terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Bons pensamentos - 01/02/2011 a 05/02/2011

Terça, 1º de fevereiro

Exposição
A mente de Cristo


Nossos sentidos às vezes nos pregam algumas peças. A visão é enganada por ilusões de ótica, fazendo o cérebro perceber efeitos como padrões que se movimentam e esboços de formas que na verdade não existem. A audição pode ser enganada pela música, já que o cérebro é seletivo sobre o que capta. Em particular, ele se acostuma a vários padrões de som, e pode pensar que ouve uma nota que na verdade não soou.

Parece estranho que a sintonia de nossos sentidos possa ser um pouco indistinta, mas e se isso fosse verdade também em relação a nossos processos de pensamento? E se o “mundo” dentro de nossa cabeça – nosso “mapa mental” pelo qual interpretamos a vida – não estivesse totalmente alinhado com a realidade exterior? A Psicologia afirma que, até certo ponto, isso é verdade em relação a todos nós. Algumas experiências da Bíblia ilustram pensamentos distorcidos sobre Jesus, Seus mensageiros e Sua teologia.

Mente distorcida (At 14:2; 15:24; Gl 3:1). Em Icônio, Paulo e Barnabé falaram convincentemente sobre a graça de Deus. “Mas os judeus que se tinham recusado a crer incitaram os gentios e irritaram-lhes os ânimos contra os irmãos.” (Atos 14:2). Esse texto não só subentende que a distorção desagradável é possível, mas também mostra como os apóstolos lidaram com o problema. Não se desviaram de sua mensagem para se voltar contra os desordeiros. Também não recorreram a táticas desleais, como o mexerico e a calúnia, nem se retraíram em silêncio e submissão. Ao contrário, continuaram a pregar o evangelho “falando corajosamente do Senhor”, confirmando a mensagem com sinais e maravilhas (verso 3). Isso quase custou a Paulo sua vida (versos 19, 20).

Os crentes também podem ser enganados. Algumas pessoas que estavam de visita a Antioquia provocaram forte debate ao afirmarem que a circuncisão era necessária para a salvação (At 15:1). Os líderes em Jerusalém rejeitaram essa afirmação, dizendo que os visitantes “os perturbaram, transtornando a mente... com o que disseram” (v. 24). A correção deles foi bem recebida (versos 30-35), e o conflito foi resolvido amigavelmente.

Mais tarde, Paulo repreendeu toda uma região: “Ó gálatas insensatos! Quem os enfeitiçou? Não foi diante dos seus olhos que Jesus Cristo foi exposto como crucificado?” (Gl 3:1). Eles também se esqueceram de que o Espírito Santo é recebido pela fé, não pela confiança na guarda da lei e no esforço humano (versos 2-14). Aqui vemos descrentes envenenados contra o evangelho, crentes que tiveram sua teologia transtornada e ainda outros crentes enfeitiçados quanto à morte de Cristo e o Espírito Santo.

A “terapia cognitiva” tenta desafiar o pensamento inútil, embora seu domínio seja mais amplo que nossos exemplos e seus praticantes não sejam inspirados como a Bíblia. Seu alvo é interceptar e refutar pensamentos que levem a estados de espírito indesejáveis. Da mesma forma, as Escrituras procuram a “inteireza” de uma pessoa, incluindo uma estreita inter-relação entre pensamentos, sentimentos e comportamento.

Adoração no íntimo (Mc 7:21-23; Lc 6:45). Alguns líderes religiosos confrontaram Jesus porque discípulos comeram sem antes lavar as mãos (Mc 7:2). Jesus os repreendeu como “hipócritas” (verso 6), um termo que originalmente descrevia atores que representavam uma peça e subentendia representar um papel na vida. Esses líderes representavam uma vida santa, mas seu coração e mente estavam impuros.

Jesus esclareceu a verdadeira fonte da contaminação: “...é de dentro, do coração, que vêm os maus pensamentos, a imoralidade sexual, os roubos, os crimes de morte, os adultérios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calúnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas consequências. Tudo isso vem de dentro e faz com que as pessoas fiquem impuras” (versos 21-23). Na língua original, a palavra para “coração” significa o íntimo ou âmago de uma pessoa. O conceito pode se referir à mente e, em menor extensão, às emoções.*

Da mesma forma, as coisas boas também vêm de dentro. Conhecemos uma pessoa por seus frutos (Lc 6:43-45). Jesus declara que comportamentos tanto bons quanto maus vêm do interior da pessoa.

Olhar para cima (Sl 19:14; Cl 3:1-17). Davi compreendeu que precisava olhar para cima, para Deus (Sl 19:14). Deus lhe revelou que suas palavras e pensamentos eram importantes. Anteriormente, nesse salmo, Davi se maravilha com a criação de Deus (verso 1). Também louva as instruções de Deus como puras, retas, verdadeiras e capazes de tornar a pessoa sábia, alegre e justa (versos 7-9).

Devemos buscar sabedoria (Ec 1:13) e nos ensinar e corrigir mutuamente (Cl 3:16). A visão bíblica do mundo integra uma dimensão espiritual. Como o novo eu “está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador” (verso 10), Paulo nos encoraja a manter “o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas” (verso 2). Ele também nos encoraja a fazer morrer o comportamento terreno, como “imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria” (verso 5; veja também versos 8 e 9). Revestir-se de qualidades como “compaixão, bondade, humildade, mansidão”, perdão e amor (versos 12-14) é revestir-se do caráter de Cristo.

*Larry L. Walker, “Heart” in David Noel Freedman, ed., Eerdmans dictionary of the Bible (Grand Rapids: Eerdmans, 2000), p. 563.


Mãos à Bíblia

“Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas” (Fp 4:8).

5. Qual é a essência das palavras de Paulo a nós? Qual é a chave para fazer o que ele diz? 2Pe 3:1, 2

Muitas pessoas têm obtido bênçãos por guardar na memória os textos da Bíblia. Quando passam por momentos difíceis, repetem esses pensamentos em sua mente e obtém alívio e paz. A oração é outra forma de manter a mente longe das dificuldades. Enquanto falamos com Deus, encontramos proteção certa contra pensamentos.

Colin MacLaurin | Melbourne, Austrália

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