terça-feira, 15 de junho de 2010

Nutrição na Bíblia - 15/06/2010 a 19/06/2010

Terça, 15 de junho

Exposição
Alimento para a alma


A dieta original (Gn 1:26-30). A dieta original era totalmente vegetariana. Consistia de cereais, frutas, castanhas e verduras (ver Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 296). Parece ter sido semelhante à que Daniel e seus companheiros adotaram (Dn 1:11-15, 19, 20). Um crescente número de dietistas e cientistas hoje estão comprovando que a dieta vegetariana produz excelente saúde.*

Deus permitiu que os sobreviventes do Dilúvio comessem animais (Gn 9:3, 4). A Bíblia registra a idade de personagens bíblicos seletos anteriores e posteriores ao Dilúvio. Pode-se verificar que a adição de carne teve o efeito de encurtar consideravelmente a média de vida. Antes do Dilúvio, a média de vida, frequentemente, estava acima da marca dos 900 anos, sendo que Matusalém chegou perto dos mil anos, pois viveu 969 (Gn 5:27). Contudo, Lameque viveu apenas 595 anos (Gn 5:32), e Abraão durou até a idade de 175 (Gn 25:7). Na época de Davi, a média de vida já tinha baixado para 70 anos.

A conexão vertical (Gn 7:1, 2; 8:20). Deus disse a Noé que levasse na arca sete pares de cada tipo de animal limpo e dois de cada tipo de animal imundo. Logo após o Dilúvio, Noé sacrificou alguns daqueles animais limpos. Esse sacrifício foi aceitável a Deus. Embora isso não seja declarado em Gênesis, Levítico 11 e Deuteronômio 14 confirmam que Deus estava permitindo o uso apenas de animais limpos para alimento. Assim como Deus só aceitava o uso de animais limpos nos sacrifícios oferecidos a Ele, parece que, se o homem fosse adotar o consumo de carne em sua dieta, Deus só aceitaria o uso do melhor – certos animais limpos. Há um indício aqui da ligação entre o que comemos e nossa relação com Deus – talvez uma ligação entre a qualidade de nossa alimentação e a qualidade de nossa adoração. O apóstolo Paulo parece dar evidências disso em Romanos 12:1 e 1 Coríntios 10:31.

Alimento para um povo santo (Levítico 11; Deuteronômio 14). Levítico 11 e Deuteronômio 14 alistam as categorias de alimentos animais que são limpos e que são imundos. Dos animais que vivem sobre a terra, os que têm casco dividido e ruminam eram considerados limpos. Das criaturas que existem na água, só as que têm barbatanas e escamas deviam ser usadas como alimento. Deus deu instruções semelhantes quanto a pássaros e insetos alados. Em Levítico 11:43-46, Deus deixa claro que comer ou tocar o imundo (má higiene) é inaceitável para um povo que pertence a um Deus santo.

Deuteronômio 14:21 proíbe a um israelita comer qualquer coisa encontrada morta; mas o animal morto podia ser doado ou vendido a um estrangeiro como alimento. O povo de Deus era separado para Deus e era, portanto, santo. Assim, para o israelita, a escolha dos alimentos ingeridos parece fazer parte do ser santo.

Comida dos anjos versus as delícias dos egípcios (Êxodo 16). Deus não planejava que os filhos de Israel continuassem a comer alimentos cárneos. Logo após sua fuga do Egito, Ele tentou desacostumá-los dessas comidas dando-lhes o maná, ou a “comida dos anjos”, como é muitas vezes chamado. Contudo, o povo obviamente estava tendo sérios sintomas de abstinência das panelas de carne do Egito. Por fim, Deus lhes permitiu continuar comendo carne.

Uma mosca na sopa teológica (Rm 14:17; 1Tm 4:1-5). Alguns dos membros judeus na igreja do Novo Testamento estavam tão apegados aos assuntos legais das leis cerimoniais e outras crenças inventadas que queriam forçar seus pontos de vista sobre os novos crentes. Muitas vezes, o debate revolvia em torno de quais alimentos eram ou não permitidos. Em Romanos 14:15-17, Paulo aconselhou os que eram mais maduros em sua compreensão dos assuntos doutrinários a não julgarem os que eram talvez fracos em seu desenvolvimento, mas a se concentrarem nos “preceitos mais importantes da lei” (Mt 23:23, NVI). Há evidentemente um caso semelhante em 1 Timóteo 4:1-5. Aqui Paulo classifica os que forçam suas crenças acariciadas sobre outros como os que “abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios” (verso 1, NVI).

Uma ilustração tirada da comida (At 10:1-28). Alguns comentaristas consideram a visão de Pedro uma prova de que Deus endossa o uso de carnes imundas. Adotar esse ponto de vista, contudo, seria uma interpretação errônea do texto, que é simplesmente uma ilustração para ajudar Pedro a vencer seus preconceitos para com os conversos gentios. Até esse ponto, os gentios eram considerados imundos. Pedro entendeu a lição. Se Deus não faz acepção de pessoas, ele também não devia fazer.

Comer, beber e alegrar-se? (Pv 23:19-21). Em Provérbios 23:19-21, Salomão aconselha contra o associar-se com os que têm tendências para a gula e a intemperança no comer e no beber.

* T. Colin Campbell and Thomas M. Campbell II, The China Study (Dallas: Benbella Books, Inc., 2006), p. 242.


Mãos à Bíblia

Hoje, muitos afirmam que, nos tempos do Novo Testamento, a Bíblia removeu a distinção entre coisas limpas e imundas. Mas, é muito difícil imaginar por que o Novo Testamento não haveria de mostrar preocupação com a alimentação, que é tão importante para o viver saudável.

4. Paulo escreveu a Timóteo falando sobre a restrição a certos alimentos. O que Paulo disse? Isso significa que agora podemos comer carnes impuras? 1Tm 4:1-5

Neste caso particular, Paulo estava lidando com heresias futuras que proibiriam os cristãos de participar de duas coisas que Deus deu à humanidade na criação: alimentos e casamento. Os alimentos envolvidos são todos os alimentos que Deus criou para o consumo humano.

5. O que há de errado em usar Atos 10 como prova de que o Novo Testamento acabou com a distinção entre alimentos puros e impuros? Veja At 10:28

Ray Allen | Bracknell, Inglaterra

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1 Comentários:

Às 15 de junho de 2010 às 09:41 , Anonymous Luana disse...

Em Atos 10:28 Deus deixa claro que se trata de pessoas. Se o próprio Jesus morreu para judeus e gentios , porque então nós , seres tão secundários e limitados, deveríamos fazer? Os próprios gentios se tornaram puros pelo sacrifício de Jesus, e a voz lhe disse: "Não faças tu comum ao que Deus purificou" e na ocasião , Pedro fazia essa distinção, o que não estava agradando a Deus. Foi então que foi lhe enviado a visão do lençol.

 

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