segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Histórias e história - 27/09/2010 a 01/10/2010

Segunda, 27 de setembro

Exposição
Escolha ou acaso


A seguir, veremos lances decisivos de alguns personagens bíblicos. Todos foram colocados em situações onde tiveram de fazer escolhas que afetariam o destino eterno não somente deles. Hoje, não é diferente, por isso, devemos refletir se vamos tomar decisões por escolha ou por reação instintiva.

Resistir às provas (Gn 39:6-12). Todos nós respondemos de maneira muito particular às variadas experiências da vida. A questão é se respondemos a nossas experiências por escolha ou por instinto. José poderia ter desenvolvido uma atitude negativa, se pensasse na tragédia de ter sido vendido como escravo pelos próprios irmãos. Esta atitude poderia ter se estendido para a relação escravo/senhor, uma vez que ele estaria acostumado à liberdade quando estava com a família. Contudo, depois da rasteira, José se levantou e “sacudiu a poeira”. Ele escolheu manter uma atitude positiva, mesmo diante das piores circunstâncias. Tanto, que Potifar o encarregou de todas as suas propriedades.

Mesmo na escravidão, José foi colocado como responsável por tudo. Até esse momento crítico de sua vida, porém, ele teve de enfrentar outro desafio: a esposa de Potifar. Ela o tentou, mas ele se recusou a desonrar seu senhor, nem a Deus (Gn 39:8-10). E não foi por um dia apenas. A esposa de Potifar o perseguiu José com persistência, mas esse jovem rejeitou os propostas dela. Agora pense: como resultado de ter sido fiel, José foi para a prisão. Ao contrário dele, Sansão caiu duas vezes em situações semelhantes (ver Juízes 14; 16). Foi por escolha ou por acaso?

Liderar um povo (Js 3:9-17). Josué é posto numa posição de autoridade sobre o povo de Deus antes da travessia do Rio Jordão. Em Josué 3:9-13, o vemos falando com ousadia e clareza sobre a maneira pela qual os israelitas deveriam entrar na Terra Prometida. Poderia ter havido uma pessoa mais experiente e madura para realizar essa missão tremenda? Alguém com doutorado em liderança? A disponibilidade de Josué estava baseada simplesmente no acaso, ou se devia a uma decisão deliberada de sua parte? Podemos dizer que Deus desempenhou uma parte importante na colocação desse jovem nessa posição de influência?

Poupar o inimigo (1Sm 24:1-7). Após a vitoriosa campanha de Davi contra os filisteus, vemo-lo sendo perseguido por Saul e se escondendo nas montanhas. Quando Saul, inconsciente da presença de Davi, buscou alívio para suas necessidades na mesma caverna, Davi “se arrastou de mansinho até onde estava Saul e cortou um pedaço da capa dele, sem que ele percebesse” (verso 4). Mas, contrariamente à inclinação humana natural, Davi escolheu honrar a Deus. Ao chamar Saul de “ungido do Senhor”, ele permaneceu fiel ao seu rei. Davi sabia que um dia estaria sentado no trono. Contudo, não procurou apressar aquele dia, pois também sabia que “não era certo abater o homem que Deus havia colocado no trono. Se ele assassinasse Saul, estaria estabelecendo um precedente para que seus próprios oponentes o removessem um dia”.1

Ouvir o mau conselho (1Rs 12:1-15). Quando o povo foi a Roboão, recém-entronizado rei de Israel, para pedir um alívio no trabalho imposto por Salomão, o jovem rei pediu um prazo de três dias. Primeiramente, Roboão foi aos antigos conselheiros de seu pai. Eles lhe disseram para ouvir o povo. Isso teria sido bom tanto para Roboão quanto para Israel. No entanto, o rei imaturo escolheu ouvir a sugestão daqueles que haviam crescido com ele. Anuncia ao povo que seria mais duro do que seu pai. A referência a escorpiões (“açoites dotados de ganchos afiados nas pontas, que provocavam lesões notavelmente severas”2) salienta quão mais exigente Roboão seria. Assim como as exigências governamentais seriam mais duras para a população, o mesmo se aplicaria às punições sobre os que não se adequassem às novas exigências.

O resultado final desse anúncio? A divisão do reino. A pergunta que cabe aqui é se as declarações de Roboão foram casuais ou parte de um plano divino. Este último está subentendido no contexto de que há uma punição anteriormente mencionada para a dinastia de Davi, devido à idolatria de Salomão e sua quebra da aliança com Deus (1Rs 11:9-13; 12:15). No entanto, devemos lembrar que Deus antevê o futuro e as consequências dos atos das pessoas. A divisão do reino de Israel não aconteceu somente como um juízo divino sobre a dinastia de Davi, mas porque Ele sabia a priori o que Roboão iria provocar no contexto político da nação. A dureza do jovem rei levaria à divisão do reino.

Não deixar de confiar em Deus (Jó 1:1-12). A história de Jó ensina como as escolhas podem afetar nosso destino eterno. Em Jó 1:1-5, seu caráter e as bênçãos resultantes armaram o palco para o ataque de Satanás. De importância fundamental é o fato de que Deus acreditava em Jó e permitiu que Satanás o atacasse até certo ponto (verso 12). Ao lermos essa história, devemos nos lembrar de que Jó temia a Deus (verso 1) e de que Deus se referia a Jó como “Meu servo” (verso 8), o que significa que Deus reconhecia ter um relacionamento especial com ele.3 No fim do livro, percebemos que Jó permaneceu fiel a Deus, mesmo não compreendendo as razões de seu sofrimento. Isso foi por acaso? O que levaria você a permanecer confiante em Deus, mesmo com uma doença ou com problemas sem solução?

1. Life Application Study Bible, New International Version (Wheaton, Ill.: Tyndale House, 1991).
2. The SDA Bible Commentary, v. 2, p. 790.
3. The SDA Bible Dictionary, “Servant,” p. 985.


Mãos à Bíblia

3. Que podemos aprender da história de Roboão sobre a atitude das pessoas para com o poder? Que podemos aprender de seu erro? 1Rs 12:1-16

Depois da divisão, o povo de ­Deus seguiu caminhos diferentes. De um lado, dez tribos de Israel ficaram sob o governo de Jeroboão. Até Oseias, o último rei de Israel, governaram vinte reis, sinalizando a instabilidade política. Em 722 a.C., Samaria foi capturada e Israel foi levado em cativeiro.

No outro lado da fronteira, Roboão reinou sobre Judá. A dinastia de Davi foi preservada. Mas nem todos os descendentes de Davi imitaram seu exemplo de fé. Em 586 a.C., Jerusalém caiu. O templo foi destruído. A “experiência” real terminou.

Winslow Benn | Welch Town, Barbados

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2 Comentários:

Às 27 de setembro de 2010 às 10:13 , Anonymous Luana disse...

O que levaria você a permanecer confiante em Deus, mesmo com uma doença ou com problemas sem solução?

" Aquietai - vos e sabeis que Eu Sou Deus!" Salmo 46:10

O Senhor dos exécitos está comigo..
O Deus de Jacó é o meu refúgio.
Sempre!

 
Às 27 de setembro de 2010 às 10:30 , Anonymous Luana disse...

"Ele escolheu manter uma atitude positiva, mesmo diante das piores circunstâncias."

O que para muitos seria compreendido como uma maldição ou uma punição de Deus , foi um poderoso instrumento missionário nas mãos de José . Ele demonstrou que seu Deus é um Deus de justiça. Ele manteve a paz e a fé em um momento difícil , no qual muitos a perderiam .

Como é bom começar o dia meditando em tudo isso! Me identifiquei .
Linda história !

 

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