quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Metáforas da Salvação - 26/11/2008 a 29/11/2008

Quarta, 26 de novembro

Evidência
Expiação: conceito ilimitado


4. O que o sacrifício de Cristo fez por nós? Rm 3:25, 26

Primeiro, esse sacrifício foi fornecido pelo próprio Deus para restabelecer nossa relação com Ele (Rm 3:25). Segundo, esse foi um ato de substituição. Cristo é descrito como sendo sem pecado, sem qualquer defeito; mas foi sacrificado como oferta de pecado (Rm 8:3; 2Co 5:21). Ele levou nossos pecados na cruz e morreu por nós e em nosso lugar (1Pe 2:21-24). Terceiro, o sacrifício de Cristo é propiciatório no sentido de que nos liberta da ira de Deus contra o pecado. Pelo sacrifício de Cristo, somos libertados dessa ira, e o amor de Deus nos alcança em salvação. Quarto, o sacrifício de Cristo fornece a fundamentação legal para a vontade de Deus de nos salvar. Nossa redenção e reconciliação não teriam sido possíveis sem o sangue sacrifical de Cristo (At 20:28; Cl 1:20; Ap 5:9). É em virtude de Sua morte na cruz como vítima sacrifical, única e sem igual, que Deus pode justificar aqueles que crêem (Rm 5:9). Ao condenar o pecado em Cristo, Deus demonstra ser justo quando justifica aqueles que nEle crêem (Rm 3:26).

No princípio, os seres humanos tinham um relacionamento íntimo com Deus. Podiam se comunicar diretamente com o Criador. Por causa do pecado, esse relacionamento íntimo foi rompido, afastando-os de Deus. “Pois são os pecados de vocês que os separam do seu Deus” (Is 59:2). Desde a queda, Deus tem tomado providências para derrubar essa “parede de separação” por meio da expiação de Jesus Cristo (Ef 2:14). William Tyndale reconheceu que esse conceito de remissão de pecados passados e reconciliação não tinha uma tradução direta na língua inglesa. Portanto, enquanto estava traduzindo a Bíblia inglesa de 1526, inventou a palavra “atonement” (“em união” + sufixo “mento”).1

A palavra-chave para a primeira parte desse conceito (expiação pelo pecado) é o termo hebraico kapper, que significa “cobrir”. Sugere a idéia de cobrir e remover o objeto (pecado) que está obstruindo a reconciliação entre duas partes (Deus e os seres humanos).2

A segunda parte desse conceito (reconciliação dos seres humanos com Deus) está relacionada às palavras gregas hilaskesthai, hilasmos e hilasterion, que são literalmente traduzidas como “reconciliar”, “reconciliação” e “propiciação”. Jesus Cristo Se tornou humano a fim de nos hilaskesthai com Deus (Hb 2:17). Ele Se tornou hilasmos pelos nossos pecados (1Jo 2:2; 4:10) e Deus O estabeleceu como hilasterion para Si mesmo (Rm 3:25).3

Embora Tyndale tenha tentado, não é possível englobar o conceito do sacrifício de Cristo numa única palavra. É por isso que as metáforas que temos discutindo nesta semana nos ajudam a compreender mais sobre o sacrifício que Jesus fez pela expiação de nossos pecados e para a reconciliação dos seres humanos com Deus. Ele proveu um meio através do qual podemos obter Seu perdão, e cabe a nós tirar vantagem desse meio que nos foi abnegadamente fornecido.

1. http://en.wikipedia.org/wiki/Atonement
2. John McKenzie, Dictionary of the Bible (Milwaukee: Bruce Publishing, 1965), p. 69.
3. Ibid.


Dakila Vine Villan | Muntinlupa, Filipinas

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