segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Metáforas da Salvação - 24/11/2008 a 29/11/2008

Segunda, 24 de novembro

Exposição
Tudo o que for preciso


2. O que é reconciliação? 2 Co 5:18-21

Reconciliação é a restauração de relações pacíficas entre pessoas ou grupos inimigos. Normalmente, é necessário um mediador ou negociador. Essa prática foi usada por Paulo para explicar a cruz. Primeiro, Deus tomou a iniciativa de reconciliar consigo os pecadores. Segundo, Deus usou um Mediador por quem a reconciliação se tornou possível. Ele “nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo” (2Co 5:18); Ele “estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (v. 19). Terceiro, o objeto da reconciliação é definido como “nós” e o “mundo”. Deus “nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo” (v. 18). O verbo está no passado, indicando que a ação está completa. Com relação ao mundo, lemos que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (v. 19). O contexto indica que a reconciliação do mundo ainda está em curso. Quarto, a reconciliação como um processo é formada por duas ações divinas. Uma é o ato divino de reconciliação na cruz, definida como “não imputando aos homens as suas transgressões” (v. 19). O pecado era a barreira que tornava impossível para Deus reconciliar os seres humanos consigo mesmo. Mas Ele decidiu permitir que Seu amor fluísse livremente em direção a nós, removendo a barreira do pecado. O outro aspecto da reconciliação é o ministério de reconciliação (v. 18), a proclamação da mensagem de reconciliação (v. 19) confiada a nós. “Somos embaixadores de Cristo” (v. 20) e, como tal, é o próprio Deus que está “fazendo Seu apelo por nosso intermédio. [...] Reconciliem-se com Deus” (v. 20, NVI).

Você se tornaria uma imunda barata se isso fosse necessário para salvar a espécie delas? Essa é uma metáfora muito grosseira, mas Cristo desceu bem mais baixo, em comparação com Sua estatura e divindade, para salvar-nos. No Céu, Ele governava o Universo. Na Terra, trabalhou trinta anos como carpinteiro na famigerada cidade de Nazaré antes de começar Seu ministério. De rei a carpinteiro! No Céu, os anjos cobriam a face em adoração a Ele. Contudo, na estrada para o Calvário, Sua face suou e sangrou com a agonia de açoites e da cruz. E o mais difícil de compreender é que Ele não precisava fazer isso.

Facilmente, a Divindade podia ter produzido outros seres humanos, varrendo totalmente da existência os caídos. Contudo, fazer esse tipo de coisa teria sido incongruente com o amoroso caráter de Deus. E foi preciso a Bíblia toda para explicar e fazer chegar ao nosso coração o quanto significamos para Ele e até que ponto Ele estava disposto a chegar para nos trazer de volta a Si.

Os dedos da lei (Rm 2:1-29). Quem não é cauteloso em relação à lei? Se você se meter com ela, vai se ver pagando o preço. A ignorância não pode nem mesmo alegar inocência.

Deus criou a Terra e é também o autor do plano da salvação, de acordo com leis. Por ser um Deus de ordem, planejou harmoniosamente o Universo. Ele deseja endireitar harmoniosamente as coisas no que diz respeito à maneira em que devemos considerá-Lo e nos tratarmos um ao outro. É por isso que Ele nos deu os Dez Mandamentos para serem fixados em nosso coração. Sem eles, somos vítimas de abuso, confusão e caos.

Além disso, Ele é um Deus de justiça, dando-nos justamente o que merecemos. A lei faz mais do que guiar ou conduzir; ela é nosso padrão de medida. Por quê? Porque a lei reflete o amoroso e perfeito caráter de Deus.

O grande porém (Rm 3:19-26). Sim, devemos guardar a lei de Deus. Contudo, guardar a lei não pode salvar um único ser humano.

“Tendo em vista ajudar as pessoas a ver sua verdadeira condição, a lei funciona como uma espécie de espelho.”1 O espelho simplesmente mostra a sujeira no rosto, mas não pode limpá-lo. Da mesma forma, a lei não pode purificar-nos do pecado e tornar-nos aceitáveis a Deus. Somente a expiação que Jesus estabeleceu para nós pode fazer isso. Aquele que era perfeito levou sobre Si todos os nossos pecados e morreu em nosso favor. Não desejando que ninguém perecesse, Deus deu Seu Filho em sacrifício – o único apropriado. Jesus foi feito nosso substituto para a morte para que pudéssemos reivindicar Seus méritos – através da fé – como nosso substituto para a vida.

Restauração (2Co 5:18-21). A expiação é a maneira de Deus nos trazer de volta a Si. Ele deseja que vivamos eternamente com Ele, novamente, face a face. Previu a ameaça de Herodes, o desafio dos fariseus e por fim a rejeição dos judeus. Mas isso não O impediu de tornar a salvação possível nem que fosse para apenas uma pessoa que aceitasse Seu dom de vida. Para metáforas envolvendo esse conceito, leia Lucas 15.
“O problema do pecado é que ele interrompe o relacionamento entre Deus e o homem. O alvo da salvação é restaurar a relação entre Deus e o homem.”2

Deus não simplesmente enviou Cristo para realizar a tarefa. Deus estava nEle. Sofreu com Ele e chorou com Ele. E faria o mesmo se apenas uma pessoa houvesse pecado. Poderíamos nos admirar como o salmista: o que somos, para que Ele Se lembre de nós (Sl 8:4)?

O âmago de tudo (1Jo 4:7-11). Deus é amor. Isso, de maneira simples, mas suficiente, explica a expiação. O próprio Jesus tinha algo a dizer sobre isso: “Meu Pai tanto amou você, que mais ainda Me ama por dar Minha vida para salvar você. Tornando-Me seu Substituto, entregando Minha vida por suas fraquezas e transgressões, sou muito amado pelo Meu Pai; porque em razão do Meu sacrifício, Deus pode ser justo e, ao mesmo tempo, ‘justificador daquele que tem fé em Jesus’” (Ellen G. White, Caminho a Cristo em linguagem atualizada, p. 14).

Satanás tem tido sucesso em representar a Deus como alguém severo, exigente e possessivo. Mas o amor de Deus revelado na vida e sacrifício de Cristo desfaz as mentiras do inimigo. Nós O vemos agora como um Pai sempre desejoso de receber a afeição de Seus filhos transviados. Agora conhecemos os extremos aos quais Ele foi para nos conquistar novamente. E, por fim, descobrimos que toda bênção é apenas Sua iniciativa, Seu dom e Seu derramamento de graça imerecida.

Por que devemos compreender estas metáforas da expiação? Para que possamos aceitar a expiação que tão graciosamente Cristo fez em nosso favor e, por nossa vez, estendermos a graça de Cristo a outros em nossas palavras e atos.

A expiação é uma história de amor sem igual. Sim, foi necessário preparar a Bíblia toda para contá-la a nós.

1. Nisto Cremos (Tatuí, CPB, 1995), p. 316.
2. Morris L. Venden, 95 Teses Sobre Justificação Pela Fé (Tatuí, CPB, 1990), p. 288.


Kristine Heizel M. Ballad | Antipolo, Filipinas

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