sábado, 20 de fevereiro de 2010

Fidelidade - Resumo Semanal - 20/02/2010 a 20/02/2010

FIDELIDADE
Resumo Semanal - 14/02/2010 a 20/02/2010

por Emilson dos Reis

Se você examinar um exemplar do Novo Testamento na língua em que foi escrito originalmente, isto é, no grego, vai encontrar que a virtude seguinte mencionada como parte do fruto do Espírito é designada pela palavra pistis (Gl 5:22). Esta é uma das palavras mais importantes da teologia cristã e aparece 239 vezes nas Escrituras. É traduzida para o português como fé, em quase qualquer lugar do Novo Testamento.

O contexto em que se encontra determina seu real significado. (1) Na grande maioria das ocorrências, se refere à confiança em Deus que conduz à salvação (ex.: Rm 3:22, 25; 1Co 13:13; Ef 2:8). (2) Mas também pode se referir às convicções intelectuais ou crenças doutrinárias (Tg 2:17), que tanto homens como demônios podem ter (Tg 2:19), mas que não resulta em salvação. (3) Às vezes, indica o conjunto de doutrinas ou crenças cristãs, o conteúdo da mensagem do cristianismo (At 6:7; 13:8; Gl 1:23; 3:23). (4) Pode se referir à faculdade psicológica da certeza, convicção (Hb 1:1). (5) Outro uso é uma referência à fidelidade, ou integridade, ou lealdade, ou confiabilidade, ou dignidade – uma qualidade que merece confiança (Mt 23:23). No texto que estamos considerando, Gálatas 5:22, a melhor tradução parece ser fidelidade.2 Enquanto a fé salvadora já se manifesta desde antes da experiência do novo nascimento e é requisito indispensável para que esse ocorra, o fruto do Espírito somente desponta depois dessa experiência.3

No Antigo Testamento, a ideia correspondente é expressa pela raiz ’aman, que significa: “ser leal, digno de confiança, fiel” e pode ser aplicada em relação a Deus e aos homens (Nm 12:7; 1Sm 22:14; Is 8:2; Dt 7:9).4

A fidelidade de Deus


Assim como as Escrituras declaram que Deus é santo, que Deus é amor, elas também asseveram que “Deus é fiel” (1Co 10:13; 2Co 1:18), o que indica que “Ele nunca esquece, nunca falha, nunca vacila, nunca deixa de cumprir Sua palavra. O Senhor Se mantém estritamente apegado a cada declaração de promessa ou profecia, faz valer cada compromisso de aliança ou de ameaça”.5 Como diz o texto sagrado: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que Se arrependa. Porventura, tendo Ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Nm 23:19).

Frequentemente, as Escrituras citam a fidelidade vinculada a algum outro atributo, indicando a proximidade de significado ou a harmonia que há entre eles. Destacam-se: a misericórdia (Sl 57:3), justiça (Sl 40:10), integridade (Js 24:14), benignidade (Sl 36:5), graça (Sl 40:10), verdade (Sl 40:10), bondade (Sl 61:7), benignidade (Sl 89:2), retidão (Sl 111:8).

As muitas narrativas de Sua Palavra demonstram ser Ele fiel em cumprir tanto Suas promessas como Suas ameaças; tanto em proteger das dificuldades como em castigar aqueles que se afastam de Seus caminhos. Por isso, quando Jerusalém foi destruída pelos babilônios, e os judeus foram levados cativos, o profeta Jeremias, em um de seus lamentos, reconheceu que o povo de Deus não fora inteiramente consumido por causa das misericórdias e da grande fidelidade de Deus (Lm 3:22-23). O salmista escreveu: “Bem sei, ó Senhor, que os Teus juízos são justos e que com fidelidade me afligiste” (Sl 119:75). Tratando da descendência do rei Davi, Deus declarou: “Se violarem os Meus preceitos, e não guardarem os Meus mandamentos, então, punirei com vara as suas transgressões e com açoites, a sua iniquidade. Mas jamais retirarei dele a Minha bondade, nem desmentirei a Minha fidelidade” (Sl 89:32-33). Em um momento de muita aflição, Davi orou por livramento de seus inimigos, dizendo: “Eis que Deus é o meu ajudador, o Senhor é quem me sustenta a vida. Ele retribuirá o mal aos meus opressores; por Tua fidelidade dá cabo deles” (Sl 54:4-5).

A fidelidade de Deus resulta em preciosas bênçãos para Seus filhos:

(1) Por ser Deus fiel, Ele não permite que sejamos tentados além das nossas forças. Sempre que uma tentação vier a nós, mesmo a mais difícil, haverá uma saída, um modo de escapar ileso, sem compactuar com o mal. Deus proverá livramento (1Co 10:13). Em algumas situações, será necessário fugir, como José na casa de Potifar (Gn 39:7-12), em outras, apenas aguardar a intervenção de Deus, como ocorreu com os três amigos de Daniel. Diante da estátua, do rei e dos muitos oficiais, eles simplesmente fizeram o melhor que podiam: não se curvaram em adoração e aguardaram o desenrolar dos acontecimentos, descansando em Deus (Dn 3). Nos exemplos acima, os filhos de Deus não pecaram. Eles venceram a tentação. No primeiro caso, José, aparentemente foi prejudicado, pois em resultado de sua obediência a Deus, ele foi lançado na prisão. Mas, depois, Deus empregou essas mesmas circunstâncias para conduzi-lo à elevada posição de governador do Egito. No segundo caso, os três hebreus foram exaltados e prosperaram. Assim, mais cedo ou mais tarde, a fidelidade de Deus é claramente percebida e a fidelidade de Seus servos claramente recompensada.

(2) Por ser Deus fiel, Ele opera em nós a santificação, preparando todo o nosso ser para a vinda de Cristo (1Ts 5:23-24). Na justificação, Deus trata com o passado de nossa vida. No momento em que, arrependido, confesso meus pecados e reclamo o sacrifício de Cristo em meu favor, Deus me perdoa, justifica, e são perdoados todos os meus pecados dali para trás. Assim, da parte de Deus, não há mais nenhuma condenação sobre mim. Fico em paz com Deus (Rm 8:1; 5:1). Contudo, por maravilhosa que seja tal experiência, não teria muito valor se parasse por aí. Por quê? Porque a vida segue e, se agora estou limpo, mas continuo sozinho na luta contra o mal, acabarei repetindo os mesmos pecados. É aqui que entra o papel da santificação, “sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14). Se na justificação sou completamente perdoado quanto ao meu passado, na santificação, recebo ajuda para viver o presente como Deus espera de mim.

Um erro comum é pensar que a justificação é obra de Deus e a santificação, uma obra do homem. Alguns chegam a orar: “Senhor, eu pequei, mas estou arrependido e creio em Cristo para perdão de meus pecados. Se me perdoares, prometo ser obediente”. Semelhantemente a Israel no Sinai dizem: “Tudo o que falou o Senhor faremos” (Êx 24:3). O problema é que confiam na própria capacidade para obedecer. Quem santifica? Deus ou o próprio homem? A Bíblia nos ensina que a santificação também é uma obra de Deus (Ez 20:12; 1Ts 5:23).

Tanto a justificação como a santificação são resultado da ação de Deus. De início ao fim, e em todos os seus aspectos, a salvação é uma obra de Deus. O mesmo Deus que nos perdoa é o que nos santifica. Contudo, assim como para sermos perdoados tivemos que aceitar pela fé Seu perdão, igualmente, se vamos ser ou não santificados depende de nossa atitude.

Quando alguém recebe Jesus, quando alguém crê em Seu nome, Deus o justifica e, com Seu perdão, lhe concede uma dose de Seu poder a fim de que ele viva, dali em diante, de modo obediente (Jo 1:11-12). Esse poder não brota de nosso íntimo; ele vem de fora, vem de Deus, é poder de Deus. É com ele que podemos viver no dia a dia uma vida de obediência, santidade e pureza. É este poder que nos torna vitoriosos sobre as más tendências – hereditárias e cultivadas – sobre o mundo, o diabo e suas tentações.

Ao aceitarmos Cristo, o poder de Deus que opera em nós é tão maravilhoso que nos tornamos nova criatura (2Co 5:17). Cristo passa a viver em nós (Gl 2:20) e é justamente essa presença e esse poder em nós que santifica nossos pensamentos, emoções, palavras e atos. Desse modo cessamos de viver continuamente em pecado (1Jo 3:4, 6 e 9). Esse perde seu domínio sobre nossa vida (Rm 6:14).

Isto não significa que nunca mais haveremos de pecar, mas que o pecado não mais nos domina, como antes. Tal domínio foi quebrado por Cristo. Agora, passamos a ter uma vida vitoriosa e, mesmo quando falhamos por um momento, nos voltamos imediatamente para Deus e Ele prontamente nos perdoa, nos justifica outra vez (1Jo 2:1; 1:8-9). Haverá um grande contraste com a vida anterior. E quanto maiores pecadores tenhamos sido, maior será o contraste (Ef 4:22–5:21; Cl 3:1-17; Tt 3:3-8; 2Co 5:17). Deus não nos perdoa para que continuemos na mesma vida infeliz, inútil e pecaminosa que antes levávamos, mas nos restaura, nos eleva a uma posição onde tenhamos todas as condições necessárias para viver uma vida bem-aventurada, proveitosa e santificada.

Santificação não significa apenas vencer o pecado, os vícios, os maus hábitos. Significa, também, o desenvolvimento nas virtudes cristãs ou o crescimento no fruto do Espírito. Por essa razão é chamado de fruto, porque deve haver constante crescimento. Embor,a para sermos perdoados e aceitos por Deus como justos, possa levar apenas um momento, o mesmo não ocorre para sermos bondosos, benignos e fiéis. Por toda a nossa vida precisamos crescer mais e mais nessas graças, sem nunca chegar ao ponto além do qual seja impossível avançar. Mas, para tanto, precisamos nos esforçar. Isso mesmo!

O antônimo de graça não é esforço e, sim, merecimento. Sem esforço de nossa parte, com a força que vem de Deus, não vamos desenvolver as virtudes, vale dizer, não seremos santificados. O mesmo Paulo que tanto enalteceu a graça de Deus, também declarou: “Para isso é que eu também me afadigo, esforçando-me o mais possível, segundo a Sua eficácia que opera eficientemente em mim” (Cl 1:29; cf. 1Co 9:27). É Deus quem nos santifica, mas Ele faz isto nos concedendo Seu poder, para que com ele nos seja possível vencer o mal e desenvolver-nos no bem.6

(3) Por ser Deus fiel, Ele nos confirma em Seus caminhos e nos guarda do Maligno (2Ts 3:3). Se continuarmos a segurar a mão de Cristo, Deus será fiel em nos guardar. Satanás poderá nos tentar, poderá até tirar nossa vida, como fez com João Batista, Tiago, Paulo e tantos milhões de cristãos. Todavia, uma coisa ele não poderá fazer: vencer-nos espiritualmente. De fato, não há nada, nem ninguém que nos possa separar do amor de Deus (Rm 8:31-39). Embora Deus tenha muitas vezes protegido a vida física de Seus filhos (como fez com Daniel na cova dos leões e com seus amigos na fornalha ardente) e tenha poder para fazer o mesmo sempre que desejar, Suas promessas de proteção devem ser encaradas como se referindo à vida espiritual. Como dizem as Escrituras: Ele “é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da Sua glória” (Jd 24). Somos ovelhas do rebanho de Cristo, estamos em Sua mão, e desta mão ninguém nos pode arrebatar (Jo 10:27-30).

(4) Por ser Deus fiel, podemos confiar plenamente em Suas promessas (Hb 10:23). Por ser Ele sempre verdadeiro e por ter todos os recursos à Sua disposição, se Ele falou, Ele vai cumprir. Por ser Ele “fiel em todas as Suas palavras” (Sl 145:13) e em “todo o Seu proceder” (Sl 33:4), se O conhecermos como Ele é, se tivermos convicção pessoal de Sua fidelidade, poderemos confiar plenamente nEle e dizer como Paulo: eu “sei em quem tenho crido” (2Tm 1:12).

A fidelidade do homem


A fidelidade do homem é possível quando o Espírito de Deus habita nele. Ninguém pode ser manso, bondoso e fiel à parte do Espírito de Deus. É por essa razão que tais coisas são denominadas de fruto do Espírito. Somente quando Ele opera em nós é que o fruto desponta.

A fidelidade do homem pode ser vista nas pequenas coisas da vida. Como Jesus ensinou: “Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito” (Lc 16:10). Aquele que é descuidado com as pequenas coisas ou injusto nas pequenas questões fará o mesmo com as grandes, embora numa escala maior. Aquele que se porta corretamente em relação àquilo que parece pequeno, dá indícios de que terá o mesmo procedimento em assuntos de maior importância. Em realidade, é com base nesse princípio que as empresas costumam promover ou não seus funcionários a postos que exigem mais e são mais valorizados. Algo semelhante ocorre mesmo nas igrejas e em quase qualquer empreendimento humano em que sejam necessárias muitas pessoas e muitos dons. O que ocorreu com José na casa de Potifar é um exemplo dessa verdade (Gn 39:2-6).

A fidelidade do homem o capacita a realizar grandes coisas para Deus. A Bíblia ilustra repetidamente esta realidade ao discorrer sobre a vida de homens e mulheres que foram fiéis ao Senhor. Noé, Jó, Abraão, José, Moisés, Ester, Daniel e Paulo são apenas alguns deles. Eles foram uma grande bênção em seus dias e continuam a sê-lo. Esta mesma verdade tem sido observada ao longo da história da Igreja e continua ainda hoje.

A fidelidade do homem será recompensada por Deus. Na parábola dos talentos, o Senhor disse ao servo obediente: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25:21) e o Apocalipse, no encerramento das Escrituras, depois de descrever as belezas e bênçãos que haverá no novo Céu e na nova Terra, declara: “E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras” (Ap 22:12).

Portanto, vivamos em plena confiança em Deus, que é fiel em todas as circunstâncias, em todos os momentos e em todos os lugares. E, além disso, cooperemos com Seu Espírito, para que Seu fruto se desenvolva em nós, sabendo que nossa fidelidade será amplamente recompensada.

Emilson dos Reis atuou como pastor distrital em diversas igrejas no Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Foi pastor e professor no Instituto Adventista Cruzeiro do Sul e no Centro Universitário Adventista de São Paulo. É doutor em Teologia Pastoral e diretor da Faculdade Adventista de Teologia no UNASP, onde também leciona as disciplinas de Introdução Geral à Bíblia e Homilética. É autor dos livros: Introdução geral à Bíblia; Aprenda a liderar; Como preparar e apresentar sermões e O dom de profecia no púlpito.

Referências bibliográficas

2. William Carey Taylor, “Pistis”, Dicionário do Novo Testamento grego, 4ª ed. (Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1965), 174-175. Ver também John William MacGorman, “Gálatas”, Comentário bíblico Broadman, 12 vols., editado por Clifton J. Allen e traduzido por Adiel Almeida de Oliveira (Rio de Janeiro: JUERP, 1985), 11:150; John R. W. Stott, A mensagem de Gálatas (São Paulo: ABU, reimpressão 2003), 135. Para um estudo mais completo do termo, ver O. Michel, “Pistis”, Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, 4 Vols., editado por Colin Brown, traduzido por Gordon Chown (São Paulo: Vida Nova, 1985), 2:218-229.
3. Ver Donald Guthrie, Gálatas: Introdução e comentário (São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1984), 180.
4. Michel, 2:220.
5. A. W. Pink, Os atributos de Deus, traduzido por Odayr Olivetti (São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1985), 54.
6. Gary L. Thomas, As virtudes cristãs (Rio de Janeiro: Textus, 2003), 26-27, 50.

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Fidelidade - 19/02/2010 a 20/02/2010

Sexta, 19 de fevereiro

Opinião
Uma vida cheia de fé


Uma das histórias bíblicas que mais me ensina sobre a fidelidade é a de Moisés. Levita de nascimento, a vida de Moisés foi cheia de fé e fidelidade desde o princípio. Ele nasceu num momento em que estava em pleno vigor o decreto de faraó para que se matassem as crianças do sexo masculino. Durante esse tempo, a situação certamente era difícil para as mulheres hebreias; mas a fé em Deus lhes fortalecia o coração e elas “não tiveram medo de desobedecer à ordem do rei” (Hb 11:23). Ocorreu então que Moisés sobreviveu para libertar o povo de Deus do cativeiro.

Graças à fidelidade de seus pais, Moisés nasceu – e sobreviveu! Graças à fidelidade, ele foi adotado pela filha do rei. Quando cresceu, recusou pela fé ser chamado filho da filha de faraó. Por fidelidade, ele escolheu sofrer com o povo de Deus em vez de desfrutar os prazeres transitórios do pecado. Fielmente, considerou o desprezo por causa de Cristo como de maior valor que os tesouros do Egito. Pela fé, ele tentou o que não havia sido tentado, avançando sem recuar até que o povo de Israel estivesse finalmente livre de seu cativeiro.

Em fé e fidelidade, Moisés venceu probabilidades desanimadoras. E quanto a nós? Os eventos que cercaram a vida de Moisés não são essencialmente diferentes dos nossos. Combatemos o mal em várias áreas de nossa vida: família, educação, finanças, emprego, etc. Até na igreja de vez em quando batalhamos contra Satanás. Precisamos da fé e da fidelidade de Moisés para nos ajudar a cruzar nossos “mares vermelhos” até chegarmos à Terra Prometida do Céu.

Mãos à obra

1. Escreva sobre experiências de sua vida quando você duvidou do Senhor, e como Ele ajudou você. Concentre-se em suas emoções e reações durante todas as fases das experiências.
2. Discuta com um amigo chegado ocasiões em que vocês veem sua fé enfraquecer. Partilhem ideias sobre a maneira de manter a fé forte quando vocês forem tentados a duvidar do plano do Senhor.
3. Compute os resultados lógicos de certas experiências de vida, depois reflita na maneira como o Senhor realizou as coisas de modo diferente do que era lógico. Passe algum tempo pensando sobre suas reações a esses eventos e como você acha que sua fé atuou.
4. Leia o livro de . Faça uma lista de ocasiões em que a fidelidade de Jó podia ter enfraquecido, mas não enfraqueceu. Faça outra lista de ocasiões em que você foi provado. Compare suas experiências e reações com as de Jó.

