terça-feira, 7 de outubro de 2008

O Rompimento da Ordem Estabelecida por Deus - 07/10/2008 a 11/10/2008

Terça

Exposição

O poder santificador de Cristo


4. Qual é a relação entre o amor de Deus e Sua lei? Mt 22:37-40; Jo 3:16; 14:15, 21; 1Jo 5:3

Em contraste com a obediência amorosa, existe a ilegalidade (veja 1Jo 3:4). A palavra ilegalidade se refere a uma atitude profundamente arraigada no coração dos rebeldes. Fala de caos e anarquia como substitutos da lei divina, que representa o caráter de Deus.

5. Leia a ordem de Deus e as palavras de Satanás para Adão e Eva (Gn 2:17; 3:4, 5). Que é possível entender essa contradição?

A obediência do primeiro casal à ordem divina mostraria que eles estavam escolhendo livremente a vida eterna com Deus. Foi essa vontade divina claramente expressa que Satanás atacou e a que se opôs, oferecendo, em seu lugar, total “independência” de Deus. Essa foi sua meta básica no Céu: independência da vontade divina, ser sua própria lei, sem responsabilidade para com ninguém.

A sociedade está saturada da ética pós-moderna, a qual dá a entender que a salvação pode ser obtida através de vários meios. Como, então, podem os cristãos continuar confiantemente a crer no conceito de substituição com base em quem Cristo é, no que Ele fez e no que Ele continua a fazer?

A salvação é pessoal (1Jo 1:7). Qualquer pessoa que deseje ser salva precisa estar numa relação de compromisso com Cristo. Leia 1 João 1:7. A palavra “se” nesse verso estabelece um elemento condicional. João habilmente traça a relação de conseqüência que existe entre andar e não andar na luz. Assim ele declara que aqueles que vivem na luz são completamente opostos aos que não vivem. Os psicólogos do comportamento nos dizem que este é determinado pela experiência, e que tais experiências moldam a personalidade. Portanto, a personalidade é resultado da experiência. Dessa forma, aquilo em que estamos nos tornando depende em grande parte de nossas experiências. Certa vez, vi um anúncio que dizia: “Você é o que come.” Por extensão, podemos dizer que somos o que cremos, e que nosso estilo de vida representa nossa pessoa, o qual é evidência dos princípios que nos governam.

Em 1 João 1:7, a palavra “andamos” está no tempo presente ativo, e uma vez que o sujeito está praticando a ação, a responsabilidade de andar na luz pertence ao indivíduo. “Andar”, então, é uma expressão empregada por João para significar “todo o ciclo de atividades da vida individual”.1 Assim, a vida cristã bem-sucedida requer um esforço consciente e determinado por parte do cristão. A escolha é significativa na realização do processo de santificação. Os indivíduos têm a responsabilidade de escolher submeter continuamente sua vontade pecaminosa a Deus, a fim de que a santificação ocorra. Só então podemos retornar à vida que Deus planejou para nós. “A santificação não é uma rotina que vai prosseguir seja o que for que façamos ou não façamos. Ele requer, por um lado, uma superintendência e uma cirurgia diretas e, por outro, um ódio prático ao mal, de nossa parte, que coopera com a administração de Deus.”2

Através de Cristo a salvação humana é realizada (1Jo 1:7). O que ou quem nos coloca na presença de Deus? A resposta se encontra nas seguintes palavras: “O sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” Assim, o significado é colocado no sangue, que alude ao sistema sacrifical judaico e acentua o significado da crucifixão de Cristo em nossa restauração para com Deus. O sangue é a sede da vida e do sacrifício como meio de expiação (Lv 17:11).

Portanto, todo aspecto da vida judaica era conduzido tendo como referência o santuário. Ele era o centro da vida deles, e a existência deles dependia do ministério substitutivo realizado ali. O ministério do santuário era o tipo que apontava para o antítipo: o ministério de Cristo pelos seres humanos caídos. Da mesma forma, é a eficácia da morte substitutiva de Cristo e do sangue derramado que torna a comunhão com Deus uma realidade. O sangue de Cristo é a garantia da concretização da nova criatura (2Co 5:17).
Uma vez que Jesus condenou o pecado, Seu sangue é capaz de quebrar o poder do pecado na vida do cristão. Jesus é o agente purificador para a pecaminosidade e a única esperança de livramento do poder viciador do pecado.

Após a desobediência dos seres humanos no Éden, Cristo, o divino Sumo Sacerdote, os sentenciou imundos. Conseqüentemente, a humanidade ficou separada de Deus e, por si mesma, não podia encontrar o caminho de volta. Cristo, portanto, tomou sobre Si a prerrogativa divina de alcançá-los, e, ao fazê-lo, se tornou um ser humano. Ele não só diagnostica a doença do pecado, mas Ele próprio também é a receita para a cura – receita que precisa ser tomada diariamente para que se tenha vida.

Evidências físicas (Dt 7:5, 6; Rm 8:1, 2). A evidência da santificação divina é a vida santa. Santificação significa “separação do uso comum”. Deus endossa essa definição através de Seu servo Moisés em Deuteronômio 7:5 e 6. Tire tempo para ler esses versos agora.

Só Deus é santo de maneira inata. Contudo, o atributo da santidade foi atribuído aos israelitas após eles terem sido chamados por Deus e proclamados por Ele como santificados. Ele os considerou responsáveis por viver vida santa como resultado dos processos que eles experimentaram. No contexto do Novo Testamento, os crentes são chamados e santificados pelo Espírito de Deus (Rm 8:1, 2). Conseqüentemente, os crentes são santos. Os escritores do Novo Testamento apelaram aos crentes que vivessem uma vida de santidade porque Deus os declarou santos. Leia em 1 Pedro 2:9 e 10 como o apóstolo ilustra isso.

Precisamos entender, porém, que o viver santo, que manifesta a santificação humana, não é sinônimo de perfeição. “Santificação não significa perfeição alcançada, mas o progresso da vida divina em direção à perfeição. A santificação é a cristianização do cristão.”3

A primeira epístola de João (17) ilustra a estrutura relacional tanto horizontal quanto vertical da vida cristã por meio da conexão ascendente, interior e exterior. Nossa conexão ascendente com Deus, tornada possível através do sacrifício expiatório de Cristo, nos predispõe à ação do poder redentor de Deus. Isso, por sua vez, efetua uma mudança transformadora interior na natureza pecaminosa do ser humano, que produz manifestação exterior dessa transformação interior.

1. W. E. Vine, et al., Vine’s Complete Expository Dictionary of the Old and New Testament, p. 664.
2. H. A. Strong, Systematic Theology, p. 870.
3. Ibid., p. 869.


Ernest Pendenque | Mahaut, Dominica, Antilhas

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