segunda-feira, 7 de março de 2011

Liberdade dos vícios - 07/03/2011 a 12/03/2011

Segunda, 7 de março

Exposição
O poder do vício versus o poder de Deus


Definição de vício (Rm 7:14-18). A palavra “vício” tornou-se uma forma politicamente correta de descrever o pecado. Isso não significa que o vício não seja real. O alcoolismo, por exemplo, passou de inaceitável para uma doença, depois para um vício e, por fim, para uma predisposição genética, algo inevitável. Agora se diz que muitos comportamentos são lamentáveis, mas desculpáveis por causa da genética da pessoa. Assim, estamos nos tornando cada vez mais propensos a encontrar maneiras de justificar comportamentos perigosos.

Até o termo “vício” evoluiu. Em 2003, ele ainda era definido como “uso persistente e compulsivo de uma substância que o usuário sabe ser prejudicial”.1 Hoje em dia, o conceito de vício já não é limitado ao uso de uma substância. Muitos, por exemplo, são viciados em pornografia ou sexo. O vício também não é limitado àquilo com que uma pessoa consome, sabendo que é prejudicial. A nicotina é uma substância que hoje se sabe ser prejudicial e extremamente viciante. Contudo, durante décadas, certas indústrias negaram que o fumo viciava, e milhões fumaram sem saber o perigo que corriam. Portanto, sua falta de conhecimento não os tornou menos viciados. Assim, poderíamos definir vício mais precisamente como “comportamento persistente, compulsivo e prejudicial”.

Todos são viciados (Rm 7:19, 20). Todos os textos seguintes nos dão exemplos de comportamentos e emoções que podem se tornar viciantes: Pv 23:29-35; Mt 25:15-30; Mc 10:17-27; 1Co 7:2-5; 1Pe 3:3, 4. Eles vão desde o beber álcool até a lascívia e a defraudação de outras pessoas resultante disso, o amor ao dinheiro, ao adorno exterior e à preguiça. O fato de as definições evoluírem dentro de uma cultura não mudam a realidade do vício, mas simplesmente o institucionalizam como sendo culturalmente aceitável.

Os vícios começam pequenos, a partir da semente de uma profunda ferida emocional. Depois, um jovem toma um gole de cerveja de uma lata deixada por um irmão mais velho, ou uma criança encontra pornografia acidentalmente na internet ou assiste a um programa de TV que glorifica o uso de roupas extravagantes. Em algum ponto, embora esses comportamentos e emoções sejam condenados por Deus, praticá-los se torna um vício.

Paulo descreve claramente a natureza viciante do pecado: “Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim” (Rm 7:19, 20).

Todos somos viciados no pecado – a prática de nos exaltarmos ao trono de Deus que há em nosso coração. Sim, todo mundo peca e está destituído da glória de Deus (Rm 3:23). Paulo lutava contra o vício. Alguns até dizem que ele o redefiniu e aceitou. Em 1 Coríntios 6:12 ele disse: “ ‘Tudo me é permitido’, mas nem tudo convém. ‘Tudo me é permitido’, mas eu não deixarei que nada me domine”.

Alguns escolheram se concentrar na parte “tudo me é permitido” e dizer que, por terem aceitado a Cristo, nenhum comportamento é pecaminoso. No entanto, Paulo condena diretamente a imoralidade sexual (quer entre casais do mesmo sexo ou de sexos opostos) e não poupa aqueles que afirmam que isso é apenas uma função natural e, portanto, é amoral”.2 Na canção popular de uma geração anterior, o sentimento de “não pode estar errado se a sensação é tão certa”3 mostra que o mesmo sentimento que Paulo condenou está presente hoje.

O alcoolismo não é especificamente proibido nos Dez Mandamentos, mas é, sem dúvida, desencorajado pelo conhecimento de que nosso corpo é o templo do Espírito Santo (1Co 6:19, 20) e devemos glorificar a Deus nele. Paulo se recusou ser dominado por qualquer comportamento que tirasse a glória de seu Salvador.

Pedro explica por que esses comportamentos são perigosos. Leia 2 Pedro 2:17-19. Qualquer coisa que nos escravize nos controla para seu próprio benefício. O poder do vício, portanto, é que nos tornamos controlados por poderes que manipulam o comportamento.

Há esperança (Rm 7:24, 25; 1Jo 1:9). A boa notícia é que qualquer poder controlador pode ser vencido. Paulo atribui essa vitória a Jesus. Ela envolve o reconhecimento de que o comportamento é um pecado e precisa ser rompido. Esse passo pode dar início à viagem pela estrada da vitória. 1 João 1:9 nos dá esperança de que nossos pecados podem ser perdoados e de que nossa injustiça (esse comportamento interior persistente e compulsivo) pode ser purificada.

Os evangelistas relatam que pessoas que têm tentado há anos parar de fumar, beber ou se drogar obtiveram a vitória em cinco minutos ao entregarem esse comportamento a Deus em oração. Isso não significa que as coisas sempre aconteçam dessa forma, mas que Deus tem o poder sobre as vícios e está disposto a dá-lo àqueles que verdadeiramente O buscarem. O maior desejo de Deus para cada um de nós é restaurar nossos relacionamentos com os outros e com Ele mesmo.

1. Meriam-Webster’s Collegiate Dictionary, 11a ed.
2. Lawrence O. Richards, The Bible Readers Companion (Wheaton, Ill.: Victor Books, 1991; publicado em forma eletrônica pela Logos Research Systems, 1996), p. 762.
3. Debbie Boone. You Light Up My Life.



Mãos à Bíblia

2. O que diz a Bíblia sobre o sexo como fonte de prazer e fortalecimento das relações matrimoniais? Pv 5:18, 19; 1Co 7:2-5

O sexo é um presente que Deus concedeu a homens e mulheres, não apenas para procriação, mas também como fonte de alegria, proximidade e unidade no contexto do casamento entre um homem e uma mulher (Gn 1:27, 28; 1Co 7:2). Quando removido dessa moldura e desse propósito ordenados por Deus, o dom se torna pecado, trazendo consequências devastadoras (veja 1Co 6:18, 19).

Deus conhece toda a destruição que a imoralidade sexual trouxe à família humana. Ele está disposto a conceder perdão e plena liberdade a todo aquele que for apanhado pelos vícios do sexo. A submissão a Ele é fundamental (Tg 4:7). Mas o mecanismo do vício é tão complicado que pode ser necessária ajuda profissional.

Gary Wagner – Spencerport, EUA

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