Samson Oguttu | Nairóbi, Quênia

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Fidelidade - 18/02/2010 a 20/02/2010

Quinta, 18 de fevereiro

Aplicação

Fé e plenitude

A fidelidade é necessária para um relacionamento imutável e sólido com Deus e com os outros. A fim de experimentarmos essa fidelidade que produz boas obras, precisamos confiar em Deus nos bons tempos e nos maus. Como um verdadeiro amigo, Ele anseia estar ao nosso lado em tempos de alegria, bem como em tempos de tristeza. Como obtemos essa fidelidade?

Siga a Palavra de Deus. A Bíblia é o melhor guia que podemos ter. Não podemos experimentar a fidelidade em nossa vida se não seguirmos a Palavra de Deus.

Reconheça o Espírito Santo. O Espírito Santo é a presença de Deus em nossa vida. Se não O acolhermos, não receberemos ajuda em nosso trabalho diário. A principal função do Espírito Santo é ajudar-nos a colocar a fé em prática.

Insista na verdade. O próprio Cristo é a verdade (Jo 14:6). Para que desenvolvamos fidelidade, precisamos aceitá-Lo como nosso Redentor pessoal e permitir que Ele nos transforme com Sua verdade. Quando isso acontecer, nossa fé florescerá com atos de fidelidade.

Agradeça a Deus tudo que ocorre em sua vida. Um coração acostumado a dizer “Obrigado” tanto por palavras como por atos é um coração abençoado. Não podemos ser fiéis e ingratos ao mesmo tempo. Nosso Pai celestial anseia que apreciemos tudo o que Ele faz por nós.

Tenha fé em Cristo. A fé em nosso Salvador e a fidelidade em nossa vida estão intimamente ligadas. Uma não pode existir sem a outra. A fé em Cristo produzirá uma vida fiel. E ao aprendermos a viver fielmente, nossa fé em Cristo crescerá.

Seguindo as diretrizes acima, seremos capazes de experimentar a fé em sua plenitude, que é sabedoria pela qual viver, especialmente nos momentos probantes da vida.

Mãos à Bíblia

6.
Leia Mateus 25:1-13. Note que todas as virgens que estavam esperando o noivo foram dormir. Quando, finalmente, o noivo chegou e todas acordaram, era muito tarde para cinco delas. Como nós, no século 21, podemos estar em perigo de fazer a mesma coisa?

Pode ser que estejamos sofrendo outro grande desapontamento? Não que tenhamos fixado outra data para a vinda de Jesus, mas algo igualmente real, embora mais sutil: ênfase diminuída sobre a segunda vinda de Jesus, por nenhuma outra razão senão que esperávamos que já tivesse acontecido.

7.
Leia Mateus 24:44-50. Note como o servo mau muda de estilo de vida quando se convence de que seu mestre não vai voltar tão cedo quanto esperava. Qual é a mensagem para nós, que sentimos haver uma demora na vinda de Jesus?

Rose Oguttu | Nairóbi, Quênia

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Fidelidade - 17/02/2010 a 20/02/2010

Quarta, 17 de fevereiro

Testemunho
Crença inabalável

“Foi porque Elias era um homem de grande fé que Deus pôde usá-lo nesta grave crise na história de Israel. ... Fé semelhante é necessária no mundo hoje – fé que descanse nas promessas da Palavra de Deus, e se recuse a desistir até que o Céu ouça. Fé semelhante a esta nos liga intimamente com o Céu, e nos traz força para batalhar com os poderes das trevas. ... E pela fé devemos alcançar hoje os mais altos propósitos de Deus para nós. ‘Se tu podes crer; tudo é possível ao que crê’ (Mc 9:23). ... A fé é um elemento essencial da oração perseverante. ... Com a perseverante fé de Jacó, com a inquebrantável persistência de Elias, podemos apresentar nossas petições ao Pai, reclamando tudo o que nos tem prometido. A honra de Seu trono está comprometida no cumprimento de Sua palavra” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 156-158).

