus ensina que o cristão recebe a justiça? Rm 3:21

A nova justiça é chamada de “justiça de Deus”; isto é, uma justiça que vem de Deus e a única que Ele aceita como verdadeira justiça. Evidentemente, essa é justiça que Jesus trouxe enquanto vivia como ser humano, justiça que Ele oferece a todos os que a aceitarem pela fé, que a buscarem para si mesmos, não porque merecem mas porque precisam dela.

3. Como você pode aprender e aceitar essa maravilhosa verdade? (Rm 3:22).

Wesley James – Loma Linda, EUA

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domingo, 18 de julho de 2010

Justificados pela fé - 18/07/2010 a 24/07/2010

Justificados pela fé

“Pois sustentamos que o homem é justificado pela fé, independente da obediência à lei” (Rm 3:28).

Prévia da semana: A lei de Deus é perfeita, e os seres humanos nunca podem alcançar esse padrão; mas quando aceitarmos a justiça de Cristo, oferecida em lugar de nossas imperfeições, Deus nos considera justos.

Leitura adicional: Romanos 4. Caminho a Cristo, p. 49-55; Nisto Cremos, p. 169-186.

Domingo, 18 de julho

Introdução
Seguindo as regras


Alguns anos atrás, o jornalista americano A. J. Jacobs, agnóstico declarado, decidiu “viver a Bíblia por um ano”. Durante 381 dias ele tentou, da melhor forma, viver literalmente cada lei escrita na Bíblia. Isso incluía recusar-se a fazer a barba e usar somente túnicas no estilo bíblico feitas sem mescla de fibras. Uma vez, ele até “apedrejou” um adúltero ao atirar uma pedrinha num homem que encontrou no parque.

Quando lhe perguntaram por que ele fez essa experiência, respondeu: “[Eu queria ver] se estava perdendo algo por não ter religião em minha vida e, em caso positivo, o que estava perdendo”.* À medida que o ano foi passando, ele foi achando difícil seguir todas as regras o tempo todo. É verdade que havia valor em alguns princípios, mas não havia jeito de ele jamais se tornar perfeito. Por fim, embora desenvolvesse certa consideração por pessoas que tentam seguir a lei bíblica, Jacobs concluiu que não estava perdendo nada por não ser religioso, e voltou à sua antiga vida. Não havia objetivo em tentar o impossível.

Há ocasiões em que todos ficamos cansados de tentar seguir as regras. Por que nos incomodarmos? É tão difícil! Não há outro jeito de alcançar a justiça? A resposta está num ponto crucial que Jacobs deixou de incluir em sua experiência: o grande amor de Deus por nós. Sabendo que jamais poderíamos alcançar a justiça através da lei, por causa de nossa natureza pecaminosa, Deus nos ama o suficiente para ter provido outra maneira de atingirmos a justiça: enviou Seu Filho Jesus Cristo como sacrifício expiatório para que, através da fé nEle, pudéssemos ser salvos.

Todos enfrentamos dias em que achamos que não conseguimos fazer nada certo. Mas não desista. Ao meditar nas lições diárias apresentadas nesta semana, pense em um modo pelo qual você possa exercer fé em Jesus Cristo. Então, você estará a caminho de se tornar alguém verdadeiramente justo.

*A Conversation with A. J. Jacobs. http://www.ajjacobs.com/books/yolb.asp?id=guide#conversation (acessado em 22 de abril de 2009).

Mãos à Bíblia


1. Qual é o real objetivo da lei? O que ela não pode fazer? Rm 3:19, 20. Por que esse ponto é tão importante para todos os cristãos?

Assim como um espelho não serve para pentear um cabelo desarrumado, a lei também não pode salvar o homem. Um exame não cura; apenas mostra a necessidade de cura. É assim que a lei funciona. Portanto, a lei mostra o pecado, e Jesus nos salva do pecado.

Christi Carlton – Redlands, EUA

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