segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O Anúncio da Expiação - 27/10/2008 a 01/11/2008

Segunda, 27 de outubro

Exposição
Mais que um anúncio comum

2. Qual foi a natureza da prova a que Abraão foi submetido? Por que o Senhor pediu que Abraão fizesse isso? Que profundas questões estavam em jogo nesse episódio? Gn 22:1-12

Abraão revelou fé e dedicação ao Senhor, particularmente na disposição de devolver a Deus o dom de seu filho, completamente confiante em Sua misericórdia e graça (Hb 11:19). Nesse caso, Abraão representa Deus Pai, e Isaque representa Jesus, o Filho de Deus, podendo-se ver no sacrifício de Isaque um tipo do sacrifício de Cristo (só que, no caso de Cristo, não houve nenhuma voz do Céu ordenando que o sacrifício fosse interrompido).

3. O que tornou possível a renovação da aliança? Gn 22:13-18

Um carneiro foi oferecido em lugar de Isaque. Deus forneceu o que Abraão precisava desesperadamente: um animal sacrifical que tomasse o lugar de seu filho, possibilitando que o Senhor renovasse com ele a aliança. Assim, Abraão viu o mistério do evangelho, da expiação substituinte, porque, em Jesus, “se proverá [a oferta sacrifical]” (Gn 22:14).

Entre programas de televisão ou rádio, a pessoa é bombardeada com comerciais de diferentes produtos e serviços oferecidos ao público. Grandes quantias de dinheiro são gastas na produção desses comerciais. E eles são repetidos muitas vezes a fim de condicionar a mente dos consumidores a adquirir o produto.

Deus usou um método singular para anunciar o sacrifício expiatório de Cristo e para impressionar a mente de todos os que quisessem ouvir esse anúncio. Esse método envolve a narração das experiências de vários personagens do Antigo Testamento.

Queda com esperança (Gn 3:15). Quando Adão e Eva cometeram pecado ao comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, Deus Se voltou para a serpente e disse que colocaria inimizade entre ela e Eva e entre a semente de Adão e Eva e a semente da serpente. A semente de Adão e Eva esmagaria a cabeça da serpente, enquanto que a serpente feriria o calcanhar da semente de Adão e Eva (Gn 3:15). “Aqui o Senhor, em vez de continuar Se dirigindo à serpente literal que falou a Eva, passou a pronunciar juízo contra a antiga serpente, o diabo. Esse juízo, expresso em linguagem profética, sempre foi compreendido pela igreja cristã como uma predição da vinda do Libertador.”1

A semente da mulher se refere a Jesus Cristo (Gl 3:16, 19). Sua morte na cruz esmagou a cabeça da serpente, embora a semente da serpente tenha tido sucesso em infligir dor ao Filho de Deus. Não foi fácil a tarefa, pois Jesus suportou grandes dificuldades a fim de ganhar a batalha para nós.

O teste supremo (Gn 22:1-18). Durante muitos anos, Abraão esperou pelo filho prometido. Finalmente, Isaque nasceu. Mas um dia, Deus ordenou a Abraão que sacrificasse Isaque. Isso deve ter partido o coração de Abraão, mas prevaleceram sua clara percepção do dever e sua devoção a Deus. Ele não tinha idéia de que esse seria seu momento mais brilhante, que lhe daria o título de “Pai dos Fiéis”.

Quanto a Isaque, ele facilmente poderia ter-se defendido do pai idoso, mas não o fez. O mais provável é que sua boa criação tenha sido a razão pela qual ele voluntariamente concordou em servir de sacrifício. Porque Abraão provou sua fé através da obediência, Deus interveio antes de o sacrifício ser feito.

Esse cenário é uma réplica do sacrifício divino que ocorreria mais tarde. “Deus instituiu o ritual do sacrifício proporcionando ao homem um auxílio visual para que ele pudesse ser levado a compreender algo do preço que precisava ser pago para fazer expiação por seu pecado. O cordeiro inocente havia dado sua vida pela vida do homem, e sua pele para cobrir a nudez do pecador, a fim de que o homem pudesse ser simbolicamente lembrado do Filho de Deus, que teria de depor Sua vida para expiar a transgressão do homem, e cuja justiça somente seria suficiente para cobri-lo.”2

A flagrante traição (Ex 32; 34:6-10). Moisés passou várias semanas no Monte Moriá comungando com Deus. Ali, Deus lhe deu duas tábuas de pedra contendo os Dez Mandamentos. Enquanto isso, lá no acampamento, os israelitas julgaram que Moisés os houvesse abandonado. Então, insistiram com Arão para que fizesse um bezerro de ouro que fosse adiante deles.

Quando Moisés desceu da montanha, viu que os israelitas estavam adorando o bezerro. Os israelitas tinham uma atitude do tipo “longe dos olhos, longe da mente”. É triste que essas pessoas escolhidas fossem dependentes de Moisés para inspirá-las. Moisés ficou tão irado que despedaçou as tábuas de pedra.

Entretanto, por amor àquelas pessoas, Moisés pleiteou com Deus para que não destruísse aquele povo rebelde de dura cerviz. Ele conhecia a gravidade do pecado que haviam cometido, e estava mais do que disposto a render sua vida como expiação por esse pecado. Como líder de Israel, Moisés tipificava o Bom Pastor que daria a vida por Suas ovelhas (Jo 10:11-15). Contudo, Moisés não estava qualificado a levar a culpa do povo, como Cristo estava. Então, Deus renovou Sua aliança com os israelitas, não desejando que eles perecessem (2Pe 3:9).

O sacrifício perfeito (Dn 9). O relato bíblico demonstra claramente que Daniel viveu de maneira irrepreensível diante de Deus. Contudo, se humilhou e se identificou com as iniqüidades dos israelitas. Intercedeu em favor de seu povo, não por seus méritos pessoais, e tendo plena consciência de que o povo não merecia misericórdia e perdão.

A fidelidade de Deus para com Seu próprio povo tinha sido revelada ao lhe proporcionar um período de graça de 490 anos. Apesar da morte vicária de Cristo, ainda rejeitaram Seu sacrifício expiatório. Assim, deixaram de ser o único instrumento para levar avante a missão de Deus de salvar a humanidade.

O perfeito sacrifício de Cristo é mais do que um anúncio comercial que deve chamar nossa atenção. Sua morte não deve ser considerada levianamente, em virtude do grande preço que Ele pagou por nossa salvação. Tudo o que temos a fazer é aceitá-Lo e permitir que Seu Santo Espírito transforme nossa vida de acordo com a vontade de Deus.

1. The SDA Bible Commentary, v. 1, p. 232, 233.
2. Ibid., p. 233.


Bongga L. Agno | Muntinlupa, Filipinas

Marcadores: , , ,

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial