sábado, 29 de agosto de 2009

Crendo no Filho de Deus -Resumo Semanal - 29/08/2009 a 29/08/2009

CRENDO NO FILHO DE DEUS
Resumo Semanal - 23/08/2009 a 29/08/2009


José Carlos Ramos – D. Min

Crer em Jesus é condição sine qua non para que sejamos salvos.

É maravilhoso como Deus nos amou enviando Seu Filho unigênito para ser nosso Salvador; é inspirador acompanhar Sua trajetória neste mundo, Suas obras de misericórdia, Suas mensagens plenas de perdão e acolhimento, Seu desprendimento e espírito de sacrifício a ponto de oferecer a vida na cruz para nos redimir. Mas, se não crermos nEle, se não O aceitarmos como nosso Salvador e Senhor, tudo terá sido em vão! Estaremos tão perdidos como se Deus não nos amasse, e Jesus não tivesse vindo a esse mundo para nos salvar.

Mas, como a lição enfatiza, temos que crer naquele Jesus sobre o qual as Escrituras dão testemunho, não no mutilado Jesus dos conceitos humanos, no distorcido Jesus do liberalismo teológico, que outra coisa não faz senão lançar o homem no labirinto da dúvida, roubando-lhe o maior dom que o Céu outorgou, depois do próprio Cristo e do Espírito Santo:: a fé. E roubando a fé, rouba-lhe tudo. Excluindo o Cristo da fé, e eliminando as qualidades que fazem do Cristo histórico dos evangelhos o verdadeiro Messias, o liberalismo acaba por oferecer apenas o espectro de um salvador. Um Cristo nem histórico, nem da fé; o Cristo do nada!

Não, esses tipos de Jesus não servem. Temos que ficar com o autêntico, o Cristo dos Evangelhos. É nEle que temos que crer se queremos ser salvos. Isso é muito importante nos dias em que vivemos, quando novas divagações (na realidade novas feições de antigas heresias) estão surgindo, inclusive nos arraiais do povo de Deus.

Enternecido pelo amor divino que lhe deparou “tão grande salvação” (Hb 2:3), o apóstolo João não poderia permanecer impassível, deixando de referir o imperativo da crença no Jesus da fé. Ele o fez principalmente para combater heresias que colocavam em dúvida a virtude salvífica do que Jesus fizera e seguia fazendo pelo pecador.

Domingo, 23 de agosto
Fé em Jesus e vitória (1Jo 5:1-5)

A vitória que se obtém pela fé em Jesus não é outra senão Sua própria vitória aplicada à nossa experiência. Portanto, é uma vitória de natureza espiritual. A lição admite esse fato ao declarar: “A batalha que os cristãos têm que lutar é espiritual. Nos escritos de João, o caminho para a vitória não é pelo uso da violência nem da força física. O caminho para vencer é pela fé, e a fé se demonstra pelo tipo de vida que se tem.” John Milton, autor de O Paraíso Perdido, já dizia: “Quem vence pela força só pela metade é que vence o inimigo.” E acrescento que vencer o inimigo “só pela metade” é conferir-lhe vitória completa.

A lição ainda diz: “O vencedor por excelência é Jesus Cristo. Visto que Ele obteve a vitória, Seus seguidores podem também vencer. Até certo ponto, eles já têm a vitória: a de Cristo em Seu favor.” Em outras palavras, Jesus auferiu a vitória não somente para Si, mas igualmente para Seu povo, de maneira que, se temos Jesus, já somos vitoriosos; mas se não O temos, já somos derrotados.

Essa vitória, é claro, tem que se repetir a cada dia, conforme a vida prossegue. O Apocalipse toca esse ponto ao afirmar que, no contexto da batalha final, “vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com Ele [Jesus]” (17:14). Os atos de “chamar” e “eleger” são de Deus (de fato, a salvação é dom exclusivo dEle), mas ser “fiel” depende da nossa decisão e empenho, em que pese o fato de que é Deus quem provê recursos para a fidelidade.

Daí a necessidade de exercermos fé legítima em Jesus, de onde obtemos forças para prosseguir perseverantes em fidelidade; e quem “perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 24:13). Isso indica que o grande conflito, no que respeita a nós, se trava na mente, e aí é que precisa ser ganha a vitória. Como H.H. Farmer afirmou, “as vitórias de Deus são alcançadas somente no campo de batalha do coração humano”. E se aí conseguimos triunfar, podemos unir a voz com Henry W. Beecher ao afirmar: “Uma vitória dentro de nós é mil vezes mais gloriosa do que uma vitória fora de nós.”

As declarações de João a respeito da vitória que o cristão desfruta tinham que ver com a disseminação do engano que ocorria entre os crentes de sua comunidade. Isso minava-lhes a fé, e João lhes deixou claro que não podiam dar ouvidos aos dissidentes, se realmente queriam ser vitoriosos em Cristo. Como a lição de amanhã observa, os falsos “conceitos estavam afetando a mente dos crentes.”

Não se deve dar ouvidos ao que qualquer dissidência anuncia, ainda que se apresente com ares de “nova luz que Deus está enviando ao Seu povo”! Não é a mesmíssima atitude que devemos tomar, já que o inimigo continua agindo para enfraquecer nossa fé? O que acontece é que ele é um derrotado, e quer que nós também o sejamos. Haveremos de permitir?

Segunda, 24 de agosto
O Jesus em quem cremos (1Jo 5:6-8)

O Jesus em quem precisamos crer é aquele que “veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo; não somente com água, mas com a água e com o sangue” (v. 6). Como a lição deixa claro, “água” alude ao batismo de Jesus, evento que marcou o início de Seu ministério neste mundo, e “sangue” diz respeito à Sua morte, o que concluiu esse ministério, dando por executado o plano de salvação. Suas palavras ao expirar, “está consumado” (Jo 19:30), atestam esse fato.

No batismo, fez-se ouvir uma voz vinda do céu, a voz do Pai, que dizia: “Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo” (Mt 3:17). Na cruz, nenhuma voz celestial foi ouvida, mas o testemunho humano foi claro: “Verdadeiramente este homem era Filho de Deus” (Mc 15:39). Assim, a filiação divina de Jesus foi confirmada no princípio e no encerramento de Seu ministério. Um Jesus diferente deste que recebera a autenticação do Céu e da Terra seria simplesmente incapaz de salvar.

É evidente que João, com seu abalizado testemunho apostólico, contestou frontalmente os dissidentes. Como referido no comentário de 1º e 2 de julho, eles impunham uma distinção crítica entre Jesus e Cristo. Para eles, Jesus, posto que extraordinário, era um homem comum, filho natural de José e Maria. Por ocasião do batismo, Cristo Se juntara a Ele, mas O abandonara pouco antes da cruz. A morte de Jesus, portanto, não era mais salvífica que a morte de qualquer outro mártir.

Como a lição declara, “se ­Jesus não tivesse sido nem o Messias nem o Filho de Deus, a mensagem deles seria: a morte expiatória do Filho de ­Deus não é necessária para nossa salvação. O Filho de ­Deus não morreu na cruz em nosso lugar a fim de nos redimir. Esse conceito levaria a uma compreensão completamente diferente da salvação e da Divindade.” Isso João não poderia tolerar, e contra isso ele advertiu energicamente seu rebanho. “Ele não queria que as pessoas fossem enganadas por falsos ensinos.”

A lição ainda pergunta: “Como devemos experimentar a realidade da água e do sangue em nossa própria vida?” Paralelamente, em nosso caso, tão somente o batismo nas águas é insuficiente para salvar, em que pese o fato de ser ele requerido para a salvação (ver Mc 16:16); é necessário prioritariamente o “sangue”, isto é, a aceitação de Jesus como Salvador e Senhor. É por isso que essa passagem de Marcos assevera que “quem [primeiramente] crer e [então] for batizado será salvo.

Assim, não é o batismo o objetivo precípuo da pregação (veja 1Co 1:17), mas, sim, levar pecadores aos pés de Cristo numa experiência real de conversão. Isso consumado, uma confirmação pública dessa experiência deve ser efetivada com a administração do batismo, cujo valor decorre exclusivamente do valor infinitamente superior do fato precedente.

O alvo do evangelismo apostólico (e com João não foi diferente) sempre fora, de fato, que só se batizassem aqueles para quem Cristo Se tornara o Senhor supremo da vida. Batismo (“água” na linguagem de João) sem a consolidação desta experiência (“sangue”, na linguagem de João) é dispensável, dada a sua inutilidade. Para consolidação de nossa salvação, é necessário que Jesus tenha vindo a nós não só por meio da “água”, mas, antes de tudo, por meio do “sangue”.

Terça, 25 de agosto
Jesus e o testemunho de Deus (1Jo 5:9, 10)

Três testemunhas dão seu depoimento em favor da filiação divina de Jesus: a água, o sangue, e o Espírito Santo (v. 7, 8).

Com respeito ao testemunho por parte da água e do sangue, veja o comentário de ontem; o Espírito Santo é aquele que sela o testemunho, de maneira especial, na mente do ser humano, levando-o à convicção de seus pecados e aceitação do meio provido por Deus para o perdão e salvação.

A lição nos lembra que, notadamente no quarto Evangelho, o Espírito Santo viria para testificar de Jesus. Aliás, Ele cumpriria, como cumpriu, sete atividades, todas em exaltação a Jesus:

1) Ensinar e
2) Fazer lembrar tudo o que Jesus disse – Jo 14:26
3) Dar testemunho de Jesus – Jo 15:26
4) Convencer do pecado, porque o mundo não crê em Jesus; da justiça, porque Ele foi para o Pai; e do juízo, porque Satanás foi julgado e derrotado – Jo 16:8
5) Guiar a toda a verdade, e Jesus é a verdade (14:6) – Jo 16:13
6) Declarar, ou anunciar, o que Jesus, da parte do Pai, Lhe entrega – Jo 16:13-15
7) Glorificar a Jesus – Jo 16:14

O Apocalipse se refere a Ele como os sete Espíritos de Deus (Ap 1:4, 5; 4:5). Sete é número de plenitude. O Espírito alcança a plenitude nesta atividade cristocêntrica sétupla.

Tudo isso é tão fundamental para o plano da redenção, que, sem a atuação do Espírito, seria como se Jesus nunca tivesse encarnado e Deus nunca tivesse Se manifestado. Ele habilita o homem a entender a salvação e responder positivamente a ela. Sem Ele, a Igreja não poderia cumprir sua missão, e estaríamos fadados a permanecer neste mundo indefinidamente.

É por esta razão que o testemunho advindo do Espírito é fundamental. É Ele que efetiva todos os testemunhos em favor de Jesus, os quais são referidos pela lição de hoje (veja o primeiro parágrafo da nota que segue a pergunta 2). Todos eles confirmam o testemunho do próprio Pai, isto é, o testemunho de Deus, o qual é muito maior que o testemunho humano (v. 10). “João diz que, se estamos dispostos a aceitar o testemunho humano, [muito] mais o testemunho do próprio Deus... e crer em Jesus como descrito no Novo Testamento!” Fé, aqui, significa plena aceitação do que Deus disse; aqueles que, por aceitarem o falso ensino, passam a duvidar das verdades reveladas acerca de Jesus estão tornando Deus um mentiroso (v.10).

