segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Pelos Seus Frutos - 28/12/2009 a 02/01/2010

Segunda, 28 de dezembro

Exposição
Percepção e anatomia dos frutos

Por seus frutos (2Tm 3:1-5). Fruto é uma “semente e seu envelope”. É o resultado, lucro, produto, rendimento, vantagem, colheita, consequência, uma “concretização da esperança”.1 Jesus utilizou esse símbolo de concretização e realidade para nos ajudar a entender de que forma devemos crescer como cristãos, de que forma devemos ser transformados à Sua semelhança. O fruto que produzimos é resultado de passarmos tempo com Ele por meio da oração, estudo da Bíblia, serviço, etc.

O fruto descreve a árvore, trepadeira ou arbusto específico que ele representa. Por isso dizemos: um pé de maçãs, um pé de uvas, um pé de morangos. Os frutos mantêm e promovem a descendência de seres humanos e animais, e ajudam a sustentar e preservar-lhes a vida. Assim, quando as pessoas nos veem, devem saber que somos cristãos por nossos frutos.

Leia e pense (Jo 15:1-16). Que outros exemplos significativos você pode identificar como “frutos”? Qual é sua avaliação de um cristão que dá frutos e de um que não dá? Por que é importante saber que frutos os outros observam em nós como cristãos? Como você ilustraria os conceitos de João 15:1-16 com algo não ligado à agricultura?

A árvore “sem frutos” (Lc 13:6-9). A parábola de Lucas 13:7-9 tem um objetivo diferente além da busca imediata por alimento. É uma advertência urgente contra a hipocrisia, a presunção e a mornidão. É uma tentativa de dissuadir as pessoas do autoengano. É um chamado de clarim para que os dorminhocos espirituais despertem.2

Cristo é a videira, e os crentes são os ramos, não os frutos. Contudo, Sua referência à produção de frutos (Jo 15:1-10) expõe um fato que não é claramente mencionado – o propósito de se ter ramos. Os ramos sem frutos definitivamente resultam em produtividade mais baixa. Consequentemente, eles são cortados a fim de abrir espaço para os ramos mais sadios. Contudo, o agricultor certamente deve estar interessado nos frutos. Ele até coloca suportes sob os ramos carregados para ajudá-los a suportar o peso dos frutos. Será que os frutos nessa parábola são um fim em si mesmos ou um meio para se atingir um fim, embora a ênfase esteja nos ramos que dão frutos?

Dar frutos como um ato corporativo (Jo 15:1-16). Leia João 15:1-16 novamente e pense sobre o significado de como os ramos se tornam produtores de frutos. De onde verdadeiramente vêm os frutos – da árvore ou dos ramos – e por quê? Se o ramo pudesse dar seu próprio fruto por escolha própria, por que precisaria do tronco? O que isso nos ensina sobre o papel da igreja em ajudar seus membros a produzir frutos?

Fazendo a ligação (Jo 15:1-16). O que você entende da comparação que Jesus faz de Si mesmo como a videira e de nós como os ramos? Ao ler os versos seguintes, tente identificar outras maneiras pelas quais se manifesta a produção de frutos: (a) Mt 28:19, 20; (b) Rm 15:25-27; 2Co 8:1, 2 e 9:12; (c) Gl 5:16, 22, 23; 2Pe 1:5-8; (d) Hb 13:15.

De que forma a má compreensão da necessidade de dar frutos afeta nossa liberdade em Cristo?

Há uma grande ênfase na liberdade ilimitada entre muitos cristãos de hoje. Mas é apregoada uma liberdade irresponsável, sem prestação de contas. Em Lucas 13:6-9, Jesus revela o íntimo amor que tanto o agricultor quanto o encarregado da vinha têm pela árvore sem frutos. Contudo, ambos concordam que a árvore precisa ser cortada se permanecer infrutífera.

Como crentes individuais, é muito provável que os motivos de cada um de nós para buscarmos a Cristo no princípio tenham sido completamente diferentes. Contudo, quanto mais nos aproximamos dEle, nossos motivos passam a ser um só: tornar-nos semelhantes a Ele. E o crescimento espiritual tem tudo que ver com isso. Espera-se que todo cristão dê frutos espirituais. Isso indica o processo de contínuo crescimento espiritual. Há um positivo relacionamento entre crescer em Cristo e trabalhar para Ele. “Se bem que seja verdade que nossas atarefadas atividades não nos asseguram, em si mesmas, a salvação, também é verdade que a fé que nos liga a Cristo nos estimulará à atividade” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 20).

Reflexão (Jo 11:1-4; 12:28). Que influência sua vida tem sobre outros, ainda que você mesmo não perceba essas influências? Normalmente, é muito difícil reconhecer nosso próprio potencial. Contudo, como uma semente desidratada ou em hibernação, nossa vida é cheia de possibilidades que, quando vividas apropriadamente, podem contribuir para a obra de Deus e apressá-la. Lembre-se: os ramos nunca podem sobreviver sem a videira; mas a videira sempre pode produzir novos ramos.

“Permanecer em Cristo significa receber constantemente de Seu Espírito, uma vida de inteira entrega a Seu serviço. As vias de comunicação entre o homem e seu Deus devem achar-se de contínuo desimpedidas. Como o ramo tira sem cessar a seiva da videira viva, assim nos devemos apegar a Cristo, e dEle receber, pela fé, a força e perfeição de Seu próprio caráter” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 676).

1. Dicionário Collins.
2. Comentário de Matthew Henry, notas sobre Lucas 13.


Mãos à Bíblia

Leia João 15:1-5 e responda às perguntas seguintes:

2. Por que Jesus enfatizou ser Ele mesmo a Videira verdadeira? (Veja também Mt 24:24.)

3. De acordo com João 15:5, que parte da videira Jesus disse que somos? O que significa isso em nível prático; isto é, o que nos diz sobre como devemos viver?

O verso 4 explica que um ramo não pode produzir fruto a menos que esteja conectado à videira. Este é um ponto crucial, que não devemos desconsiderar.

Ezekiel Okofo-Boansi | Reading, Reino Unido

Marcadores: , , ,

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial