segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Jônatas - 18/10/2010 a 23/10/2010

Segunda, 18 de outubro

Evidência
Jônatas: um homem para todas as épocas


Apesar de seu status como príncipe e herdeiro de um reino, é fácil acreditar que Jônatas era fraco. Ele sabia que sua lealdade a Davi o impediria de se tornar rei (1Sm 20:31); contudo, renunciou à sua legítima posição. Sua vida foi salva por uma multidão que interveio em seu favor após ele haver desobedecido à ordem de seu pai (1Sm 14:45); e ele é bem conhecido como alguém que “amava” numa cultura onde a força era valorizada acima do sentimento. Um exame mais atento de seu caráter, contudo, revela que ele é de fato um modelo para os homens de todas as épocas.

A necessidade de fazer uma distinção entre “alguém amoroso ou alguém lutador” não se aplica a Jônatas. Ele personificou ambas as coisas em sua força de caráter, em seu corpo e coração. Muito tem sido dito sobre a relação entre Davi e Jônatas. Embora saibamos que os homens se cumprimentavam com beijos nos tempos bíblicos (Gn 29:13; Ex 18:7; Lc 7:38, 45), há várias passagens que são usadas por alguns para inferir que a relação entre Davi e Jônatas era uma relação homossexual – uma prática abominada por Deus (Lv 18:22; Rm 1:27; 1Co 6:9-11). A palavra hebraica nashaq é usada para descrever o ato de beijar no Antigo Testamento, e se refere a beijos de afeição (Gn 29:13), de reconciliação (Gn 33:4), de partida (Rt 1:14) e de homenagem (Sl 2:12). Fica claro que um beijo no rosto entre homens era aceitável tanto nos tempos do Antigo Testamento quanto nos do Novo.

As descrições de amor entre Davi e Jônatas são talvez mais difíceis de entender porque muito poucos exemplos de uma relação assim podem ser encontrados na Bíblia. Em 1Samuel 20:17, a palavra hebraica ahab é usada para descrever o tipo de amor que existia entre esses dois homens, seguida imediatamente por kenapso, um termo que se refere diretamente ao eu.* Esses termos são idênticos aos usados tanto em Levítico 19:18 como em Mateus 22:39: “Ame (ahab) cada um o seu próximo como a si mesmo (kenapso)”. Longe de ser romântico ou sexual, o amor entre Davi e Jônatas era um cumprimento da ordem de Deus nas leis levíticas, que foi reafirmada por Jesus como o chamado mais elevado de um crente.

A força de Jônatas – física, espiritual e emocional – era nascida de um amor que se sacrifica pelo outro, e que por fim o levou a dar a vida por um amigo. Há maior prova de varonilidade?

*G. J. Botterweck, H. Ringgren, H. Fabry, Theological Dictionary of the Old Testament (Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans, 1995).

Mãos à Bíblia

2. Que esperança podemos obter da fé que Jônatas tinha? 2Rs 6:8-17

3. Que passos Jônatas deu antes de subir até a guarnição inimiga? 1Sm 14:6-13

Lindsay Morton – Palmerston North, Nova Zelândia

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