sábado, 13 de setembro de 2008

Resumo semanal: Missão em terra pagã: Daniel e seus companheiros - 07/09/2008 a 13/09/2008

RESUMO SEMANAL 07/09/2008 a 13/09/2008
Missão em terra pagã: Daniel e companhia

Pr. Jorge Mário de Oliveira
Ministério Pessoas e Escola Sabatina
Associação Paulistana

I. Introdução:

Rm. 8:28 é uma promessa. Nessa terra, Aqueles que amam a Deus, podem ter a certeza de que até as coisas ruins que lhes acontecem, se transformam em bênçãos. Muitas vezes, o Senhor não impede que a desgraça caia sobre Seus filhos. O que Ele faz é transformar “vinagre” em “suco de uva”.

Foi assim com Daniel e seus companheiros. Eram jovens e cultos. Viviam a segurança e a estabilidade de famílias ricas. De repente, uma guinada. Nabucodonsor conquista Jerusalém e os leva para Babilônia como prisioneiros de guerra. Distante da terra natal. Em um país com cultura predominantemente pagã. Não deve ter sido fácil. Mas eles venceram.

O mal se transformou em bênçãos. Tanto para eles quanto para o nome do Deus que serviam.

II. Um dilema:

O conceito popular da época, era de que os deuses da nação vencedora venciam os deuses da nação vencida. Era assim que os babilônicos acreditavam. Por isso, foi que trouxeram objetos do Templo de Jerusalém e colocaram no templo de Marduk. Uma forma de homenagear o deus vencedor.

Certamente este conceito balançou a cabeça dos jovens hebreus. Como foi possível um deus que não é deus vencer o Deus criador dos céus e da terra? São nesses momentos para os quais não se encontra respostas que a fé entra em ação. Sem ela, Daniel e seus companheiros teriam sido engolidos pela cosmo visão babilônica pagã.

III. O Fundamento:

O segredo da fidelidade desses rapazes estava no alicerce do caráter. Foram bem educados. Preparados para servir em toda e qualquer situação. No lar, eles aprenderam a confiar em Deus. Conheciam o Senhor a quem serviam.

Os pais não sabiam que um dia os filhos enfrentariam o que enfrentaram. Eles simplesmente cumpriram o papel de educadores fiéis.

A história bíblica não fala sobre esses pais. Mas a dedução é lógica. A vida dos filhos revelou quem tinham sido, e o que tinham feito.

Interessante é notar, que o mesmo não aconteceu com outros jovens que também foram levados para Babilônia com Daniel e seus amigos. A Bíblia declara que Nabuconosor ordenou que Aspenaz escolhesse jovens da realeza e da nobreza. Que não tivessem defeito físico, de boa aparência, instruídos em toda sabedoria, doutos em ciência, versados no conhecimento e competentes para assistirem no palácio babilônico (Dn. 1:3-4).

A expressão “entre eles”, do verso 6, deixa claro que havia outros além de Daniel e seus três companheiros. Por que não aparecem aqui? Por que não são mencionados por seus nomes? Certamente porque foram vencidos pela pressão do ambiente.

IV. As provas:

a) Tiveram seus nomes trocados. De nomes que os conectavam ao Deus de seus pais, para nomes ligados às divindades pagãs. Esta foi uma estratégia de Nabucodonosor para fazer com que gradativamente esquecessem o passado. Parece que não se importaram com isso. Eles não tinham outra escolha. Apenas aceitaram. E foi o mais próximo que se permitiram chegar ao paganismo. Novos nomes, não significou adesão ao significado deles.

b) Tiveram que estudar em Babilônia. Entraram em contato com a literatura e a ciência do Império. Estudaram astrologia e mitologia pagã. Não se eximiram desses conhecimentos. Quando o rei os inquiriu, conheciam sobre tudo (Dn 1:20). Mas decidiram não se contaminar. Isso fez a diferença.

Esta deve ser a atitude de um jovem cristão que estuda em uma universidade secular. Estuda filosofia, ciência e religião sem se corromper. Não renuncia seus valores, nem os princípios do criacionismo bíblico.

c) Foram “honrados” com o direito de comerem na mesa do rei. Mas ali eram servidos alimentos impuros. E até os puros, dedicavam-se aos deuses. E com os deuses, eles não queriam conversa. Negaram-se a comer. Não usaram de subterfúgios. Não se justificaram. Não deram explicações. Nem racionalizaram: “Somos escravos e recebemos a honra de comer da comida real. Qual o problema? Separamos o que pode ser comido do que não pode.”

A primeira coisa que fizeram foi tomar uma decisão. Resolveram não se contaminar com aqueles alimentos. Decisão é o primeiro passo para uma longa caminhada. Tanto para o bem quanto para o mal.

Decididos, buscaram solucionar pacificamente a questão. Procuram Aspenaz, o tal chefe dos eunucos a quem Nabucodonozor dera ordens para escolher os rapazes em Jerusalém. O homem responsável por eles (Dn. 1:8).

Os versos 9 e 10 declaram que obtiveram a simpatia dele, apesar do risco de desagradar o rei. – “Então, disse Daniel ao cozinheiro chefe, a quem o chefe dos eunucos havia encarregado de cuidar de Daniel, Hananias, Misael e Azarias: Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias; e que se nos dêem legumes a comer e água a beber. Então, se veja diante de ti a nossa aparência e a dos jovens que comem das finas iguarias do rei; e, segundo vires, age com os teus servos” (Dn. 1: 11-13).

