segunda-feira, 11 de agosto de 2008

O Apóstolo João - 11/08/2008 a 16/08/2008

Segunda, 11 de agosto

Exposição
O Apóstolo João


Jesus deu a João e a seu irmão Tiago um apelido especial – “filhos do trovão” (ou Boanerges, em aramaico). As evidências sugerem que esse nome se referia à sua disposição – uma disposição que Jesus corrigiu delicadamente.

3. Que pedido Tiago e João fizeram? Como Jesus respondeu ao pedido deles? O que esse fato nos diz sobre o caráter desses dois homens? Mc 10:35-45

João e seu irmão também exibiam um orgulho doentio. Em resposta a seu pedido, Jesus perguntou se eles podiam compartilhar Seu destino. “Podemos”, eles se jactaram (Mc 10:39). Em outra ocasião, Jesus e os discípulos pretendiam se hospedar em uma aldeia samaritana, mas não receberam hospitalidade.

4. O que a resposta deles a essa indignidade também revela sobre seu caráter? Quanto o amado João tinha que aprender? Lc 9:54

O convite (Mt 4:21, 22). Após Seu batismo, Jesus começou oficialmente Seu ministério público escolhendo discípulos. Um dos mais notáveis desses discípulos foi João. Ele e seu irmão eram também conhecidos como “filhos do trovão”. Pescadores por profissão, Tiago e João aceitaram o convite de Jesus e, assim, deixaram o comércio do pai para ir trabalhar com Ele.

De acordo com o costume judaico, os irmãos deviam trabalhar com o pai até que ele passasse para eles o negócio da família. Contudo, ao aceitarem o convite de Jesus, indicaram que não precisavam de sua herança, e iam fazer a vida com Jesus. Quando Tiago e João entraram no desconhecido, Jesus não lhes fez promessas quanto ao que o futuro lhes reservava, enquanto deixavam para trás a família, os amigos, uma profissão, um futuro definido e um plano de aposentadoria (Mt 8:19, 20). Dietrich Bonhoeffer o expressa desta forma: “Quando Cristo chama um homem, Ele está lhe pedindo para vir e morrer.”1 Quando João respondeu ao convite de seguir a Cristo, estava afirmando estar disposto a abandonar seu passado em troca de um futuro incerto.

O desafio (Mc 10:35-38; Jo 5:30). Durante três anos, João e os outros discípulos observaram o ministério de cura e ensino de Cristo, bem como Seu poder sobre a natureza. Durante o último ano desse ministério, Jesus falou com freqüência sobre o reino de Deus, e foi com isso em mente que João e seu irmão se aproximaram de Jesus com um pedido incomum. Ambos desejavam se sentar ao lado de Jesus em Seu reino. Jesus respondeu fazendo-lhes duas importantes perguntas que basicamente queriam dizer a mesma coisa: Vocês são capazes de passar pelas provas que Eu (Jesus) terei que enfrentar (Mc 10:38)?

Quando Tiago e João responderam afirmativamente, Jesus lhes disse que eles de fato passariam pelas mesmas provas que Ele, mas que Ele não tinha autoridade para decidir quem ocuparia os lugares de honra à Sua direita e à Sua esquerda. Isso demonstrava a total submissão de Jesus à vontade de Seu Pai (Jo 5:30). Quando aceitarmos o convite para seguir a Jesus, um dos maiores desafios será o fato de confiarmos ou não a Ele nosso passado, presente e futuro.

Chamados para servir (Mc 10:35-45). Os discípulos ouviram o pedido egoísta de Tiago e João de se assentar ao lado de Jesus em Seu reino. Esse pedido suscitou dissensão e desconfiança, o que promoveu uma confrontação. Jesus resolveu a disputa introduzindo um conceito que requereria uma mudança de paradigmas por parte de todos os discípulos: os que querem liderar precisam estar dispostos a servir. O paradigma da liderança naquela época, e ainda hoje, enfatiza que os líderes devem ser cultos, astutos, inteligentes e até mercenários. A liderança serviçal, porém, requer submissão a outros a despeito de como eles o tratem. Nós também lutamos com o conceito de liderança serviçal porque cada um de nós deseja estar no controle. Essa característica não deveria ser evidente entre os seguidores de Cristo. Aqueles que seguem Suas pegadas deveriam sempre perguntar: “O que Jesus faria?” E a resposta é: “Porque até o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida para salvar muita gente” (Mc 10:45). Somos chamados a seguir em Suas pegadas todo o caminho, até a cruz.

Agentes de esperança (Jo 15:13; 1Jo 3:1). Parece que em algum momento entre o Getsêmani, o Calvário e a ressurreição de Jesus, João foi ainda mais transformado. Teríamos que procurar muito para achar aquele seguidor de Cristo presumido, ambicioso, impetuoso, vingativo e crítico (Lc 9:51-56; ver Atos dos Apóstolos, p. 540). Em algum ponto ao longo da jornada de João, Cristo nasceu nele. Em João 13:23 e 19:26, ele é mencionado como o discípulo a quem Jesus amava (Jo 13:23; 19:26). Há quatro livros no Novo Testamento que testificam dessa mudança na vida e perspectiva de João. “A fervente e profunda afeição de João por seu Mestre não era a causa do amor de Cristo por ele, mas o efeito desse amor. João desejava tornar-se semelhante a Jesus; e sob a transformadora influência do amor de Cristo, tornou-se manso e meigo. O eu estava escondido em Jesus” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 544). Nenhuma pessoa comum teria pensado que João se tornaria um tal mensageiro do reino do Céu. Mas Jesus pensou. E é assim que Ele vê todo ser humano. Ele vê quem podemos ser quando nos colocamos em harmonia com Ele.

João convida os candidatos a discípulos a amarem como Jesus amou. Leia 1 João 3:1. Todos os discípulos de Cristo, hoje, deveriam ser conhecidos por seu amor e completa submissão à vontade dEle. Nosso mundo necessita urgentemente de pessoas que tenham experimentado a graça transformadora de Cristo. Precisamos examinar nosso coração e entregar tudo a Cristo. Só então poderemos seguir em frente e partilhar as boas-novas da salvação.

Pense nisto
1. Como você reage ao conceito de tornar-se servo ou escravo a fim de ser líder?
2. Como você reage às pessoas que vêem os cargos na igreja como o aspecto mais importante da vida?
3. Qual é a maior pedra de tropeço para uma entrega incondicional de sua vida?
4. Reflita em como você está ou não cumprindo seu papel como agente de esperança.

* Dietrich Bonhoeffer, The Call to Discipleship (New York: Simon & Schuster, 1995), p. 11.

Dilys Brooks Loma Linda, EUA

Marcadores: , , ,

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial