segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Luta Pelo Poder - 21/09/09 a 26/09/09

Segunda, 21 de setembro

Exposição
Poder

Lutas pelo poder (Is 14:13, 14). Sandra e o marido contendiam numa calorosa discussão quando o conselheiro perguntou: “Vocês querem ser felizes, ou vocês querem estar certos?”

A tensão parecia chegar ao auge quando os membros da igreja exigiam ou uma explicação ou a renúncia do pastor, que, embora fiel, estava agora sendo acusado.

O gerente, pálido, diz ao empregado: “Ou é do meu jeito, ou rua!”

Dois colegas de classe dividem dolorosamente seu dormitório em partes iguais, cada um desafiando o outro a “cruzar a linha”.

Um pai idoso recusa dar liberdade ao filho adulto, ignorando a necessidade de independência, autonomia e respeito daquele filho.

Algum desses cenários lhe parece incrivelmente familiar? Talvez sim, ou talvez não; mas essas são o que os autores contemporâneos definem como lutas pelo poder.

A retórica é mais ou menos esta: se eu não posso fazer você ver as coisas do meu modo, se eu desejo algo que você tem, se sinto uma necessidade exagerada de defender o que é meu, ou se você não quer fazer as coisas do meu jeito, então, apesar de sua resistência, isso vai lhe custar algo. A essa altura, a pessoa decide aplicar poder, negar amor ou decretar alguma consequência punitiva. Inicia-se uma luta pelo poder.

A igreja não é imune (3Jo 9). As lutas pelo poder são endêmicas em todas as facetas da vida. Podem ocorrer em relacionamentos ou no emprego, na sala de aula, dentro das famílias ou também em nossa vida espiritual. Na verdade, nossa sociedade hoje está infestada da necessidade de poder. “Um traço comum e quase adorado da existência humana é o poder. Poder para manipular. ... Poder para fazer as coisas acontecerem. Poder para obter o que desejo. Poder para conseguir que você faça o que eu quero”, diz Steven Haley.

A estarrecedora realidade, contudo, é que a igreja não está imune a essa doença. Do púlpito ao banco (e eu poderia acrescentar: de volta do banco ao púlpito), as lutas pelo poder surgem sorrateiramente. Como isso acontece? E que solução a Bíblia oferece?

Primeiro vamos definir o que é poder. O dicionário de Webster define poder como “uma pessoa ou coisa que tem grande influência, força ou autoridade”. Então, onde entra a luta? O poder só se torna uma luta quando passa de influência a manipulação direta.

O poder é expresso em termos relacionais. Se examinarmos a Bíblia, encontraremos muitos exemplos positivos de poder usado corretamente. Contudo, também encontramos muitos exemplos de luta pelo poder. É mais ou menos confortador saber que não somos os únicos a experimentar essas provações. Romanos 15:4 afirma isto, lembrando-nos que “tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança”.

Portanto, olhemos para algumas histórias da Bíblia a fim de descobrir como nossos predecessores espirituais lidaram com essa questão.

Moisés esteve dolorosamente próximo das lutas pelo poder. Números 16 nos leva de volta a um dia em que três homens lideraram uma rebelião. Vemos que as lutas pelo poder podem acontecer quando alguns estão insatisfeitos com a liderança. Começou com Coré, o líder daquele movimento. Ellen White escreve que “era homem de habilidade e influência. Embora designado para o serviço do tabernáculo, descontentara-se com sua posição, e aspirara à dignidade do sacerdócio” (Patriarcas e Profetas, p. 395). Ela prossegue dizendo que ele “finalmente concebeu o ousado plano de subverter tanto a autoridade civil como a religiosa” (Ibid.). Pela sua dureza de coração, os rebeldes acabaram sendo destruídos.

O que podemos aprender desta luta pelo poder?

Lição 1: o orgulho e a ambição abrem a porta à inveja e à luta pela supremacia. (Ver Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 403, 404.)
Lição 2: persistir numa luta pelo poder não vale a pena e não resulta em lucro. Saul perpetrou uma luta pelo poder entre si próprio e Davi. 1 Samuel 24:4-8 realça o clímax de uma distorcida perseguição de gato e rato e uma luta entre esses dois homens. A luta de Saul pelo poder é de certa forma um paradoxo. Sendo que ele já era rei, tinha o poder do rei. Então, para que lutou tanto? Perdeu seu próprio destino real por desobedecer a Deus num teste anterior com os amalequitas. Sua escolha acabou afetando seu destino espiritual.

Com Saul, podemos aprender o seguinte:

Lição 3: suas lutas foram alimentadas pelo ciúme. Ele via Davi como uma ameaça porque Davi era dotado do que ele havia perdido: favor de Deus.

Lição 4: é melhor obedecer do que sacrificar (1Sm 15:22). Não vale a pena sacrificar seu relacionamento com Deus pela gratificação temporária do poder.

E, por último, mas não menos importante, encontramos sábio conselho e consolo oportuno para nós em 1 Pedro 5:2 e 3. Aqui o apóstolo encoraja a liderança: “Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir. Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho” (NVI). Em João 13:1-12, a Bíblia claramente nos dirige a servir a outros e a controlar a nós mesmos. Nosso dever espiritual nos leva a fazer a nós mesmos a pergunta: “O que estou disposto a sacrificar por Cristo? Como Deus usa Seu poder para me salvar, me redimir e me amar?”

Em última análise, isso não tem que ver com quem podemos controlar, mas com quem nos controla. Quem é realmente a pessoa influente em nossa vida? É Jesus Cristo?

“‘Não por força, nem por violência, mas pelo Meu Espírito’, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4:6, NVI).

Mãos à Bíblia


3. Qual era o costume de Gaio e de sua igreja para com os estrangeiros? 3Jo 5-8. Que lição importante existe para nós nesse texto?

No tempo de João, alguns missionários itinerantes pregavam gratuitamente o evangelho e precisavam de algum alimento e um lugar para passar a noite. Ao contrário dos heréticos, esses missionários eram pessoas dedicadas a Deus em todos os sentidos. Gaio os apoiava e lhes oferecia hospitalidade.

4. Leia Apocalipse 14:6. Quem é esse anjo, e quão abrangente é sua missão?

Devemos ter consciência de nosso chamado para apoiar o trabalho de anunciar o evangelho em todos os lugares do mundo, qualquer que seja nossa posição e nosso papel.

Paula Louise Thompson | Helena, EUA

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