segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Cidades de Refúgio - 21/12/2009 a 26/12/2009

Segunda, 21 de dezembro

Exposição

Separadas, só para o caso de alguém precisar


Os filhos de Israel estão às portas de entrar na terra prometida. Deus está cumprindo Sua Palavra. É dada a ordem para que sejam separadas cidades de refúgio para pessoas que tirarem a vida de alguém.

“Esta misericordiosa disposição tornou-se necessária por causa do antigo costume da vingança particular, pelo qual incumbia ao parente mais próximo, ou ao herdeiro imediato do morto, o castigo do assassínio. ... O Senhor não achou conveniente abolir este costume naquela ocasião; mas tomou providências para garantir a segurança dos que, acidentalmente, tirassem a vida”
(Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 515).


Essas cidades não deviam ficar a mais de meio dia de viagem a pé, e estavam colocadas nos dois lados do Jordão para fácil acesso. As pessoas que fossem enviadas a uma cidade de refúgio tinham julgamento garantido. Essa era sua única esperança – seis cidades separadas, suficientemente perto, suficientemente seguras, só para o caso de alguém precisar.

O direito ao sangue (Nm 35:16-21). Quer o homicídio fosse intencional ou não, ainda era direito do parente buscar pena capital em favor do falecido. Deus permitiu isso, e alguns talvez agissem com base em seu direito, mas também, pela sabedoria e misericórdia de Deus, foi separado um local de refúgio para aqueles que matassem alguém acidentalmente.

Se você conseguir chegar, pode entrar (Nm 35:22-28). As cidades de refúgio deviam receber a todos, dos cidadãos aos estrangeiros que moravam na terra e que não tinham papéis para provar quem eram. A única exigência era chegar em segurança aos portões de refúgio para expor seu caso. Você não tinha que provar quem era, ou de onde tinha vindo. Tudo o que importava era o propósito com o que o ato havia sido cometido, e se no julgamento a congregação constatasse a não-intenção, sua vida era poupada, e quando o sumo sacerdote morresse você poderia voltar a sua propriedade.

Que alívio para aqueles que haviam cometido um erro! Quão misericordioso da parte de Deus dizer que as cidades de refúgio estavam abertas aos estrangeiros entre eles! Isso quer dizer que eles tinham tanto valor e tanta necessidade de refúgio quanto um hebreu.

A vingança só era uma ameaça se você saísse dos limites seguros da cidade e uma vez mais tomasse sua vida em suas próprias mãos, pois fora da cidade as regras mudavam e você se colocava à mercê da vingança da família cujo ente querido você havia matado. Entre, e continue dentro – essa era a única garantia de vida.

“O prisioneiro que em qualquer ocasião saía da cidade de refúgio, era abandonado ao vingador do sangue. Assim o povo foi ensinado a aderir aos métodos que a sabedoria infinita indicava para a sua segurança” (Ibid., p. 517).

Da cidade de refúgio a Cristo, nosso Refúgio (Ef 2). As cidades de refúgio eram um microcosmo de Cristo, que é nosso refúgio e força. Só nEle podemos encontrar segurança, tanto no mundo quanto do mundo. “O mesmo Salvador misericordioso que designara aquelas cidades temporais de refúgio, proveu pelo derramamento de Seu próprio sangue aos transgressores da lei de Deus um retiro seguro, aonde podem eles fugir em busca de garantia contra a segunda morte. Nenhuma força pode tirar de Suas mãos as almas que a Ele recorrem em busca de perdão” (Ibid., p. 516, 517).

Lembro-me de brincar de pega-pega no quintal. O objetivo era não ser “pego” ou tocado pelo pegador. Sempre havia uma zona segura (o “pique”), um lugar em que, se você conseguisse chegar, não podia ser pego. Você tinha que ser inteligente, rápido, e chegar ao “pique” sem ser pego. Eu era inteligente e rápido, mas às vezes cometia erros ou me descuidava, e era pego, virando o pegador. Eu detestava não conseguir chegar ao “pique”.

As zonas seguras (“piques”) separadas para Israel não eram parte de uma brincadeira de criança. Eram necessárias para proteger pessoas que acidentalmente haviam cometido séria ofensa que requeria séria intervenção. Precisamos de uma séria intervenção hoje. “Naquele tempo vocês estavam separados de Cristo; eram estrangeiros e não pertenciam ao povo escolhido de Deus. Não tinham parte nas Suas alianças, que eram baseadas nas promessas de Deus para o Seu povo. E neste mundo viviam sem esperança e sem Deus. Mas agora, unidos com Cristo Jesus, vocês, que estavam longe de Deus, foram trazidos para perto dEle pela morte de Cristo na cruz” (Ef 2:12, 13).

É em Cristo que encontramos nosso refúgio. A realidade é que alguém tinha que pagar, e foi Cristo, através da cruz. Ele sofreu. Ele morreu. E Ele derramou Seu sangue para que pudéssemos estar seguros nEle. Agora precisamos permanecer dentro dos braços (muros) de Cristo, pois temos um inimigo que ainda está à espreita fora dos portões. Refugie-se nAquele que aceita a todos e protege a todos os que buscam Seu perdão.

Mãos à Bíblia

3. Que provisão foi tomada em favor dos levitas? O que isso nos ensina sobre o modo de vida que os levitas deveriam ter? Nm 35:1-8

Eles deveriam viver no meio do povo, talvez como lembrança da fidelidade de seus pais durante a adoração do bezerro de ouro. Em consequência, em seus encargos sagrados, eles podiam ser testemunhas constantes para o povo do que significam fidelidade e santidade.

Baron Anthony Sovory | San Bernardino, EUA

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