segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Importantes temas em 1 João - 07/09/09 a 12/09/09

Segunda, 7 de setembro

Exposição

O mistério da piedade


Não muito tempo depois de Jesus ter retornado ao Céu, alguns de Seus seguidores perderam de vista a realidade de carne e sangue de Sua missão terrena. Parece incompreensível para nós hoje que mal havia se passado uma geração após os homens e mulheres que viram e tocaram o Deus-homem, e já surgiram mestres que espiritualizaram Sua existência real e corpórea e as lições de obediência à vontade de Deus que Ele lhes exemplificou. Hoje em dia nós os chamamos de gnósticos. Descrevemo-los como pseudocristãos, porque efetivamente removeram Cristo e Seus ensinos do nível da realidade. Ele Se tornou uma presença espiritual. Suas palavras passaram a ser vistas como simples alegorias de uma verdade mais elevada.

Não é de admirar que Paulo insistisse em que seu “filho” Timóteo apreciasse o “mistério” da piedade. O verso resume a realidade de Cristo: “manifestado em corpo”, “justificado no Espírito” (isto é, conectado ao Divino), “visto pelos anjos” (antes de sair do Céu e depois de voltar para lá), “pregado entre as nações” (um Deus universal), “crido no mundo” (não um conhecimento secreto), e “recebido na glória” (1Tm 3:16, NVI). Pense nisto: essa sequência vai bem longe em revelar o mistério e aplicá-lo à lógica humana.

O caminho para Deus (Jo 14:6). Em João 14:6, Jesus está respondendo a Tomé (conhecido por sua recusa posterior de crer que Jesus havia ressuscitado até tocar nas cicatrizes das mãos e no lado do Mestre). Jesus estava dizendo a Seus seguidores que precisava partir para a casa do Pai, mas que voltaria para eles. “Vocês conhecem o caminho para onde vou” (verso 4, NVI). “Como... podemos saber o caminho?”, pergunta Tomé. Os versos seguintes a essa pergunta, em sua maior parte, têm que ver com a revelação que Jesus faz do Pai a Seus seguidores por Suas palavras e atos, com o amor do qual eles partilham, e com a prova desse amor, que está em guardarem Suas palavras.

Criado em justiça (Ef 4:25-5:21). Esses versos vêm após Paulo ter ensaiado uma luta com os poderosos ensinos dos falsos pregadores. Parece que eles estavam ensinando um evangelho “libertino”. De acordo com Paulo, o caminho de Jesus é o do “novo homem”: um homem “criado... em justiça e santidade” (verso 24, NVI). Significativamente, ele insere as palavras “para ser semelhante a Deus” após “criado”. Ele está conectando o milagre da regeneração – o “mistério da piedade” na vida de um cristão – com o milagre da revelação literal de Deus em Jesus. Os versos seguintes não são uma lista do que fazer para manifestar essa vida, mas especificações dos resultados do criador milagre do novo nascimento.]

Sempre tenho certo cuidado em usar os conceitos eruditos, mas frequentemente contaminados de C. S. Lewis, mas alegremente admito haver ganho um novo discernimento ao ler seu livro Cristianismo Puro e Simples alguns anos atrás. Ele fala da distinção entre o legalista e o santo – entre o preocupado com consecuções e o vencedor – entre os produtos da vontade própria e a mudança operada pela entrega total a um novo modelo de comportamento.

Guardem-se dos ídolos (1Jo 5:21). Aqueles dentre nós que pregam regularmente estão sempre à procura de bons materiais para sermões. É impressionante de onde vêm as ideias. Alguns se especializam em analogias relacionadas a esportes. Outros contam histórias sobre si mesmos, sua família, ou mesmo sobre membros de outros distritos – cujo nome geralmente não é mencionado. Alguns são capazes de dissecar um texto nas partes que o compõem usando grego e hebraico.

Sempre brincamos com essas abordagens. Mas de vez em quando alguns de nós percebem que a Bíblia nos deu alguns sermões praticamente em sua totalidade. Um deles é o livro de 1 João. Em minha Bíblia, ele tem três páginas e meia, e quando lido em voz alta e com sentimento se encaixa bem dentro do culto de adoração moderno. É uma joia de profundo sentimento, e uma explicação racional para o porquê e o como podemos nos tornar semelhantes a Cristo. Afinal de contas, João foi o mais empático de todos os discípulos. Jesus foi caloroso com ele como com nenhum outro. Ele confiou Sua mãe aos cuidados de João. Apareceu para João numa revelação especial mais tarde na longa vida do apóstolo amado.

Examinando novamente as palavras de João, noto que ele fala com frequência em seguir os mandamentos de Deus e em não pecar. Ele se demora cuidadosamente no poder de Deus para nos perdoar por causa de nosso Advogado. E escreve amorosamente sobre a promessa de Deus de nos criar de novo.

As palavras de João tornam impossível negar o chamado para uma vida renovada com Jesus e é improvável que isso resulte num senso fútil de auto-aperfeiçoamento. “Se, porém, andarmos na luz como Ele está na luz”, lembra João, “temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1Jo 1:7).

Mãos à Bíblia

No Novo Testamento, a igreja é representada por várias imagens como: sal (Mt 5:13), coluna (1Tm 3:15), edifício ou casa (Ef 2:21, 22), templo (1Co 3:16, 17), mãe (Ap 12:1, 2), noiva (Ap 21:2) e corpo de Cristo (Ef 1:22, 23).

2. Embora a palavra igreja não apareça em 1 João, o conceito está presente. Que imagem no livro nos ajuda a entender melhor como deve ser a igreja? 1Jo 2:9-11; 1Jo 2:13, 14; 1Jo 2:12, 18; 1Jo 3:1

Em 1 João, parece que a igreja é descrita principalmente como uma família. Existe o Pai celestial (12 vezes). Além disso, o próprio João é um tipo de pai, chamando os membros da igreja de “filhinhos” (1Jo 2:18). Os membros são filhos (13 vezes), pais e jovens (duas vezes cada), e irmãos (13 vezes). Essas expressões sugerem certo tipo de intimidade, um relacionamento próximo e amor mútuo, e dão a ideia de familiaridade.

3. Qual é a chave para o que significa ser parte da família de Deus? 1Jo 4:7

Lincoln E. Steed | Hagerstown, EUA

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