segunda-feira, 23 de março de 2009

Confiança no Dom Profético - 23/03/2009 a 28/03/2009

Segunda, 23 de março

Exposição

Corações e portas abertos


Confiança no dom profético3. Por que os bereanos conferiam as declarações de Paulo, comparando-as com as Escrituras? Por que não confiavam cegamente nas palavras dele? At 17:11

Paulo pregou a Cristo a partir das Escrituras, mostrando que Ele era o Messias prometido. Mas, as palavras de Paulo tinham que ser confirmadas pela Bíblia.

4. O que os textos a seguir dizem sobre a importância do estudo das Escrituras? Pv 2:1-6; Is 34:16; Mt 4:4; Ap 1:3

Ellen White exaltava constantemente a Palavra de Deus e encorajava os membros da igreja a estudá-la. “Recomendo-lhe, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de fé e prática”, ela escreveu em Primeiros Escritos (p. 78). Os escritos de Ellen White nunca devem ser usados em lugar da Bíblia, mas como um comentário inspirado a ela.

Perseguindo os profetas (Mt 23:27-32). Essa passagem constitui o último dos “sete ais” com os quais Jesus denunciou os escribas e fariseus por sua hipocrisia. Nesses versos, Ele diz que eles mostravam honra e respeito por profetas mortos, até mesmo construindo e preservando seus túmulos, enquanto desprezavam as mensagens dos profetas vivos. Por seus atos, revelavam que estavam seguindo o exemplo de seus pais, que perseguiram os profetas. Jesus aqui se refere a uma tradição que aparece ao longo de todo o Antigo Testamento – a de que os líderes de Israel haviam matado os profetas que lhes haviam sido enviados (por exemplo, 1Rs 19:10, 14; 2Cr 24:18-22; 36:15-17; Ne 9:26; Jr 2:30; e 26:20-24). Esta passagem em Mateus não apenas serve de exortação para que demos ouvidos às palavras dos profetas, mas também para nos lembrar de que não devemos ficar surpresos quando os profetas são ignorados ou rejeitados.

O Servo sofredor (Sl 41:9; Is 53:4-6). Quando Jesus repreendeu os escribas e fariseus por rejeitarem a palavra profética em seus próprios dias, Ele os estava condenando por rejeitar tanto Suas mensagens como as mensagens de João Batista. A recepção que Jesus teve não era incomum, e foi predita pelos profetas anteriores que testificaram dEle (Jo 5:39), retratando-O como um “servo sofredor”, “desprezado e rejeitado pelos homens” (Is 53:3) – rejeitado até por um amigo íntimo (Sl 41:9). Anteriormente, em Mateus 5:10-12, Jesus disse aos discípulos que deviam esperar perseguição e se regozijar nela, porque esse foi o mesmo tratamento que os profetas receberam. É também partilhar de Seus próprios sofrimentos.

A prioridade da Bíblia (Jo 5:39; At 17:11). Os escribas e fariseus afirmavam estar honrando os profetas do passado, mas ao deixarem de reconhecer Jesus, mostraram que não deram ouvidos ao testemunho profético. Examinavam as Escrituras pensando que as simples palavras em si tinham a vida eterna. Deixando de ver que as Escrituras testificavam dEle (Jo 5:39).

É possível alguém ser diligente em ler a Bíblia, mas deixar de compreender seu significado! A mensagem profética aponta para Jesus. Se a estamos lendo e não O encontramos nela, não a estamos lendo corretamente. Se a lemos e vemos apenas a lei, e não o evangelho, não a estamos lendo corretamente. Mesmo o maior dos livros proféticos do Novo Testamento, o livro do Apocalipse, é a “revelação de Jesus Cristo” – tanto vem dEle quanto O revela. Ela O mostra em glória, como Aquele a quem foi dada toda a autoridade, como Aquele que virá novamente para dar fim ao pecado e criar um novo céu e uma nova Terra. Se lemos o Apocalipse e ficamos absortos com as linhas de tempo, bestas e números, e não vemos Jesus como o centro do livro, estamos deixando de compreender seu significado.

Podemos dizer que isso é também um teste para os profetas posteriores. Eles pregam Jesus? Se estiverem de acordo com a tradição dos profetas bíblicos, precisam fazê-lo. Ele deve ser o ponto central da mensagem deles, e o que eles dizem sobre Ele deve ser consistente com as Escrituras. A Bíblia deve ser o teste de qualquer palavra profética, de duas maneiras. Primeiro, por causa do valor normativo da Bíblia. Só ela é nosso credo, só ela é o padrão pelo qual todos os ensinos devem ser julgados. Segundo, por causa do princípio cristocêntrico que acabamos de expor: Jesus é o centro das Escrituras. Por isso, Ele precisa estar no centro da mensagem de todo profeta.

Jesus disse que um dos sinais do fim seria o aparecimento de muitos falsos profetas (Mt 24:24). Isso certamente é verdade em nossos dias. É claro que precisamos ter certo grau de ceticismo. Não podemos crer em toda pessoa que afirme ser profeta. Precisamos examinar as Escrituras e por elas pôr à prova os supostos profetas. Embora os profetas precisem esperar perseguição, como já vimos, os profetas verdadeiros sempre acolherão o ceticismo que está enraizado num compromisso de tudo conferir pela Bíblia (At 17:11).

O verdadeiro propósito da profecia (At 10:9-16; 44-48). Qual, então, é o propósito da profecia? Ela sempre aponta para Jesus, e sobre Ele prega uma mensagem consistente com a Bíblia. Nesse sentido, ela nunca nos diz algo que já não devêssemos saber. Ao contrário, abre-nos novos horizontes e novas implicações. Ajuda-nos a aplicar os ensinos de Jesus a novas situações. A visão de Pedro dada em Atos 10:9-16 e 44-48 nos dá um exemplo de como isso pode funcionar. Até então, os apóstolos estavam testemunhando fielmente de Jesus, mas o testemunho deles era limitado ao povo de Israel. Jesus lhes havia dito que eles precisavam ser Suas testemunhas até os confins da Terra (At 1:8), mas anos depois, eles ainda não haviam progredido muito além das regiões que o próprio Jesus havia percorrido.

A visão de Pedro mudou tudo isso. Ele viu alimentos imundos serem baixados até ele num lençol. Uma voz disse: “Levante-se, Pedro; mate e coma.” Ele respondeu, três vezes: “Jamais comi algo impuro ou imundo!” Ele acordou da visão, desceu a escada e cumprimentou os homens que o procuravam da parte do centurião romano Cornélio. De repente, a visão fez sentido. “Eu não deveria chamar impuro ou imundo a homem nenhum” (NVI). A mensagem do evangelho não pode ser limitada ao povo de Israel. Deve ser levada a todo o mundo. Ela derrubou as barreiras dentro da mente de Pedro e abriu novas avenidas para o ministério.

Pense nisto


1. Por que as afirmações proféticas precisam ser conferidas pela Bíblia?
2. Como o dom profético abriu seus olhos para novos desafios?

William J. Cork | Houston, EUA

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