sábado, 27 de dezembro de 2008

Expiação e Harmonia Universal - Resumo Semanal - 27/12/2008 a 27/12/2008

Expiação e harmonia universal
Resumo Semanal - 21/12/2008 a 27/12/2008



Verso para Memorizar: “Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apocalipse 21:3, 4).

Pensamento-chave: Verificar como Deus vai consumar nossa salvação em Cristo e restabelecer a harmonia no Universo.

O que temos considerado durante este trimestre agora alcança o seu encerramento. O desfecho da história não está aberto, como se houvesse alguma dúvida em relação a quem será o vencedor no drama do grande conflito que aflige o Universo de Deus. O sacrifício de Jesus na cruz do Calvário fornece a base para a vitória de Deus. Não há nenhuma possibilidade de mudança no script. A vitória pertence ao Senhor e a todos os Seus santos. Não haverá dúvidas na mente dos salvos acerca dos atos de justiça de Deus. A salvação será completa. E isto envolve um ato estranho da parte de Deus: a destruição dos ímpios. Na tipologia do santuário, no dia da expiação, todo aquele que não se afligisse seria eliminado do meio do povo. Aquele era um dia especial de purificação – purificação do santuário e do povo arrependido. De igual forma, o dia antitípico da expiação purifica as coisas celestiais (Hb 9:23) e também os santos que confiam nos méritos de Cristo. O resultado final será a restauração da harmonia existente no princípio, antes da entrada do pecado no Universo, antes que a dúvida acerca de Deus, de Seu amor por Suas criaturas, fosse colocada em juízo. Finalmente, todas as coisas serão para sempre esclarecidas. O Universo estará em paz. E isto acontece em função da obra efetuada por Cristo na cruz e continuada no santuário celestial.

Purificação universal

“Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do diário (ou “contínuo” – aqui se faz referência ao ministério sacerdotal de Jesus, que foi, de alguma forma, usurpado pelo chifre pequeno), e da transgressão assoladora, visão na qual era entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados? Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs, e o santuário será purificado” (Dn 8:13-14).
Conquanto seja de vital importância compreender o elemento temporal envolvido no texto acima, isto é, os cálculos relativos aos 2.300 anos, que nos levam até 1844 d.C., no contexto de nosso estudo quero salientar o aspecto da profecia relativo ao santuário. É crucial perceber que Daniel 8 é uma profecia acerca do santuário.

Como mencionamos em uma das Lições desta série, há um vínculo entre este capítulo de Daniel e Levítico 16, que não pode ser ignorado. Três vezes encontramos referência ao santuário: no verso 11, a declaração de que “o lugar do seu santuário foi deitado abaixo”, no verso 13, a informação de que o “santuário” foi entregue a fim de ser pisado, e no verso 14, a referência à purificação do “santuário”.

Uma comparação entre os capítulos 7 e 8 de Daniel mostra que a purificação do santuário referida em Daniel 8:14 é paralela à cena do juízo de Daniel 7:9, 10. Observe o rápido esboço:

Daniel 7
Animais simbolizando reinos (v. 3-7)
Chifre pequeno (v. 8)
Ações do chifre (v. 8, 21, 24, 25)
Juízo celestial (v. 9-10)

Daniel 8
Animais simbolizando reinos (v. 3-8)
Chifre pequeno (v. 9)
Ações do chifre (v. 10-12, 24-25)
Purificação do santuário (v. 13-14)


A conclusão, portanto, é que esta purificação do santuário acontece no contexto do juízo celestial. É preciso destacar que, segundo compreendemos, o juízo é um processo, e não um ponto no tempo. Como processo, o juízo escatológico teve seu início em 1844, ao fim dos 2.300 anos (Dn 8:14) e encontrará seu término somente no fim do milênio. Pode-se ver, portanto, que o juízo não é algo que se realiza apressadamente, descuidadamente, visto que está em jogo o interesse de todo o Universo. De maneira particular, está em jogo o nome de Deus, Sua justiça, Seu trato com Suas criaturas. Se alguém diz que Deus não necessita de tanto tempo para a realização do juízo, ou mesmo de que não necessita de um juízo, visto que Ele é onisciente, tais observações são corretas. Mas não se pode ignorar o fato de que o juízo diz respeito também aos seres criados, e os tais não são oniscientes. Deus respeita as limitações de Suas criaturas e, por amor a elas, proporciona todo o tempo necessário para que não fique nenhuma dúvida na mente de ninguém acerca da justiça de Seus atos, que incluem a salvação daqueles que confiaram nos méritos do Salvador e a destruição de todos os que negligenciaram o dom divino manifesto na cruz do calvário.

A purificação do santuário no dia da expiação era o clímax da ministração sacerdotal do ano litúrgico, o momento mais solene de todo o processo de expiação do ministério. No encerramento daquele ritual, o sacerdote abençoava o povo. Quando entendemos que Cristo realiza o ministério final, que vivemos no dia antitípico da expiação, nossa vida é impactada de forma poderosa, e nos conduz a um viver piedoso e consagrado. A qualquer momento, nosso Sumo Sacerdote encerrará Suas atividades no santuário celestial e sairá para abençoar todos quantos O aguardam para salvação.

Vindicação do povo de Deus

Um aspecto do juízo que nem sempre é enfatizado como deveria é o da vindicação do povo de Deus. Se analisarmos o tema no contexto de Daniel 7, veremos que o juízo sempre aparece em seguida às ações do chifre pequeno. Observe:

Ações do chifre pequeno
v. 8 – Surgimento do chifre pequeno, com olhos como de homem e fala com insolência.
v. 21 – o chifre guerreia contra os santos e prevalece contra eles.
v. 25 – o chifre magoa os santos, e os santos lhe são entregues por 1.260 anos.

Juízo
v. 9 e 10 – Cena judicial: tronos, Ancião de dias; assenta-se o tribunal e se abrem os livros.
v. 22 – Ancião de dias faz justiça aos santos ou em favor dos santos.
v. 26 – depois do fim dos 1.260 anos, isto é, após 1798 d.C, o tribunal se assenta para tirar o domínio do chifre e destruí-lo.


O quadro acima torna evidente que, em resultado do juízo, entre outras coisas, Deus age destruindo o “chifre” (v. 26) e pronunciando uma sentença favorável aos santos, que finalmente possuirão o reino (v. 22, 27). Neste aspecto, o juízo é em favor dos santos: eles são declarados dignos, em Cristo, de herdar o reino. Mas isto não deve obscurecer as lições do dia da expiação, que exigia que o fiel se afligisse, jejuasse, observasse o dia como um dia de repouso, etc. Em suma, este era um dia solene, que requeria um contínuo exame do coração de todo fiel.

Voltando ao quadro do dia da expiação, após terminar sua obra no interior do santuário, o sumo sacerdote saía do tabernáculo para abençoar o povo. No que corresponde ao Sumo Sacerdote celestial, Sua saída significa Seu regresso para abençoar Seu povo que O aguarda com expectativa. Isto é o que encontramos em Hebreus 9:27, 28, que faz menção ao juízo (v. 27) e relaciona esta obra com a segunda vinda. No que diz respeito ao plano da expiação, a volta de Jesus é o último grande evento que falta alcançar cumprimento na história da salvação (naturalmente, com os seus desdobramentos: milênio, juízo dos ímpios, etc). Se pensarmos em termos do Apocalipse, sob o sexto selo (Ap 6:16, 17) encontramos um quadro dos ímpios aterrorizados com a volta de Jesus.

O horror é tamanho que eles pedem aos rochedos que caiam sobre eles. Entendem ser preferível morrer esmagados por grandes rochas a enfrentar a ira daquele que Se assenta sobre o trono.

Por outro lado, os santos de Deus foram selados para a salvação. Toda a sua esperança se concentra exatamente na volta de seu Senhor. É tudo o que eles mais anseiam. Seu olhar não se concentra nas coisas deste mundo.

Como diz o hino, “a glória desta Terra é passageira”. Não é isto o que os santos buscam. Não é a sua glória, não são os tesouros terrenos, nem qualquer outra coisa impede sua comunhão com o Salvador. Os santos estão focados em uma única coisa. Tudo o mais perde importância diante do bem maior que é estar preparado para a volta do Senhor. Lembrando as palavras do Salvador, “que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma” (Mt 16:26), isto é, a sua salvação? A vida teria sido inútil. Mas o cristão verdadeiro não vive em vão. Ele segue seu Senhor até o interior do santuário celestial, no lugar Santíssimo, de onde recebe perdão e poder para ser um vencedor contra o pecado. Por isso, a volta de Jesus é a suprema esperança que arde em seu coração, porque sabe que, com ela, todas as demais coisas se realizam. (PS: Exorto a que se leiam as considerações da Lição de segunda-feira com respeito às transformações vinculadas com a segunda vinda de Jesus).

Julgando os poderes do mal e os ímpios

A cruz foi não somente uma revelação do amor de Deus por um mundo perdido, mas também a manifestação da justiça divina (Rm 3:21-26). Isso deveria servir de alerta àqueles que, raciocinando como é costumeiro por aqui, dizem que, no fim, tudo dá certo (teologicamente, implicaria em que, no fim, Deus salvará a todos, conceito esse conhecido como universalismo). Tal raciocínio pode induzir alguém a viver de forma descuidada, ignorando os reclamos da Palavra de Deus, sem compromisso com Cristo, de maneira egoísta, amante do mundo e seus atrativos, sem tomar a Deus seriamente na vida.

Outra variante que se ouve é que Deus é bom Pai e, no fim, salvará igualmente a todos. Ninguém que tenha um mínimo de conhecimento das Escrituras negará a afirmação de que Deus é bom. Mas, igualmente, ninguém que conheça algo da revelação bíblica ignorará o ensinamento de que, “se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários” (Hb 10:26, 27). A Bíblia apresenta Deus, como visto nesta série, com todos os Seus atributos operando em harmonia. Não podemos separá-los. Não se pode exaltar um em detrimento do outro. Não é o amor que sobrepuja a justiça. Ambos se manifestaram na cruz. E ambos se manifestam por fim, na punição dos ímpios. Estes não serão introduzidos em um lugar que não lhes dê qualquer prazer. A preparação para a vida celestial começa justamente aqui. A atmosfera do Céu é de louvor. Lemos em Apocalipse 7:14 e 15, que os santos “se acham diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu santuário”.

Se alguém não encontra nenhum prazer em servir ao Senhor nesta vida, o que expressa suas escolhas e seus valores, que não comungam com aqueles ensinados por Cristo, seria terrível, realmente, para eles ser introduzidos em um lugar em que o prazer maior será adorar o Cordeiro que foi morto (Ap 5). Portanto, será um ato de justiça, e também de amor, deixar fora do Céu os rebeldes impenitentes, que desprezaram a morte de Jesus e seguiram seus próprios caminhos, sem se importar com a vontade de Deus. Colherão as conseqüências das próprias escolhas. Nisto Deus é justo. Nisto também se manifesta o amor de Deus.

Deus julgou o mundo quando este foi destruído pelo Dilúvio. Isto evidencia que a paciência de Deus tem limite. De igual forma, Deus julgou Sodoma e Gomorra. Não foi um ato arbitrário de Deus. Tiveram sua oportunidade. Antes do Dilúvio, Deus lhes enviou Sua mensagem mediante Seu servo Noé. O mensageiro foi desdenhado e, com ele, o verdadeiro Autor da mensagem. Sodoma e Gomorra também tiveram sua oportunidade. Apesar dos equívocos de Ló, os habitantes da planície tiveram a chance de aprender do Deus verdadeiro. Mas preferiram seus caminhos de licenciosidade, de imoralidade. Colheram as conseqüências.

Antes de recair o juízo final de Deus sobre este mundo, Ele também envia a mensagem final. Esta mensagem se encontra registrada em Apocalipse 14:6-12. É a tríplice mensagem angélica; mensagem de salvação. A primeira destaca o evangelho eterno da graça de Deus em Cristo para a salvação do homem. Mas é também mensagem de juízo – o mesmo anjo anuncia a chegada da hora do juízo. Evangelho e juízo seguem juntos. Um não é a antítese do outro. Ambos operam em harmonia. A verdadeira preparação para o juízo que se realiza no santuário celestial é o comprometimento com o evangelho eterno de Jesus Cristo. Para aqueles que estão em Cristo, não há condenação (Rm 8:1). Por esta razão, os fiéis filhos de Deus estão tranqüilos, confiantes, pois seu caso está nas mãos do Sumo Sacerdote celestial. Podem descansar sossegados, seguros da salvação.

Por outro lado, os ímpios, que desprezaram a mensagem da salvação, que crucificaram novamente o Filho de Deus, serão julgados durante o milênio. Este não é um juízo para decidir o caso de alguém, como se algum erro houvesse sido cometido durante o juízo investigativo pré-advento. É um juízo de revisão e declaração de sentença. Os santos estarão satisfeitos com o resultado final. Durante esse período, Satanás estará limitado a este planeta, e terá um tempo para refletir nos resultados de sua rebelião contra Deus. Embora consciente da justiça de Deus em Seu trato com os pecadores, terminado o milênio, Satanás conduzirá seu último ato de rebelião. Quando ressuscitarem aqueles que comporão o exército dos ímpios, Satanás os convencerá de que será possível tomar de assalto a Nova Jerusalém. Esse esforço final conduzirá desencadeará a destruição definitiva dos pecadores, juntamente com Satanás. A destruição de todos resultará na reconciliação cósmica.

Reconciliação cósmica

Essa reconciliação acontece como parte do processo da expiação. Segundo o autor da carta aos Hebreus, depois da morte acontece o juízo (Hb 9:27). Mas, como vimos, o juízo é um processo, com a primeira parte, o juízo investigativo pré-advento, tendo iniciado em 1844. Ao fim dessa etapa, Jesus voltará e trará consigo o galardão para dar a cada um segundo as suas obras (Ap 22:12). Os justos mortos serão ressuscitados imortais e incorruptíveis (1Co 15:51-54). Os justos vivos serão transformados por ocasião da volta de Jesus (1Te 4:16-17). Quanto aos ímpios vivos, estes serão destruídos pela manifestação da glória divina (2Ts 2:8). Mas o processo continuará durante o milênio, como já visto.

No livro do Apocalipse, as forças do mal são simbolizadas pelo dragão (Ap 12), a besta do mar e a besta da terra, ou falso profeta (Ap 13; 16). Estas forças se opõem a Deus e a Seu povo, identificado como o remanescente (Ap 12:17) ou santos (Ap 14:12). Em sua oposição a Deus, formam uma trindade satânica, oposta à Trindade divina. É a confederação do mal, que opera conjuntamente para alcançar os objetivos iniciais de Satanás de se exaltar como se fosse o verdadeiro Deus (Is 14). Consegue um triunfo parcial, pois, conforme registrado pela profecia, os moradores da Terra, que são inimigos de Deus e de Seu povo, se maravilharam diante da besta, a quem renderam adoração, e também tributaram adoração ao dragão (Ap 13:4). Também os reis da terra foram enganados pelos milagres realizados pelos três espíritos imundos (Ap 16:13-14) e se uniram à trindade satânica em sua rebelião contra Deus. Isto deve nos advertir contra a tentação de ver nos milagres um sinal do poder do Deus do Céu, porque, conforme vemos, Satanás realizará milagres com o objetivo de enganar o mundo. A única segurança está em provar todas as coisas mediante a Palavra revelada de Deus.

Não obstante a aparente supremacia das forças do mal congregando as lideranças políticas e religiosas do mundo, tendo o controle sobre os meios de produção e comercialização (os que não se alinharem com tais poderes serão proibidos de comprar e vender [Ap 13:17] e ainda serão ameaçados de morte [Ap 13:15]), a derrota desta confederação maligna é segura. Não devemos ser enganados pela aparência de superioridade. No Apocalipse, a vitória celestial acontece através do instrumento menos indicado, do ponto de vista humano. É o Cordeiro que foi morto que assegura a vitória definitiva de Deus neste grande conflito (Ap 5). E é também o sangue do Cordeiro que conduz Seus servos à vitória final (Ap 12:11). Finalmente, é porque desprezaram o sacrifício do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29) que os ímpios serão destruídos no fim do milênio.

Aqueles que escolherem adorar a besta do mar, seguindo sua orientação religiosa/teológica/espiritual, e também o dragão, o verdadeiro mentor de todos os apóstatas, e se houverem alinhado com a besta da terra, o líder político que atua como embaixador da besta do mar, e tendo sido enganados pelos seus sinais maravilhosos, iludidos pelo fogo que fez descer do céu à vista dos homens, sim, esses serão classificados como ímpios. O destino de todos será a aniquilação final, definitiva. Não um tormento eterno, como defendido por alguns. Mesmo no sistema de justiça humano, com todas as suas deficiências, a pena é proporcional ao crime. Não se atribui a mesma pena a todos os indivíduos, independentemente da infração cometida. Não seriam considerados justos se assim operassem os tribunais. A opção pelo tormento eterno atribui a Deus um modo de atuação que não se aceita nas cortes de justiça deste mundo. Não é assim que Deus age. Não existe um inferno a arder continuamente, eternamente, para infligir dor e sofrimento aos ímpios. Em Sua justiça, Deus pune, mas, em Seu amor, não é uma punição eterna. É uma punição proporcional ao pecado de cada um, e que, uma vez concluída, implicará na aniquilação definitiva de todos os pecadores do Universo. Nas palavras do profeta, o fogo eterno não deixará nem raiz nem ramo (Ml 3). O fogo é eterno em seus resultados. Satanás não mais existirá. A besta do mar, um sistema religioso oposto ao verdadeiro plano de salvação de Deus, também não existirá. A besta da terra, simbolizando os poderes políticos contrários a Deus, também já terá passado. E todos os moradores da Terra, que foram enganados pela trindade satânica, terão sido destruídos. Que contraste terrível: aqueles que foram enganados pelo fogo que a besta da terra fez descer do céu (Ap 13:13), serão, por fim, destruídos pelo fogo que desce do Céu da parte de Deus (Ap 20:9).
Triunfo do amor de Deus


Quando as pessoas planejam seu futuro, em geral se dispõem a pagar o preço pela realização de seus sonhos. Isto pode envolver um corte importante nas despesas habituais, no gasto com lazer, uma espera para a compra de algum bem, etc. Se o sonho vale à pena, não se considera sacrifício a privação de alguma satisfação presente pela feliz expectativa de um futuro glorioso. E é bom frisar que estamos falando de sonhos para esta vida: pode ser a conclusão da faculdade, um mestrado, o casamento, a criação dos filhos, a compra da casa, do carro, etc, etc, etc. Agora, pense em seus planos para a vida eterna: um aspecto que pode ser importante é dar um nome ao seu projeto. Escolha um, quem sabe: “projeto vida eterna”, ou “projeto futuro com Jesus”, “um lugar no Céu”, etc. Como está seu planejamento? Alguma coisa está interferindo na realização de seu projeto? Está faltando tempo a ser dedicado ao projeto, para avaliar o cronograma, verificar os avanços, fazer as correções necessárias?
De que coisas você pode abrir mão para desfrutar de mais tempo com Jesus? TV? DVD? Internet? O valor daquilo que queremos pode ser medido pelo tempo que dedicamos à sua realização.

A vitória de Deus no grande conflito contra Satanás é certa. Deus vai cumprir o que prometeu. Jesus voltará para buscar Seus santos. Os remidos viverão no lar que Ele preparou. A alegria do Céu será exaltar as maravilhas do amor redentor.

“Nós, segundo a Sua promessa, esperamos novos Céus e nova Terra, nos quais habita a justiça” (Pe). Uma espera baseada na promessa. E quem prometeu é digno de confiança. Demonstrou-Se digno por Seu sacrifício. E como serão os novos Céus e nova Terra? Podemos imaginar, mas, além das descrições bíblicas, especialmente do Apocalipse, não há como ser dogmáticos acerca do assunto. Com certeza, será muito melhor do que tudo o que pudermos imaginar. Estamos cansados de ouvir da violência que atormenta os moradores deste mundo, violência em todas as suas formas, que transforma a vida em um contínuo sofrimento. Queremos o fim disto. Mas, aparentemente, os violentos parecem triunfar.

Além disso, queremos o fim das injustiças. Todo tipo de injustiça. De igual forma, queremos o fim da corrupção em todas as esferas da vida. Queremos também o fim da dor, do sofrimento, das enfermidades, da morte, do luto.

Queremos uma vida que se estenda como a vida do próprio Deus. Para nós, isto parece um sonho impossível. Mas esta é a promessa de Deus para nós. Um lugar de paz, harmonia, sem dor, sem morte.

Esse resultado final é maravilhosamente expresso nas palavras de Ellen White, que constituem o parágrafo final do livro O Grande Conflito: “O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo vibra por toda a vasta criação. Daquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor.”

Conclusão

O plano da redenção foi elaborado antes mesmo da criação do homem. Cristo é o Cordeiro morto desde a fundação do mundo. O Céu esteve disposto ao maior dos sacrifícios, a entrega da segunda pessoa da Divindade, do Verbo que Se fez carne (Jo 1:14), para restaurar a harmonia do Universo, que foi quebrada pela introdução de um elemento estranho na perfeição criada por Deus. O pecado rompeu a harmonia existente na natureza, entre os seres humanos, e entre estes e seu Criador. O plano da redenção é a solução para tais desequilíbrios. Por muitos séculos, este plano está em andamento. Mas sua duração não será indefinida. A morte de Cristo assegurou a vitória do plano de Deus. E esta mesma morte assegura que, no momento apropriado, Deus concluirá Seu projeto eterno, salvando Seu povo fiel e destruindo o grande rebelde e todos os seus seguidores. Não haverá uma terceira companhia. Somente salvos e perdidos.

Cientes de que hoje estamos decidindo a qual grupo pertenceremos, eis algumas reflexões para concluir: Como estamos para iniciar um novo ano? Esta é uma ocasião propícia para fazer decisões concernentes aos projetos para o futuro. Não apenas para o futuro imediato, os momentos finais de 2008 ou mesmo para todo o ano de 2009. Tampouco para um futuro a médio e longo prazo, daqui a cinco, dez ou mais anos. É importante pensar em termos espirituais, de um projeto para nosso futuro eterno. Isto pode incluir a conclusão da leitura da Bíblia, de algum livro (ou livros) do Espírito de Profecia, dar estudos bíblicos para mais pessoas, ser um mordomo mais fiel, etc. Enquanto Jesus intercede por nós em Seu santuário, podemos achegar-nos confiantes ao trono da graça, dEle obter o perdão e o poder para uma vida consagrada, uma vida vitoriosa pelos méritos de Jesus, uma vida de preparação para Seu regresso. Este é o dia da salvação. Hoje escutamos Sua voz. Não a rejeitemos! Hoje, Ele quer salvar cada qual que dEle se aproximar, confiando em Seu sacrifício expiatório. Seus braços estão abertos, esperando. Vamos a Ele, hoje, entreguemos em Suas mãos nossa vida, na certeza de que, nestes novos Céus e nova Terra, para sempre estaremos com nosso Senhor. Que Deus lhe dê esta segurança da salvação, que se encontra em Cristo Jesus, nosso Salvador!

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