segunda-feira, 20 de julho de 2009

Andando na Luz: Guardando Seus Mandamentos - 20/07/2009 a 25/07/2009

Segunda, 20 de julho

Evidência
Odiar a família?


Lucas afirma que seu livro é um “relato ordenado” que ele mesmo investigou cuidadosamente (Lc 1:3, NVI). Mas qualquer leitor comum pode achar que a linguagem áspera de Jesus em Lucas 14:26 é qualquer coisa, menos algo cuidadosamente investigado e coerente com o resto de Seus ensinos. A palavra que pode causar essa aparente contradição é “odeia” ou “aborrece” (ARA). Por que o mesmo Jesus que ensinou Seus discípulos a amar até seus inimigos Se contradiria pedindo-lhes que odiassem seus parentes mais próximos a fim de segui-Lo?

A palavra grega miso, traduzida como “odiar” ou “aborrecer”, não deve ser interpretada no sentido comum. Essa palavra remonta a uma palavra aramaica que significa “amar menos”. Esse texto também pode ser entendido à luz de Mateus 10:37, em que Jesus diz: “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a Mim, não é digno de Mim” (NVI).

J. Willcock acrescenta uma nova nuança à interpretação desse texto quando declara que odiar ou aborrecer, em Lucas 14:26, não pode significar que devemos amar nossos parentes e amigos com menos afeição. Isso também seria oposto aos ensinos de Jesus. Ele alude ao ponto de que não pode haver limites ao amor ágape que Jesus chama Seus seguidores a dedicarem ao próximo. Willcock acredita que a chave para se compreender esse texto está na frase “[aborrece] ainda a sua própria vida”. Para ele, não devemos “odiar” a nós mesmos no sentido literal da palavra, mas odiar o fato de estarmos em rebelião contra Deus e Sua vontade. Assim, os discípulos de Cristo podem amar seus parentes e desejar-lhes todas as boas coisas da vida, mas odiar o que é egocêntrico neles, que os afasta de Cristo e da vontade de Deus.

Deus revelou Sua vontade geral a nós através de Seus mandamentos. Ele também dirige nossos caminhos de acordo com Sua vontade específica em situações particulares da vida diária. O ódio ao eu e a preferência de Cristo acima de tudo o mais têm que começar com a obediência a Seus mandamentos, e depois com a busca de Sua vontade específica. Não há atalhos. O jovem rico (Lucas 18) guardava os mandamentos, mas deixou de obedecer à vontade específica de Deus. Vem a nós a pergunta: “Estamos guardando os mandamentos de Deus, mas deixando de perguntar Sua vontade específica a ser cumprida em nossa vida?”

Mãos à Bíblia

2. Para João, qual era a evidência externa de que uma pessoa conhece a Deus? Que mais João diz sobre esse assunto? Jo 14:15, 21; Jo 15:10; 1Jo 3:22, 24; 5:3; Ap 12:17; 14:12

3. Como o ato de guardar a lei revela a realidade do conhecimento que temos de Deus? Como uma coisa se relaciona com a outra?

Se você ama alguém, vai agir da maneira apropriada. Um homem que ama verdadeiramente a esposa não vai enganá-la. Ele pode professar dia e noite seu amor, mas se seus atos não revelam esse amor, empregando as palavras de João, ele é “um mentiroso”.

Sylvester Paulasir | Beltsville, EUA

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