terça-feira, 5 de abril de 2011

De exaltado a caído - 05/04/2011 a 09/04/2011

Terça, 5 de abril

Exposição
De exaltado a caído


Tudo é realmente de Deus! Em João 1:1-3 e Colossenses 1:15-17, descobrimos que todas as coisas foram criadas através de Cristo. A Bíblia não diz que apenas algumas coisas foram criadas por Ele mas, sim, que “todas” as coisas foram criadas por Ele e que tudo era perfeito. A Bíblia ainda vai mais longe ao afirmar que, “sem Ele, nada do que foi feito se fez” (v. 3, RA). Apesar disso, ao olharmos para o mundo ao nosso redor, enxergamos imperfeição desde o momento em que acordamos e nos olhamos no espelho até a hora em que deitamos novamente para dormir. A imperfeição é gritante em todas as formas de mídia. Como pode ser isso possível se realmente Cristo, o Filho de Deus, criou um mundo perfeito? Para encontrarmos a resposta, precisamos retornar ao começo de tudo.

Imperfeição dentro da perfeição (Is 14:12-14; Ez 28:12-19). Lúcifer era único. A Bíblia se refere a ele como sendo a “estrela da manhã” e o “filho da alvorada” (Is 14:12). A palavra perfeição denota a ausência de defeitos. A descrição de Lúcifer parece se encaixar nessa definição muito bem. Além de se referir a Lúcifer como estrela da manhã e filho da alvorada, a Bíblia também o descreve como cheio de sabedoria e perfeito em beleza e o compara à beleza e perfeição do Jardim do Éden (Ez 28:12-19). Ele “permanecia na luz da presença de Deus. Ele era o mais alto de todos os seres criados e, sobretudo, em revelar os propósitos de Deus para o Universo (The SDA Bible Commentary, v. 4, p. 676).

Deveríamos, no entanto, nos questionar: se Lúcifer era perfeito em todos os sentidos, como o pecado pôde ter encontrado lugar em seu coração? Foi ignorada alguma falha no processo de criação dessa criatura perfeita? Ou a perfeição é diferente para nós em relação ao ponto de vista de Deus? Ezequiel 28:15 nos dá uma ideia do que é perfeição aos olhos de Deus. “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado” (Ez 28:15, RA). Aqui, a palavra perfeito em hebraico (tamim) não significa uma perfeição sem pecado. Para ser mais exato, ela significa “completo,” “direito” e “são” (The SDA Bible Dictionary, p. 840.) A forma grega teleios significa “completo,” “adulto” e “maduro”. Também precisamos levar em conta o conceito do livre-arbítrio. Deus não criou os seres humanos nem os anjos, incluindo Lúcifer, para serem robôs. O Criador concedeu a eles e a nós a liberdade de escolher entre o certo e o errado. Por isso, o que Ezequiel 28:15 nos mostra é que, no Universo de Deus, o conceito de “perfeito” inclui a habilidade de escolher entre o certo e o errado. Sem esse poder de escolha, a humanidade e os anjos não seriam moralmente livres.

Em sua perfeição, Lúcifer permitiu que seu orgulho se sobrepusesse ao seu amor pelo Criador. O líder da adoração celestial queria ser adorado. Queria tomar o lugar do Altíssimo. Essa vaidade se tornou uma obsessão que não poderia ser saciada por seu próprio cargo, beleza, talento ou autoridade. Lúcifer queria mais do que Deus havia tão generosamente lhe dado. Esse desejo o conduziu ao princípio do pecado.

A palavra pecado em hebraico, chatta’ah e, em grego, harmartia, significam ambas “errar (o alvo)” ou “não chegar até” (Ibid, p. 1018.) Lúcifer errou o alvo quando deixou de viver o plano de Deus para ele. Errou o alvo quando questionou a posição na qual Deus o havia colocado. Porque Lúcifer escolheu andar fora dos planos de Deus, deu início ao que agora chamamos de pecado. Porque ele pecou, tentou Adão e Eva. E porque Adão e Eva pecaram, nós também somos pecadores.

Reconstruindo a ponte (Dt 8:1-18; Ec 12:13; Jo 3:16, 17). Por causa de Sua graça, Deus colocou em ação o plano da salvação. Apesar do fato de sermos imperfeitos e estarmos separados dEle por causa do pecado, o sangue de Jesus cobre a todos aqueles que aceitam Sua morte em seu favor. Dessa forma, os seres humanos podem novamente se tornar perfeitos aos olhos de Deus. Assim, os crentes podem estar onde Deus deseja que eles estejam: em Sua presença, cobertos por Sua graça.

A Bíblia narra o plano da salvação – o plano de Deus para reparar a separação que o pecado causou e para nos alcançar exatamente onde estamos: no extremo oposto dessa ponte. João 3:16 e 17 nos afirma que, por causa de Seu grande amor por nós, Deus enviou Seu filho para nos redimir. 2 Eclesiastes 12:13, nosso dever é temer a Deus e obedecer aos Seus mandamentos. Deuteronômio 8:1-18 nos relembra que amar a Deus e escolher ser obediente aos Seus mandamentos nos traz uma vida melhor na Terra, além da vida eterna.

Pense nisto


1. Lúcifer quis mais. Quando querer mais é pecado e quando não é?

2. O orgulho de Lúcifer foi sua ruína. Mesmo assim, nós inocentemente falamos sobre nos orgulharmos de nosso trabalho. Quando o orgulho pode se tornar pecado?

3. Baseado na lição de hoje, como você descreveria a “roupa” do orgulho? De que “material” ela é feita?

Mãos à Bíblia

Se Lúcifer era perfeito em todos os sentidos, como o pecado pôde ter encontrado lugar em seu coração?

3. Leia Deuteronômio 8:1-18. Que princípio encontramos ali, que se refletiu no que aconteceu com Lúcifer?

Nathaniel Tan – Cingapura, República de Cingapura

Convide um amigo para ir à igreja no dia 16. Disponha-se a buscá-lo em casa.

Marcadores: , , ,

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial