terça-feira, 8 de julho de 2008

"Tudo para com Todos": Paulo Prega ao Mundo - 08/07/2008 a 11/08/2008

Terça, 8 de julho

Exposição
Paulo prega ao mundo

Uma das experiências missionárias mais famosas de Paulo aconteceu em Atenas, onde viveram alguns dos maiores filósofos do mundo antigo, como Sócrates, Platão e Aristóteles. Mas veja que interessante: mesmo com toda a filosofia e todos os seus apelos à razão e à lógica, a cidade ainda “estava cheia de ídolos” (At 17:16, NVI). Que evidência de que, no seu âmago, a filosofia não pode responder às necessidades humanas básicas!

5. Na tentativa de alcançar aquelas pessoas, que abordagem Paulo adotou? Qual foi o resultado de seus esforços? At 17:18-34

Os epicureus ensinavam que a felicidade provém de uma boa vida com prazeres modestos. Os estóicos, por outro lado, insistiam com as pessoas que se contentassem com o que tinham. Juntos, filósofos estóicos e epicureus ouviram Paulo na praça e começaram a discutir com ele, chamando-o de “tagarela” (At 17:18).

“Eu me torno tudo” (1Co 9:22). Muitas pessoas fazem significativas mudanças na vida num momento ou noutro. Mas poucas chegam a fazer a mudança que Paulo fez. Ele era um destacado fariseu já no início da vida adulta. Então, mudou drasticamente, tornando-se cristão e unindo-se às pessoas que tinha perseguido e matado quando era fariseu.

Paulo era fabricante de tendas por profissão, teólogo por paixão, e pregador por necessidade. Sofreu naufrágios, foi aprisionado, espancado e apedrejado. Esteve em perigos relacionados a rios, bandidos, tempestades e pessoas de numerosos países e religiões – inclusive o seu próprio. Paulo sabia o que é ser exaltado e humilhado, amado e odiado, ouvido e ignorado. Paulo era um homem de extremos.

“Para todos” (1Co 9:22). Devido a suas origens e devoções, Paulo também tinha a facilidade de se misturar com muitos grupos de pessoas. Era um verdadeiro israelita e um cidadão romano. Fluente em ambas as línguas, também era capaz de se apresentar como ambas as coisas. Estudou a lei hebraica aos pés de Gamaliel, um famoso rabi, e foi trazido à fé cristã por uma visão do Cristo ressurreto. Paulo tinha ligações – romanas, judaicas e cristãs – e usava essas ligações com competência.

Paulo administrava bem sua familiaridade com as pessoas. Viajava extensamente, participava dos costumes locais, e falava inteligentemente sobre a religião, a política e o comércio local. Paulo tinha o costume de usar suas semelhanças com outros para transpor a distância entre eles. Fez três viagens missionárias e falou mais extensamente do que qualquer outro fundador da igreja cristã primitiva.

“A fim de poder, de qualquer maneira possível” (1Co 9:22). Quando o evangelho era suficiente, Paulo o proclamava. Contudo, quando ele podia ver que as pessoas do local precisavam de um estímulo filosófico, conectava-se a elas de maneiras com as quais até mesmo os cristãos de hoje se assustariam. Falando aos homens de Atenas, Paulo tomou o verso “também somos descendência dele” (At 17:28, NVI), da introdução da obra Phaenomena de Aratus – uma importante obra de um antigo poeta grego (de cerca do ano 315 a.C.) – e o aplicou a Jesus.

Como você acha que os líderes da igreja de hoje reagiriam a essa “citação errônea” no evangelismo? Você pode ter certeza de que Paulo foi atacado de todos os lados. Assim, sua autodefesa – de que ele estava disposto a usar “qualquer maneira possível” para cumprir a comissão do evangelho – era bem fundamentada.

“Salvar alguns” (1Co 9:22). Embora Paulo passasse muito tempo em proclamação pública, grande parte de seu sucesso como ganhador de pessoas se encontrava em relacionamentos pessoais. Ele nunca teria sido aceito nas fileiras dos apóstolos se não fosse por Barnabé, que o defendeu diante dos temerosos apóstolos e proclamou as obras, os sermões e a dedicação de Paulo como seguidor de Jesus. Se Barnabé não tivesse estado disposto a arriscar sua reputação e influência em favor de Saulo, “o matador de cristãos”, talvez Paulo, “o apóstolo”, nunca tivesse surgido.

Devido a Barnabé, Paulo foi aceito pelos líderes cristãos e se tornou seu defensor da fé. Ele conseguia falar com pessoas de todas as crenças. Usava sua influência e intelecto para enfrentar as maiores mentes de cada comunidade em que entrava, e ganhar-lhes o coração. Muitas vezes, Paulo permanecia numa localidade cerca de dois anos, desenvolvendo relacionamentos profundos com líderes locais e levando-os a Cristo e Sua igreja. Muitas das cartas de Paulo refletem esses relacionamentos, quando ele envia lembranças, por nome, a numerosas pessoas e lares.

“Tudo faço por causa do evangelho” (1Co 9:23). Paulo tinha um forte senso com relação a si mesmo. Ele se mantinha por conta própria enquanto ministrava, escrevia cartas com forte convicção (13 das quais estão incluídas no Novo Testamento), e obstinadamente proclamava sua posição como apóstolo. Contudo, quando estava presente entre as pessoas, pedia bem pouco para si mesmo e falava meigamente.

Ele possuía um senso ainda mais forte com relação ao evangelho – chegando por fim a ser morto em defesa de Cristo. Compreendia que todo o seu saber, liderança e sofrimento seriam inúteis se Jesus Cristo não fosse proclamado em toda mensagem, carta, apelo e ato. Paulo sabia o que devia fazer – o que desejava muito fazer – contudo, era interrompido em sua obediência por numerosas influências que o desviavam do alvo. O exemplo de Paulo nos permite ver o poder que o evangelho tem para nossa primeira conversão a Jesus e depois para nossa reconversão diária, ao colocarmos novamente nosso coração nas mãos do Salvador.

“A fim de tomar parte nas Suas bênçãos” (1Co 9:23). Paulo tirava sua força do exemplo de Cristo. Ele viu Jesus, “O qual, em troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz”, e viveu imitando-O. Os olhos de Paulo estavam sempre fixos no “Autor e Consumador da fé, Jesus” (Hb 12:2). Paulo sabia que um dia tomaria parte nas bênçãos do reino de Cristo.

David Edgren | Lilydale, Austrália

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