As palavras acima, escritas por Ellen White, nos ensinam sobre quanto é importante a fidelidade. Mostram que não podemos apenas estudar sobre a fé. Precisamos ser fiéis. A fim de que nossa fé funcione e alcance resultados, atos de fidelidade precisam formar o alicerce de nossa vida. Tais atos demonstram nossa fé. São o cimento que une nossas crenças ao nosso comportamento. Se formos verdadeiros perante Cristo, sendo fiéis nas pequenas coisas, Ele fará nossa fé permanecer firme como a do nobre centurião.

“O nobre possuía certo grau de fé; pois viera pedir aquilo que se lhe afigurava a mais preciosa de todas as bênçãos. Jesus tinha um dom ainda maior para conceder. Desejava, não somente curar a criança, mas tornar o nobre e sua casa participantes das bênçãos da salvação. ... Não porque vejamos ou sintamos que Deus nos ouve, devemos nós crer. Temos de Lhe confiar nas promessas. Quando a Ele nos chegamos com fé, toda súplica penetra o coração de Deus. Tendo pedido Suas bênçãos, devemos crer que as recebemos, e dar-Lhe graças porque as temos recebido. Então, vamos ao cumprimento de nossos deveres [em fidelidade], certos de que a bênção terá lugar quando mais dela necessitarmos” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 198, 200).

Mãos à Bíblia


5. “Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito” (Lc 16:10). Como esse princípio se manifesta em sua vida? Afinal, se não somos fiéis nas pequenas coisas, por que achamos que seríamos fiéis nas maiores?

As seguintes palavras são alguns dos componentes de fidelidade: Confiança – Significa que as pessoas podem contar com você. Honestidade – Quer dizer que você não vai mentir, enganar nem roubar. Integridade – Você vive mediante certos valores e convicções, e respeita os valores e as convicções dos outros. Lealdade – É dedicação. Significa manter-se ao lado de alguém, mesmo quando os tempos ficam difíceis. Mas, será que lealdade inclui fazer algo errado a pedido de um amigo?

Jackline Achieng | Nairóbi, Quênia

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Fidelidade - 16/02/2010 a 20/02/2010

Terça, 16 de fevereiro

Exposição
O óleo da fidelidade


Em Mateus 25:1-13, Cristo usa a história das dez virgens para ilustrar a fidelidade no povo de Deus por ocasião da volta de Cristo. Os que estão prontos para a segunda vinda de Jesus são os que fielmente se prepararam para ela.

Lealdade – fidelidade inamovível (Mt 25:1-13). Quando entramos em união com Cristo, devemos fazê-lo com um senso de lealdade e confiabilidade. Essas duas características não só nos ajudarão a crescer nEle, mas também nos ajudam a ter bons relacionamentos com nossos familiares, amigos e colegas de trabalho. Se não somos leais a nosso Pai celestial e nosso Salvador, não poderemos adorá-Lo da maneira como devemos fazê-lo. Em vez disso, seremos como os fariseus e escribas que deixaram de demonstrar inabalável lealdade ao Deus que afirmavam servir (Mt 15:1-20).

Constância – liberdade da incerteza (Lc 16:10; 1Ts 5:23, 24).
À medida que a igreja primitiva crescia, os crentes às vezes vendiam parte de suas posses a fim de repartir com membros que tinham pouco ou nada (At 4:32-36). Esse comportamento exibia grande fidelidade à causa de Deus e refletia o caráter dos verdadeiros crentes. Por outro lado, o caráter de Ananias e sua esposa Safira (At 5:1-11) mostra claramente o fruto que Satanás havia desejado plantar no coração das pessoas desde o início do tempo. Muitas vezes nos defrontamos com a escolha de falar e agir com veracidade ou não, ou de nos desviarmos ou não das necessidades dos que nos rodeiam.

Cristo deseja que mostremos constante fidelidade, livre de toda incerteza, da mesma forma que Ele mostra verdadeira fidelidade a nós em tempos de felicidade, bem como em tempos de angústia. Se não formos fiéis, não poderemos nos considerar dignos das bênçãos reservadas para os santos. A fidelidade nos ajuda a purificar o coração, substituindo o mal pelo amor cristão, que também faz parte da cesta de frutos do Espírito Santo.

“Como Doador de todas as bênçãos, Deus requer certa porção de tudo quanto possuímos. ... Como podemos, pois, reivindicar Suas bênçãos, se retemos o que Lhe pertence? Como podemos esperar que nos confie coisas celestiais, se somos mordomos infiéis das terrenas? Pode ser que nisso esteja o segredo das orações não atendidas” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 144).

Resolução – determinação inabalável (Hebreus 11).
No Antigo Testamento, a fé é considerada uma resposta à revelação que Deus faz de Si mesmo na história e eventos humanos (Gn 15:6; 2Cr 20:20; Hc 2:4). É por essa razão que os patriarcas e profetas conservaram viva sua esperança em Deus. Eles estavam determinados, sem qualquer dúvida, a confiar em Sua vontade.

No Novo Testamento, a fé ainda se baseia em Deus o Pai, por meio de Seu Filho (Mt 9:22, 29; Jo 8:30; At 3:16). Mesmo para os discípulos, sua fidelidade era devido à inabalável determinação de buscar as coisas “que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hb 11:1).

Para todos os que buscam o Senhor para a salvação, a fé aceita o dom da graça de Deus. E é por meio da fé que entendemos melhor Seu caráter e nos tornamos semelhantes a Ele. Como os tempos dos profetas e apóstolos, que ficaram firmes pela fé, nosso tempo também é marcado pela decadência moral e espiritual, e nós também somos chamados a mostrar o tipo de fé que nos ajudará a vencer nossa batalha contra o pecado.

Fidelidade: uma condição para a salvação (Jo 5:24).
Homens e mulheres de todas as esferas da vida dizem que estão salvos. Contudo, antes de sairmos dizendo isso, precisamos fazer um autoexame baseado nas Escrituras. Passaremos no teste? Ouvindo as palavras de Cristo, recebemos a certeza de que quem tem fé em Suas palavras, bem como em Deus o Pai, já passou da morte para a vida (Jo 5:24).

À medida que se aproxima a segunda vinda de Cristo, nossa fé deve ser demonstrada em boas obras. A salvação é apenas um conceito, até que seja colocada em prática por atos que sejam firmes, dedicados e dignos de confiança. Isso foi o que Paulo proclamou aos romanos, dizendo: “Tudo que não provém da fé é pecado” (Rm 14:23). E Hebreus 11:5 diz que “sem fé é impossível agradar a Deus, porque quem dEle se aproxima precisa crer que Ele existe e que recompensa aqueles que O buscam”. Não há genuína fé sem atos de fidelidade; e onde há infidelidade, há deslealdade, incerteza, falta de determinação e condenação.

Mãos à Bíblia

4. Leia em Hebreus 11 a lista de personagens que dão exemplos de fidelidade. Escolha três e escreva como se revelou a fidelidade deles, mesmo em meio a lutas, provações e tentações. Embora as circunstâncias hoje sejam diferentes, os princípios envolvidos são os mesmos para nós como eram para os personagens em Hebreus?

Saline Khavetsa | Nairóbi, Quênia

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Fidelidade - 15/02/2010 a 20/02/2010

Segunda, 15 de fevereiro

Evidência

Fé + obras = fidelidade


A Bíblia compara a fé sem ação a um corpo sem espírito (fôlego). Um corpo sem espírito está, é claro, morto (Tg 2:26). Essas ações, ou obras, são resultado de um sistema de crenças. São prova da fé que a pessoa tem. Por exemplo, quando oramos sem fidelidade, nossas petições não produzirão resultados positivos. Contudo, quando tivermos fé e crermos que Deus responderá às nossas orações, Ele nos ouvirá e nos dará a resposta que for melhor para nós. “Ao ascenderem ao trono de Deus as orações sinceras, humildes do pecador, Cristo mistura com elas os méritos de Sua própria vida de obediência perfeita” (Ellen G. White, Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 22). Nossas orações são tornadas perfeitas por esse incenso.

A Bíblia registra muitos exemplos de pessoas que expressaram fidelidade contra todas as probabilidades, e saíram vitoriosas. Uma dessas pessoas foi Enoque, que “andou com Deus” (Gn 5:24). Seus pequenos atos de fidelidade o qualificaram para isso. “O andar de Enoque com Deus não foi em arrebatamento de sentidos ou visão, mas em todos os deveres da vida diária. ... Na família e em suas relações com os homens, como esposo e como pai, como amigo, cidadão, ele foi um servo do Senhor, constante, inabalável” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 85).

Até os demônios creem (Tg 2:19). Assim é que nossas ações, também, mostram se nossa fé e genuína ou não. Antes de Elias poder ser bem-sucedido contra Baal no Monte Carmelo (1Rs 18), teve que aprender a depender inteiramente de Deus. Precisou demonstrar por meio de seus atos em que consistia seu sistema de crenças. E, como Elias, todos os outros campeões da fé na Bíblia tiveram que empregar a virtude da fidelidade em sua vida a fim de vencer os momentos probantes.

“Anda pela fé no caminho que Ele traçar. Sobrevirão provas; mas prossegue avante. Isso fortalecerá tua fé e te preparará para o serviço. Os registros da História Sacra são escritos, não meramente para que possamos ler e nos maravilhar, mas para que a mesma fé que operou nos servos de Deus no passado possa operar em nós. De maneira não menos acentuada o Senhor operará agora, onde quer que haja corações de fé para servirem de canais de Seu poder” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 175).

Mãos à Bíblia


2. Qual era a convicção de Jesus, expressa em Sua pergunta de Lucas 18:8?

3. Qual é a primeira característica dos últimos tempos? 2Tm 3:1-5. Onde encontramos essa característica tão publicamente exposta hoje?

“Procure ser o número um”, “primeiramente, ame a si mesmo”, é o lema popular. O egoísmo resultou em outro fenômeno: a irresponsabilidade. Esta geração bem poderia ser a descrita em Provérbios: “Há daqueles que amaldiçoam a seu pai e que não bendizem a sua mãe. Há daqueles que são puros aos próprios olhos e que jamais foram lavados da sua imundícia” (Pv 30:11, 12).

Beatrice Akinyi | Ndhiwa, Quênia

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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Fidelidade - 14/02/2010 a 20/02/2010

FIDELIDADE


“Não nos cansemos de fazer o bem. Pois, se não desanimarmos, chegará o tempo certo em que faremos a colheita” (Gl 6:9).

Prévia da semana: O fundamento da fé é a fidelidade de Deus. Ao confiar nEle, agimos pela fé naquilo que fazemos, dizemos e cremos.

Leitura adicional: Caminho a Cristo, capítulo 6 (p. 49-56)

Domingo, 14 de fevereiro

Introdução
A fé e a fidelidade testadas


O cenário é um acampamento no deserto de Pi-Hairote, entre Migdol e o Mar Vermelho. Os israelitas estão escapando da escravidão no Egito, e seus senhores estão agitados. Faraó tem sido teimoso, e enviou o exército de seu país para perseguir os escravos fugitivos.

Os israelitas, percebendo o perigo que têm atrás de si, começam a colocar a culpa em Moisés por sua situação difícil – o Mar Vermelho diante deles, o exército de faraó atrás. Moisés tem que engolir insultos de seu próprio povo; mas se volta para Deus, em quem tem se apoiado desde o incidente da sarça ardente (Êxodo 3, 4). Em seu coração, Moisés sabe que Yahweh está no controle da situação. A fé dos israelitas se desvanece. Eles são incapazes de derrotar seus formidáveis inimigos. Moisés, contudo, embora perturbado pela inquietude deles, lhes assegura que tudo ficará bem. “Moisés ficou grandemente perturbado por seu povo manifestar tão pouca fé em Deus, apesar de terem repetidamente testemunhado a manifestação de Seu poder em favor deles. Como poderiam acusá-lo dos perigos e dificuldades de sua situação, quando ele havia seguido o mando expresso de Deus?” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 284).

Fidelidade é uma característica que torna as pessoas verdadeiras a suas promessas e compromissos. Como cristãos, entramos numa união com Cristo, e nos comprometemos a agir de acordo com Suas palavras. Embora vivamos num mundo materialista, egoísta, nossa capacidade de exercer fidelidade de maneira firme, imutável, depende de quanto confiamos em Cristo.

Nesta semana, aprenderemos sobre a fidelidade como fruto do Espírito Santo. Aprenderemos sobre o que é a fé e o que ela não é. Ao estudar a lição de cada dia, lembre-se de que “devemos, pela fé, agarrar a mão de Cristo e confiar nEle tão completamente nas trevas como à luz. ... A vida cristã deve ser de constante, viva fé. Uma confiança que não se renda e firme fé em Cristo trarão paz e certeza à alma” (Ellen G. White, Santificação, p. 90).

Mãos à Bíblia

Note alguns dos atributos da fidelidade de Deus: A fidelidade de Deus é de grande alcance em sua extensão – “Chega até os céus, até as nuvens, a Tua fidelidade” (Sl 36:5). A fidelidade de Deus é certa – “Jamais retirarei dele a Minha bondade, nem desmentirei a Minha fidelidade” (Sl 89:33). A fidelidade de Deus é grande – “Grande é a Tua fidelidade” (Lm 3:23). A fidelidade de Deus é estabelecida no Céu – “Pois disse eu: a benignidade está fundada para sempre; a Tua fidelidade, Tu a confirmarás nos Céus” (Sl 89:2).

1. Identifique as bênçãos que nos vêm como resultado da fidelidade de Deus:
a. 1Co 10:13
b. 1Ts 5:23, 24
c. 2Ts 3:3
d. Hb 10:23

Alice Adhiambo | Homa-bay, Quênia

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