Aqui se pode perceber princípios para solução de conflitos:

A busca da pessoa certa, na hora e no momento certo.
Se não funciona de um jeito, tenta-se de outro.
Leva-se uma proposta como solução do problema.
Confiar em Deus.
Pois foi o que aconteceu. Daniel fez uma proposta baseada em sua confiança no poder de Deus. 10 dias eram suficientes para Deus agir e mostrar o resultado de um estilo de vida saudável.

V. Deus de todos:

A postura desses quatro jovens permitiu a ação de Deus através deles. A glória do Criador começou a brilhar em Babilônia. O tiro desferido por Satanás saiu pela culatra. O mal começou a se transformar em bênçãos. 10 dias depois eles estavam melhores do que aqueles que comiam de tudo. Alimentos simples e saudáveis através dos quais podiam honrar a Deus e preservar a pureza da mente e do corpo.

Quando terminou o período de estudos, ao serem examinados pelo rei, percebeu-se que superavam os demais. Eram 10 vezes mais sábios em toda matéria de sabedoria e inteligência sobre o que o rei fez perguntas (Dn 1:20). É assim que Deus honra os que Lhe honram. Sem pressa. Dentro do ciclo normal do tempo. “Os moinhos de Deus moem devagar. Mas moem bem moidinho”, dizia o pastor Sigrified Kümpell.

Deus não é Senhor de um povo, mas de todos os habitantes da terra. Todos lhe são especiais. Embora os pagãos babilônicos não O conhecessem, queria se revelar a eles. E fizera isso através da fidelidade de quatro rapazes corajosos e fiéis.

VI. Perigos:

A fidelidade a Deus e o sucesso na vida espiritual hoje, não é garantia de sucesso amanhã. Há perigos. Minas prontas a explodir sob os pés dos insensatos.

Daniel recebeu o dom de interpretar sonhos. Os seus companheiros não receberam este dom. Mas Daniel não se engrandeceu por isso, nem seus amigos ficaram enciumados. Quando surgiu a oportunidade de interpretar o sonho do rei, Daniel os procurou para pedir que orassem por ele. Sabia que dependia de Deus, e dEle de fato dependeu.

Quando recebeu a explicação requerida pelo rei, não esqueceu de colocar Deus em primeiro lugar. Poderia se auto-projetar diante do monarca. Seria uma excelente oportunidade, mas não fez isso. Sabia quem ele era e de quem dependia. Exaltou o Senhor Deus dos Céus e da terra. O único capaz de revelar os mistérios que o rei requeria. Os próprios magos reconheceram, do jeito deles, de que somente os deuses poderiam revelar este segredo.

Certamente Satanás estava ansioso para resolver o problema do rei através dos encantamentos e das magias dos magos. Mas dessa vez, o Deus dos céus brilhou na corte babilônica. Tudo porque um homem não teve medo de ser fiel. Vivia no meio de escorpiões, mas não brincava com eles.

VII. Mais provas:

Muitas vezes, não entendemos porque as provas vêm e vão. Quando tudo está calmo, de repente elas aparecem de novo.

O caso dos companheiros de Daniel foi brilhante. Eles não tiveram medo de enfrentar Nabucodozor e toda a elite do reino presente na consagração da estátua de ouro. Não tiveram medo do fogo. Sabiam que Deus poderia livrá-los, mas não tinham certeza de que o faria. Mas mesmo assim, decidiram não adorar o ídolo. A notícia de que o fogo não os consumira, porque o Deus que adoravam viera livrá-los, foi espalhada por todas as terras. Ali estavam pessoas de todas as partes do império. É assim que Satanás é derrotado. Pela fidelidade dos filhos de Deus.

Esta grande prova foi vencida, quando decidiram não se contaminar com a comida do rei. Grandes provas são vencidas pela vitória nas pequenas. Por isso, é fundamental que cada filho de Deus seja fiel. Em todo tempo e em qualquer circunstância.

Daniel, já idoso, honrado no reino da Pérsia, tem sua fé provada e é jogado na cova dos leões. Poder-se-ia pensar: Por que mais uma prova? Será que as vividas durante a vida não teriam sido suficientes? É assim que raciocinamos. A questão, no entanto, é o grande conflito. A presença de Daniel no governo da Medo-Pérsia atrapalhava os projetos satânicos e o diabo decidiu afastá-lo. Mas este não era o plano de Deus. Na Sua sabedoria o Senhor permitiu que Daniel fosse provado e reverteu a história para engrandecimento de Seu nome. E tudo foi possível, porque Daniel foi fiel. E sempre foi assim! Quando Satanás vem com suas artimanhas, para prejudicar e destruir, Deus vem para defender Seus filhos e desfazer as obras do diabo.

É muito bom observar as palavras ditas pelo rei Dario. Embora sejam de um pagão, revelam a influência de Daniel e o conhecimento parcial, mas suficiente do Deus Criador dos Céus e da terra.

VIII. Conclusão:

Deus se revela aos pagãos através de Seus filhos. São eles que devem brilhar através de suas boas obras. Se Daniel e seus companheiros tivessem falhado, a história da corte babilônica teria sido outra. Quantas pessoas conheceram o Deus de Israel! Editos foram emitidos proclamando o nome de Jeová como sendo o único Deus verdadeiro. O Deus de Daniel.

Há pessoas, que tudo o que conhecem, é alguém que segue a Jesus. E através dessas pessoas têm elas a oportunidade de saber quem de fato é o Criador dos Céus e da terra.

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