Quarta, 26 de agosto
A questão da Trindade (1Jo 5:7, 8)

A construção “no Céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e esses três são um. E três são os que testificam na Terra:” deve ser considerada uma posterior interpolação ao texto original. Esta parte do texto joanino jamais deverá ser usada em favor da doutrina da Trindade, mesmo porque ela é desnecessária para esse fim. Vários outros textos, preservados em sua integridade, mencionam as três pessoas da Divindade com suficiente clareza para que não haja qualquer dúvida a respeito do que devemos crer. O mais citado entre eles é, sem dúvida, o de Mateus 28:19.

É nos escritos joaninos, entretanto, que encontramos as mais conclusivas declarações que acabam por estabelecer o enunciado da doutrina. Como a lição esclarece, “mesmo sem essas palavras [a construção acima], a doutrina da Trindade está firmemente estabelecida nos escritos de João.” Em seguida à pergunta 3, a lição alista seis textos joaninos que implicam a divindade de Jesus como idêntica à do Pai.

Acrescento que também o Espírito Santo é referido como divino, particularmente em dois textos: Jo 1:1 e 14:16. Para comprovar esse fato, temos que volver um pouco nossa atenção à língua original do texto.
Jo 1:1 – “o Verbo era Deus”. As assim pretendidas testemunhas de Jeová traduzem essa fórmula “a Palavra era um deus” (veja a Versão do Novo Mundo). Para tanto, alegam que, no original grego, a palavra Deus (Theós), quando em alusão ao Pai, é seguida do artigo definido, o que não acontece quando em alusão ao Filho. Considerando que, nesse idioma, não existe artigo indefinido, e que este fica subentendido na ausência do definido, Deus, aplicado a Jesus, teria que ter um sentido indefinido; portanto, “um deus”.

Essa conclusão, todavia, é totalmente equivocada pois não leva em consideração uma das mais elementares regras gregas a esse respeito; a conhecida regra de Colwell. Esta determina que um predicativo nominativo definido tem o artigo quando segue o verbo; não tem quando ele precede o verbo. A ausência do artigo não torna o predicativo indefinido ou qualificativo quando ele precede o verbo.

Em Atos 28:6, por exemplo, theón, sem artigo, sucede o verbo; logo, à luz da regra acima, a única tradução possível é: “um deus”. Mas, aqui, o correto é como aparece na maioria de nossas Bíblias: “o Verbo era Deus”, pois na fórmula original (theòs ēn ho lógos), theós (Deus) antecede o verbo (ēn = “era”). O contraste com o verso 14 confirma esta versão: ho lógos sárks eghéneto, “o Verbo Se fez carne”, e não “se fez uma carne”, pois sárks (“carne”), que não é acompanhado de vogal, antecede o verbo (eghéneto = “se fez”).

Note-se, todavia, que João poderia usar outra fórmula com theósprecedendo o verbo: ho lògos theós ēn, o que exigiria a mesma versão, “o Verbo era Deus”. Mas se o fizesse, ele estaria afirmando que unicamente Lógos (“o Verbo”), e ninguém mais, seria possuidor da mesma essência ou natureza divina de Deus. Em outras palavras, a Divindade estaria reduzida, como vários antitrinitaristas gostariam, a duas pessoas apenas (o Pai e o Filho), não havendo lugar para o Espírito Santo. Pela maneira como escreveu, ele, de fato, afirmou que, antes da encarnação, Lógos era exclusivamente “Deus” e nada mais, ao tempo em que deixou espaço para existência de outro Ser plenamente divino além do Pai e do Filho, nesse caso, o Espírito Santo.

Jo 14:16 – “... Ele [o Pai] vos dará outro Consolador...” A referência aqui é ao Espírito Santo (veja os versos 17, 26). “Consolador” é a versão do termo paráklētos, empregado em 1 João 2:1 e aplicado a Jesus, implicando personalidade; portanto, o Espírito Santo é uma pessoa, e da mesma qualidade de Jesus, pois “outro” é a versão do grego állos, termo que significa “outro da mesma espécie, ou natureza”. O prometido Consolador é alguém tão divino quanto Jesus.

Mas qual é a qualidade da divindade de Jesus? Acabamos de observar que, segundo João 1:1, Sua divindade é plena. O Espírito de Profecia concorda: “Cristo era Deus em essência e no mais alto sentido. Ele esteve com Deus desde toda a eternidade...” (Ellen G. White, Review and Herald, 5 de abril de 1906). Se assim é com o primeiro Consolador, assim é com o segundo. O mesmo Espírito de Profecia confirma esse fato: “O Consolador que Cristo prometeu enviar depois de ascender ao Céu é o Espírito em toda a plenitude da Divindade, tornando manifesto o poder da graça divina a todos quantos recebem e creem em Cristo como Salvador pessoal.” (Evangelismo, p. 615, itálicos supridos). “Toda a plenitude da Divindade” é precisamente o que Colossenses 2:9 afirma residir corporalmente em Cristo.

De fato, o Espírito Santo é o segundo Consolador, da mesmíssima natureza divina do primeiro.

Quinta, 27 de agosto
O resultado de crer em Jesus (1Jo 5:11, 12)

João não poderia deixar de mencionar de maneira clara e objetiva o resultado de se crer em Jesus. Deus “nos deu a vida eterna; e esta vida está no Seu Filho.” Note que o escritor não disse “Deus nos dará a vida eterna”, mas “nos deu”. Em outras palavras, a salvação é um dom imediato, isto é, não para ser apenas outorgado no futuro, mas algo que já nos foi outorgado. “...quem crê no Filho tem [não “terá”, mas tem] a vida eterna” (Jo 3:36).

Cuidado, porém! Nada temos que ver com o presunçoso sentimento de que “uma vez salvo, salvo para sempre!”, pois essa vida eterna que Deus já nos deu não está ainda em nós; “está em Seu Filho” (1Jo 5:11), razão por que “aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” (v. 12).

Ter Jesus, portanto, é o segredo para a vida eterna. Mas há de ser o Jesus da Bíblia, divino e humano, sem pecado, Aquele que morreu por nós, ressuscitou para o nosso bem, age em nosso favor no santuário celestial e voltará para completar nossa alegria. O Jesus minimizado, reduzido, rebaixado, minguado das dissidências não tem a mínima possibilidade. É como a lição diz: “Os oponentes de João – que questionavam a verdadeira divindade ou humanidade de Cristo, ou que pretendiam separar o divino do humano – tinham uma visão diferente de Jesus e não criam nEle no sentido bíblico. Pelo motivo de que não tinham o Jesus das Escrituras, não tinham a vida eterna.”

Precisamos prosseguir com o Filho até nos vermos salvos para sempre. Isso, é claro, será uma realidade quando adentrarmos os portais da glória. Se antes desse momento, naturalmente por amor e apego ao pecado, perdermos o Filho, perderemos a vida.

Deus jamais permita que isso aconteça!

Marcadores: , , , ,

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Confiança - 02/09/2009 a 05/09/2009

Quarta, 2 de setembro

Testemunho
Cristo, nossa âncora


Temos em nosso coração a esperança de que Cristo é nossa âncora, como diz Hebreus 6:19, mas será que realmente cremos que Ele é? Às vezes, os crisóis da vida nos abatem tanto que nos esquecemos e até duvidamos da existência de Deus. Contudo, as promessas de Cristo a nós nunca mudam. Sua vitória na cruz como Salvador do mundo “traz paz perfeita, perfeito amor, segurança perfeita” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 420) para que também possamos vencer os problemas desta vida.

Com essa segurança perfeita, nossa esperança é a força que nos mantém flutuando no oceano da vida. Apeguemo-nos à Rocha inamovível. Estejamos alicerçados de maneira firme e profunda. “Ao estarmos fortemente firmados em Cristo, possuímos uma força de que ser humano algum nos poderá despojar. E por quê? Porque, ao fugir da corrupção que pela concupiscência há no mundo, somos participantes da natureza divina” (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 9, p. 187). Se tão-somente pudermos ter um pouco de confiança nEle e não em nossa inteligência, conhecimento, riqueza, habilidades e talentos, Cristo nos levará como sobre Suas asas. Ele não permitirá que sejamos engolidos pelas frustrações do mundo.

O Senhor “calcula o peso de cada carga antes de permitir que esteja sobre o coração dos que estão trabalhando juntamente com Ele. A cada um de Seus obreiros nosso amante Pai celestial diz: ‘Lança o teu fardo sobre o Senhor, e Ele te sustentará’ (Sl 55:22). Compreendam os que carregam fardos, que Ele levará cada carga, grande ou pequena.

“Jesus consente em levar nossos fardos somente quando nEle confiamos. ... Confiemos nEle. A preocupação é cega, e não pode discernir o futuro. Mas Jesus vê o fim desde o princípio, e em cada dificuldade Ele tem Seu caminho preparado para levar alívio. Permanecendo em Cristo, podemos tudo, pois Ele nos fortalece.” (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 7, p. 297, 298).

Mãos à Bíblia


Em 1 João 5:18 e 19, o apóstolo menciona duas vezes a palavra “sabemos”. Os dois versos começam com essa declaração. Porém, João não estava preocupado com o conhecimento intelectual apenas.

5. Que desafios indiretos os versos 18 e 19 contêm?

6. Que conforto estes versos apresentam? 1Jo 5:18, 19

Na batalha contra o mal, os discípulos de Jesus são encontrados junto com Deus o Pai e com Jesus. Esses crentes são protegidos por Ele. Jesus os guarda e não permite que Satanás os toque. Então, eles podem dizer não ao pecado e resistir às tentações.

Gifty Ama Anima Ampomah | Kumasi, Gana

Marcadores: , , ,

Crendo no Filho de Deus - 27/08/2009 a 29/08/2009

Sexta, 28 de agosto

Opinião

Duvidando do Filho de Deus


A crença no Filho de Deus é considerada sem objetivo numa época que requer evidências científicas antes que algo seja considerado crível. Temos sido treinados para ser céticos, e é o ceticismo insalubre que prejudica a fé. Ela é necessária em nossos relacionamentos terrenos, bem como em nosso relacionamento com Deus. Embora de maneiras um pouco diferentes, o ceticismo pode matar ambos.

E que dizer da dúvida? A fé requer que paremos de fazer perguntas? No livro de Alister McGrath, Doubting [Dúvida], são-nos dadas definições concisas do que são a dúvida e o ceticismo. “Em primeiro lugar, a dúvida não é ceticismo – a decisão de duvidar de tudo deliberadamente, como um assunto de princípios. Em segundo lugar, a dúvida não é descrença – a decisão de não ter fé em Deus.”¹ Então, duvidar, na verdade, é pensar criticamente.

A crença e a fé no Filho de Deus, o Salvador, precisa ser abordada a partir de uma perspectiva além da prova definitiva. A crença e a fé precisam ser aceitas sem questionamento. Não há nada que possa provar, além de qualquer dúvida, se o objeto delas é verdade ou não. Elas constituem um risco e um salto com consequências que poderiam fornecer exatamente as respostas pelas quais ansiamos. Seria a salvação real, ou apenas fruto da imaginação? Seria a salvação mais que um conceito que traz conforto psicológico?

Os gigantes cristãos ao longo da História têm tido o cuidado de revelar a crença num Deus salvador como um exercício de fé, uma jornada que dura a vida toda. Embora nascido num lar cristão, C. S. Lewis abraçou o ateísmo muito cedo. Somente no fim da adolescência ele reconheceu a existência de Deus e, então, um pouco mais tarde, aceitou a Cristo como seu Salvador. Foi um processo lento que envolveu algumas sérias dúvidas.

As coisas boas não acontecem necessariamente do dia para a noite. Uma abóbora cresce numa estação, mas um rígido carvalho só alcança sua magnificência depois de muitos anos. É um processo. Felizmente, nosso questionamento não assusta a Deus, fazendo-O ir embora. Ele continuamente trabalha conosco onde estamos, com dúvidas e tudo. Ele desce até nós e pergunta se pode nos elevar até Ele. Se dissermos sim, estamos aceitando Seu convite de salvação, tanto para o presente quanto para a vida futura.

Mãos à obra

1. Expresse sua fé em Cristo reunindo uma corrente de textos bíblicos que o(a) encorajem em sua fé. Em vez de escrever os versos em linhas, coloque-os juntos numa imagem. Por exemplo, sua corrente bíblica pode formar um círculo que se expande, um coração, uma planta, uma cruz – qualquer símbolo ou figura que dê forma a sua fé. Então, coloque uma moldura e pendure na parede ou dê o desenho de presente a um amigo que não crê.
2. Construa seu próprio argumento em favor da fé em Cristo. Com a Bíblia e a concordância, encontre versos sobre a fé. Note a definição de fé, as ações ou pensamentos que circundam a fé, e as pessoas que servem de referência para a fé. Depois, aliste suas razões para a crença, e acrescente sua própria experiência/jornada pessoal de fé.
3. Entreviste pelo menos dois amigos não-cristãos sobre o que eles creem e por quê. Prepare de antemão uma lista de perguntas que revelem o que eles creem sobre Deus, a salvação, a vida após a morte, o pecado, o perdão, etc.
4. Partilhe os resultados de sua entrevista com sua unidade da Escola Sabatina e discuta uma estratégia para defender a fé cristã diante de um não-crente.

R. Andrej Kis | Berrien Springs, EUA

Marcadores: , , ,

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Crendo no Filho de Deus - 27/08/2009 a 29/08/2009

Quinta, 27 de agosto

Aplicação
Mantendo a fé


A Bíblia deixa claro que Jesus é “o caminho, a verdade e a vida”. Ela provê amplas evidências para comprovar essa reivindicação. E para aqueles de nós que são novos na fé ou que se tornaram relapsos em estudar as verdades bíblicas e assimilá-las na vida: notem a bela e transformadora liberdade e vibração das vidas que estão apaixonadamente ligadas Àquele que é a própria vida. Nós queremos essa realidade em nossa vida, não queremos? E a escolhemos, certo? Mas a ocupação diária obstrui nossos poros espirituais, a tragédia enfia sua lâmina direto no coração onde a crença está guardada, ou vagarosamente vão se infiltrando em nós dúvidas envenenadoras. Até a vida confortável tem um jeito de ir minando nossa dependência de Deus. Como, então, protegemos nossa crença em Deus ou navegamos pelas águas turvas de uma fé que está enfraquecendo? Eis aqui algumas sugestões:

Peça a Jesus que ajude você a crer. Lembre-se do pai de um jovem possesso por um espírito mau que foi a Jesus e suplicou: “Se podes...”, ao que Jesus respondeu: “Se podes? ... Tudo é possível àquele que crê.” O pai do menino então clamou: “Creio, ajuda-me a vencer minha incredulidade!” (Mc 9:17-24, NVI). Em seu relato dessa história, Ellen White escreveu: “Não podeis perecer nunca, enquanto assim fizerdes – nunca” (O Desejado de Todas as Nações, p. 429).

Memorize promessas bíblicas. Escolha as que forem significativas para sua situação. Se você não consegue decorar facilmente, então as leia repetidamente. Você está em dúvida quanto a ser Jesus Deus? Então, leia João 1:1-14. Você duvida do amor dEle? Decore Zacarias 3:17. Você fica imaginando onde Ele está enquanto você sofre? Verifique Romanos 8:35-39. Compre um livro de promessas bíblicas para ter acesso rápido a elas.

Reflita no que Deus tem feito por você e/ou por outras pessoas, e partilhe isso com alguém. Ele sabia que a fé dos israelitas seria colocada à prova por meio da vida confortável e de influências sedutoras, por isso lhes ordenou que repetissem uns aos outros e a seus filhos como Ele os havia livrado anteriormente e cuidado deles. Essa prática de comemorar a atividade passada de Deus constitui muito do conteúdo dos salmos de Davi, e ajudou a sustentar a igreja primitiva durante a perseguição.

Mãos à Bíblia

Deus concedeu um dom maravilhoso à humanidade. Esse dom é a vida eterna (1Jo 5:11, 12). Porém, ela só está disponível em Jesus Cristo. Como podemos receber esse dom? Pela aceitação do testemunho de Deus sobre Seu Filho; isto é, crendo em Jesus e aceitando-O como Salvador.

4. O que o apóstolo João ensina sobre a vida eterna em seu Evangelho? Jo 3:16; Jo 3:36; Jo 5:24; Jo 6:54

5. “A vida eterna só é possível por meio de Jesus Cristo.” Quais são as implicações dessa declaração? 1Jo 5:11, 12

Darchelle Worley | Orcas Island, EUA

Marcadores: , , ,

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Crendo no Filho de Deus - 26/08/2009 a 29/08/2009

Quarta, 26 de agosto

Evidência
Brilhantemente vibrante e livre


O pensamento humano muitas vezes gira em torno da realidade de que a condição humana precisa ser consertada. Os estóicos procuravam ficar livres do sofrimento humano usando a lógica para quebrar os laços do sofrimento. Confúcio ensinava a necessidade do modo de vida ético. Os budistas procuram a iluminação pessoal como o estado em que nos tornamos imunes ao sofrimento. Os muçulmanos acham que a submissão a Deus é o caminho da salvação. Alguns ateus e outros reconhecem que os seres humanos nascem com tendências destrutivas, mas confessam que há pouco que possa ser feito em relação a isso.

Os cristãos, contudo, têm uma forma singular de abordar esse dilema: Jesus, que afirmava ser o próprio Deus. Jesus, a Resposta encarnada, veio ao mundo que pensa ter todas as respostas. Ele não ensinou simplesmente um caminho melhor. Ele o viveu. Leia João 1:4. Jesus é a vida em sua fonte. Não do tipo frágil, efêmero e sombrio, mas a vida em seu tipo mais puro: brilhantemente vibrante e livre. E não importa quão éticos ou iluminados desejemos ser, nunca o conseguiremos por nós mesmos. Incontáveis gerações de mulheres e homens bons já provaram isso. Nossa única esperança é Jesus. Crendo nEle, nós também, podemos ter a vida que Ele tem.

Mas o que, na verdade, significa crer? Crer num Deus que não podemos ver nem tocar requer, para alguns, demasiada fé. Contudo, o mesmo tanto de fé é requerido para se crer que Deus não existe porque, de toda maneira, não se pode provar nem que Ele existe nem que não existe.

Contudo, nossa crença em Deus é mais do que simplesmente uma probabilidade, ou uma suposição fantástica. Através dos séculos, milhões de homens e mulheres já desenvolveram um relacionamento real com Jesus, e esse relacionamento os transformou profundamente em agentes de mudança da sociedade. A resultante beleza que emana de uma vida de serviço, sacrifício, e de mais vidas transformadas, é a maior evidência da fé.

Não, a crença em Jesus nunca é fruto do acaso. Está firmemente baseada numa experiência viva com o Deus que é Vida – um Deus cujos atos na Bíblia revelam realidades universais, e cuja direção e ensinos faz muito sentido salvador num mundo que está ofegante. E nós também podemos partilhar dessa vida através da fé. Não há nada de truques nem de esforços sobre-humanos. Basta simplesmente crer.

Mãos à Bíblia

Em algumas Bíblias, em 1 João 5:7 e 8, aparecem as palavras: “no Céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na Terra.” O problema é que essa declaração é vista como um acréscimo posterior, não encontrado nos manuscritos originais. O fato é que, mesmo sem essas palavras, a doutrina da Trindade está firmemente estabelecida nos escritos de João.

3. João tem declarações poderosas sobre a divindade de Jesus. O que ele ensina sobre Jesus Cristo nos textos seguintes? Jo 1:1-3, 14; Jo 8:58, 59; Jo 10:30, 31; Jo 20:28; 1Jo 2:23; 1Jo 5:20

Matthew J. Lucio | Berrien Springs, EUA

Marcadores: , , ,

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Crendo no Filho de Deus - 25/08/2009 a 29/08/2009

Terça, 25 de agosto

Testemunho

Levantar-se em favor de algo...


Como diz a canção, “você tem que se levantar em favor de algo, ou cairá vítima de qualquer coisa”. Muitas vezes é fácil duvidar ou questionar. E quando você vacila entre duas idéias, é fácil tropeçar. Esta joia de verdade – levantar-se em favor de algo ou cair vítima de qualquer coisa – fala alto à vida cristã. Precisamos acreditar em Cristo, não apenas como nosso Amigo, mas como o poderoso Redentor que é perdidamente apaixonado por nós! E ao estudarmos a lição desta semana, compreendemos que a crença não é meramente um alvo intelectual, mas algo que muda o que somos e como vivemos.

Ellen White concorda que conhecer Jesus e aplicá-Lo a nossa vida é o fator decisivo em se levantar em favor de algo. E os resultados de uma verdadeira crença em Jesus e em Suas reivindicações são incríveis.

“Nossa crença em Cristo não deve ser uma crença casual, mas uma crença que penetre em todas as partes da vida. Esse tipo de crença nos leva a pedir Sua ajuda porque compreendemos que só podemos depender dEle. Uma crença casual admite que Ele é o Redentor, mas não O honra recebendo-O como um amigo, um ajudador. Aqueles que têm uma crença assim trabalham com grande desvantagem; pois não chegam a ter confiança em Cristo” (Ellen G. White, Review and Herald, 5 de maio de 1904).

“Em crer há paz e alegria. ... O crer traz paz, e a confiança em Deus traz alegria. Crede, crede! diz meu coração, crede. Descansai em Deus. Ele pode guardar aquilo que Lhe confiastes. Ele vos fará mais do que vencedores por Aquele que vos amou” (Ellen G. White, A Fé Pela Qual Eu Vivo [MM 1959], p. 121.

Nossa crença em Cristo nos estimula à ação de pedir por divino auxílio para seguir o exemplo de Cristo. Não só temos a chance de mostrar Deus ao mundo ao escolhermos Jesus como nosso modelo, mas também colhemos os benefícios da paz, alegria e descanso para nossa alma ao entrarmos em contato com o Divino através de nosso Salvador, Redentor e Criador – Jesus Cristo, o Senhor.

Mãos à Bíblia

As duas primeiras testemunhas sobre a filiação divina de Jesus são a água e o sangue. A terceira é o Espírito Santo (1Jo 5:6, 8). No Evangelho de João é dito que o Espírito Santo daria testemunho de Jesus (Jo 15:26). Por que essas testemunhas são necessárias? No Antigo Testamento, eram requeridas duas ou três testemunhas para confirmar uma questão (Dt 19:15). João quis deixar claro que o caso de Jesus tinha um fundamento sólido. Ele quis mostrar que temos boas razões para crer.

2. A que testemunhas João apela a respeito da divindade de Jesus? 1Jo 5:9, 10. No que ele queria que crêssemos?

João queria demonstrar que a convicção em Jesus repousa em testemunhos poderosos.

Jenniffer Ogden | Round Rock, EUA

Marcadores: , , ,

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Crendo no Filho de Deus - 24/08/2009 a 29/08/2009

Segunda, 24 de agosto

Exposição

Base para a crença


Crer em Jesus e Sua obra na cruz é a base de nossa salvação (Jo 3:16). A fé nessa crença é o que liga os seres humanos pecadores ao Deus santo. Contudo, é difícil entender exatamente o que significa crer. Dizemos que cremos em muitas coisas: “Creio que fulano vai ganhar a eleição”, ou “Creio que esta é a melhor comida que já provei.” Contudo, crer, no sentido bíblico, significa mais do que ter uma opinião sobre algo. Significa saber que algo é verdadeiro e agir com base nesse conhecimento (Jo 3:36). O que exatamente a Bíblia está nos chamando a crer? O que precisamos saber sobre Jesus e Sua obra aqui na Terra?

Deus enviou testemunhas para testificar sobre Jesus (1Jo 5:1-12). Deus não espera que creiamos num homem que viveu na Palestina 2.000 anos atrás sem prover evidências, e Ele também não esperava que pessoas daquela época cressem em um dos muitos rabis sem provas. Deus deu três evidências: “Há três testemunhas: o Espírito, a água e o sangue; e esses três estão de pleno acordo” (1Jo 5:7, 8). Alguns comentaristas sugerem que esse texto se refere ao início do ministério de Jesus (em Seu batismo), ao encerramento de Seu ministério terrestre (Sua morte) e ao dom do Espírito Santo,* todas elas são ocasiões em que Deus deu à humanidade claros sinais sobre Jesus.

Ele é o Criador (Jo 1:1-3). Jesus é o divino e eterno Filho de Deus. Ele é também o Criador. Como seres humanos, somos chamados a adorar o Criador (Ap 14:7). Embora Jesus tenha vindo a nós como homem, precisamos crer que Ele é digno de nossa adoração como Criador, e que Suas palavras são autoritativas em nossa vida (1Jo 5:1-5). Como nosso Criador e nosso Deus, precisamos crer que Jesus estava presente no tempo do Antigo Testamento, e que tem estado envolvido com o plano da salvação desde o princípio (Ap 13:8).

Ele é o Salvador (Rm 6:3, 4). A justiça e a misericórdia de Deus se combinaram na cruz. Embora mereçamos a morte por nossos pecados, não importa quão pequenos sejam, Jesus tomou nossa punição sobre Si e nos deu Sua recompensa em troca (Rm 3:23-25). A maneira pela qual participamos dessa recompensa é através do batismo, porque por esse ritual morremos com Cristo e seremos ressuscitados por Ele (Rm 6:4, 5). É importante notar que o batismo é um gesto exterior da crença em Cristo e em Sua obra na cruz. Embora o batismo seja uma atividade simbólica essencial, é o sangue de Cristo que realiza nossa salvação.

Ele pode nos livrar do pecado (Rm 6:1-6). A morte de Cristo nos purifica do pecado e apaga nossa culpa. Contudo, Cristo deseja fazer mais do que perdoar nossos pecados vez após vez. Ele deseja ajudar-nos a parar de pecar. Cultivando um relacionamento com Cristo, “observando-O” ao lermos sobre Sua vida na Bíblia, compreendemos quem Ele é e como devemos nos relacionar tanto com Deus como uns com os outros. Em resultado, somos continuamente transformados à Sua semelhança (2Co 3:18).

Ele endireitará as coisas (Jo 3:36; 5:24). Jesus deseja que creiamos não só em Sua divindade e em Seu poder de salvar-nos do pecado nesta vida, mas também em Seu poder de ressuscitar os mortos no fim do tempo e conceder recompensa e punição (Rm 6:5). Como crentes em Cristo, ansiamos pelo tempo em que aqueles que morreram serão reunidos não só com os vivos, mas também com o próprio Cristo (1Ts 4:13-17). Também cremos que Ele punirá os impenitentes pela dor que causaram neste mundo. Isso nos dá esperança de que será feita justiça para aqueles que foram torturados, oprimidos, maltratados, estuprados, assassinados e abusados. Deus não se esquecerá das lágrimas de tristeza que derramamos.

Crer nEle requer auto-sacrifício (Mt 16:24, 25; Hb 12:4). Jesus sabia que haveria consequências nesta vida por segui-Lo. Sabemos que Seus discípulos foram martirizados um por um, a começar com Tiago (At 12:2). Como cristãos, contudo, sabemos que esta vida não será fácil, e isso está determinado. Ninguém tem uma vida verdadeiramente livre de cuidados, embora alguns passem por circunstâncias piores que as de outros. Como cristãos, contudo, sabemos que, quando sacrificamos nosso tempo, nossos recursos e, sim, até nossa vida, Cristo cuidará de nós e haverá uma recompensa do outro lado – a vida eterna. Não devemos ser como o jovem rico, que julgou alto demais o custo de seguir a Cristo (Mt 19:21, 22). Não importa quão difícil seja, precisamos acreditar que viver e reinar com Cristo por toda a eternidade vale a pena, apesar de qualquer luta aqui na Terra. Essa crença nos capacita a viver em paz e liberdade, quer estejamos presos com correntes terrenas ou não.

*Daniel L. Akin, 1, 2, 3 John, ed. E. Ray Clendenen, The New American Commentary (Nashville: Broadman and Holman, 2001), p. 196−198.


Mãos à Bíblia

João diz que Jesus veio “por meio de água e sangue” (1Jo 5:6). O que significa isso? No princípio do Evangelho de João, a água está associada ao batismo (Jo 1:26, 31, 33; 3:5, 23). Essa parece ser a aplicação em 1 João. Jesus veio como Senhor encarnado e começou Seu ministério público sendo batizado com água. Ele concluiu Seu ministério terrestre na cruz, quando derramou Seu sangue. Aparentemente, a água aponta para o batismo de Jesus e o sangue, à Sua morte na cruz (1Jo 1:7).

J. Amanda McGuire | Berrien Springs, EUA

Marcadores: , , ,

domingo, 23 de agosto de 2009

Crendo no Filho de Deus - 23/08/2009 a 29/08/2009

CRENDO NO FILHO DE DEUS


“Quem pode vencer o mundo? Somente aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus” (1Jo 5:5).

Prévia da semana: Podemos viver como cristãos vitoriosos e ter a esperança da vida eterna, porque Jesus viveu e morreu para pagar o preço dos nossos pecados.

Leitura adicional: O Desejado de Todas as Nações, p. 342-348

Domingo, 23 de agosto

Introdução
As estradas da crença

Em Príncipe Caspian, o segundo livro das Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis, os irmãos Pevensie são chamados de volta a Nárnia, uma terra “mágica” na qual haviam ido parar por acidente 1.300 anos narnianos antes. No primeiro livro, os irmãos haviam sido parte do grande conflito no qual um leão chamado Aslan, representando Cristo, é morto pelo inimigo. Es a morte possibilita a redenção de Nárnia e do traidor Edmundo, um dos irmãos Pervensie. Depois eles são convocados para salvar Nárnia dos Telmarinos, uma força controladora inimiga que quase obliterou o reinado de Aslan e a maneira como Nárnia foi planejada para ser.

Após seu retorno a Nárnia, Lúcia, conhecida por sua fé firme e infantil, é a primeira a ver Aslan e falar com ele. Ela sabe que ele virá até eles assim como fez no passado. O irmão mais velho de Lúcia, Pedro, não duvida da existência de Aslan, mas acha difícil acreditar que Aslan vai voltar e ajudá-los a salvar Nárnia. Isso tem um tremendo impacto sobre sua liderança. Se Aslan não aparecer quando chamado, ele vai assumir a liderança e conduzir as tropas sozinho.

O príncipe Caspian, herdeiro legítimo ao trono dos Telmarinos, foi secretamente ensinado sobre Nárnia e Aslan. Contudo, seu tio e usurpador do trono tenta esconder a verdade sobre Nárnia, afirmando que ela é só faz-de-conta. Contudo, Caspian ama as histórias sobre Nárnia e acredita que elas são verdadeiras. Portanto, ele está pronto a lutar até a morte pela redenção de Nárnia.

Trumkin é um duende narniano capturado pelos Telmarinos. Quando os irmãos Pevensie o salvam da morte certa, Trumpkin alista a ajuda deles para restaurar Caspian ao trono e Nárnia ao seu estado original. Embora ele devesse crer na capacidade do leão Aslan para restaurar Nárnia, simplesmente não crê – até próximo ao fim da história, quando encontra Aslan por si mesmo.

O que cada um desses personagens acredita sobre Aslan é revelado em suas atitudes e ações. Suas pressuposições determinam como eles se relacionam com o próprio Aslan e interagem com ele. O mesmo ocorre conosco. Ouvimos falar de Jesus Cristo, e temos ideias sobre quem Ele é. Essas ideias definem como nos relacionamos com Ele e como vivemos. Nesta semana, olharemos para o que a Bíblia ensina sobre crença em Cristo e como essa crença transforma nossa vida.

Mãos à Bíblia

João desejava que seu público cresse em Jesus como o Cristo. Ele disse que os nascidos de Deus amam a Deus, amam uns aos outros e guardam os mandamentos. Os que creem que Jesus é o Filho de Deus vencem o mundo (1Jo 5:1-5). Ao longo da história, alguns entenderam que a batalha que os cristãos precisam travar para vencer o mundo seria algum tipo de conflito militar literal. Mas isso está errado. A batalha dos cristãos é espiritual.

1. Nos textos seguintes, João fala sobre vitória e superação. O que podemos aprender sobre as promessas contidas nestes textos? Jo 16:33; 1Jo 4:4; Ap 2:7, 11; 3:5, 21; Ap 12:11

Cecília Luck | Chattanooga, EUA

Marcadores: , , ,