segunda-feira, 29 de junho de 2009

Jesus e as Cartas Joaninas - 29/06/2009 a 04/07/2009

Segunda, 29 de junho

Exposição

Somente Jesus


Do ponto de vista literário e de oratória ela é perfeita: uma mensagem complexa escrita com palavras simples; uma mensagem urgente dada em tons suaves. Contudo, a verdadeira beleza de 1, 2 e 3 João é a fonte de sua credibilidade. Usando nada mais que sua experiência, João escreve três breves “memorandos internos” às igrejas de seu tempo – memorandos que foram fundamentais para redirecionar a igreja de volta a seu caminho cheio de propósito.

Denunciá-los (1Jo 1:1, 3, 5-10; 2:1-9). Compreender as cartas joaninas requer um conhecimento básico de gnosticismo. Durante a época de João, essa teologia se tornou tão disseminada que muitos membros da igreja estavam apostatando (1Jo 2:19).

Os gnósticos separam os seres humanos em duas metades distintas – a carne, que é má, e o espírito, que é bom. Isso leva a um questionamento das crenças cristãs:

1. Os gnósticos diziam não ser possível que Deus, o Espírito Perfeito, assumisse a carne, o supremo mal. Portanto, alguns acreditavam que Jesus não tinha qualquer humanidade em Si, e que Seu corpo era uma ilusão. Outros gnósticos acreditavam que a divindade de Jesus residiu em Seu corpo só entre Seu batismo e crucifixão.

João respondeu com uma forte defesa baseada na experiência pessoal. Seu alvo era denunciar o gnosticismo, provando que Jesus era simultaneamente divino e humano. Usando o pronome “nós”, João se referiu aos outros discípulos e a si mesmo como aqueles que ouviram, viram e tocaram Jesus (1Jo 1:1). Esses encontros de primeira mão com Jesus eram suficientemente recentes de se comprovar, porque havia mais de uma testemunha de Sua vida na Terra como homem e Deus encarnado. Muitos dos discípulos que andaram com Ele estavam vivos quando João escreveu, tornando possível que os crentes mais jovens experimentassem vicariamente a mesma coisa que eles haviam experimentado. João os convidou a fazer exatamente isso a fim de que fortalecessem sua fé (1Jo 1:3).

2. Os gnósticos escolhiam um dentre dois estilos de vida extremados. Alguns viviam uma vida hedonista, dizendo que, uma vez que só importa a bondade do espírito, o corpo pode fazer tudo o que quiser. Outros viviam uma vida ascética, dizendo que, já que o corpo é mau, deve-se negar a ele todo prazer.

João respondeu que corpo e espírito não podem ser separados; ambos são partes de uma pessoa, que deve dar contas de seus atos como uma unidade, um indivíduo. A única maneira de distinguir o mal do bem é notar a ausência ou a presença de Deus. Usando a conhecida analogia da luz (1Jo 1:5-10), João escreveu que há dois estilos de vida – um, da luz, que inclui o sangue purificador de Jesus e a comunhão com outros cristãos; o outro, das trevas, em que as escolhas são guiadas pelo eu, e que leva à destruição.

“Há uma prevalência do gnosticismo hoje na igreja moderna e na igreja emergente. Isto é, a crença de que os pecados que cometemos na carne não são realmente tão consideráveis assim, e não afetam significativamente nosso relacionamento com Deus ou com a eternidade. A ideia de que, conquanto os pecados da carne não sejam o desejável, também não afetam muito a eternidade, é apoiada pela ideia de que o que realmente importa é o que ‘cremos’ em nossa mente e ‘sentimos’ em nosso coração.

“Os gnósticos não acham que isto seja possível – fazer morrer o pecado e nos arrependermos do pecado quando ele se revela em nossa vida. Eles estão se esquecendo de que quando estamos em Cristo é como se tivéssemos morrido com Ele e tivéssemos ressuscitado com Ele em novidade de vida, tendo vitória sobre o pecado e a morte. Essa novidade de vida começa imediatamente e a vitória sobre o pecado está imediatamente à disposição e deve começar a produzir resultados. É sobre isso que João está falando. O que fazemos na carne, em e com nosso corpo, importa. Isso revela nosso coração e é um indicativo que mostra se verdadeiramente nos submetemos a Cristo, aceitamo-Lo como Salvador, e permanecemos apenas nEle.”*

Aceitá-Lo (1Jo 2:2). A resposta de João a toda a confusão causada pelo gnosticismo foi simples: olhe para Jesus. Primeiro, para enfatizar que Jesus é tanto divino quanto humano, João fala detalhadamente de Seu papel como nosso Advogado. Depois, chama a atenção para a vida e ensinos de Jesus que iluminam o que as pessoas têm conhecido e praticado ao longo de gerações.

João está dizendo: Eu dou meu testemunho em favor de Jesus, e você também pode fazê-lo! Simplesmente experimente-O, e você poderá ser uma testemunha pessoal. Sabemos que verdadeiro amor por Deus resulta em obediência (1Jo 1:5-7), mas a vida de Jesus na Terra mostra como o amor a Deus resulta em mais do que obediência à lei. Ele nos mostra como o amor entre Deus e os seres humanos é um relacionamento de três vias: o amor de Deus por nós é expresso em perdão; nosso amor por Deus resulta em obediência ao amor de Deus; o fato de Deus e nós partilharmos de um relacionamento íntimo resulta em amor por outros.

João mostra como o corpo e a natureza espiritual são interdependentes; como a fé resulta em atos; como a salvação não pode ser uma crença que é contradita por nosso estilo de vida. Essas epístolas defendem enfaticamente o resultado do incompreensível ato de amor divino ao permitir que Jesus Se tornasse homem e tomasse a cruz do pecado. Deus o fez para que pudéssemos usar Seu poder divino a fim de vencer o mal, de forma que pudéssemos viver divinamente apesar do pecado.

Um Jesus divino Se tornou plenamente humano para que pudéssemos ser “divinos”, sendo humanos.

*“Are you a modern-day gnostic? Maybe you know one.” Domingo, 27 de maio de 2007. Extraído em 14 de abril de 2008 de www.transformeddaily.com
Mãos à Bíblia


2. Que assuntos principais João menciona em sua segunda epístola? 2Jo 1-3; 2Jo 4; 2Jo 5, 6; 2Jo 7-11; 2Jo 12, 13

Em 2 João, o apóstolo expressa gratidão porque os “filhos da senhora eleita” (membros da igreja) andam na verdade. Ele também menciona o amor e a obediência e, então, concentra seu discurso nos falsos mestres que já havia mencionado na primeira epístola. Ele emprega novamente a expressão anticristo. Na conclusão, João expressa o desejo de visitar membros daquela igreja. Ele também transmite saudações. Enquanto 1 e 2 João advertem contra os falsos mestres, 3 João mostra como se deve resolver problemas de liderança na igreja.

Fylvia Fowler Kline | Medford, EUA

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