segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Bondade - 08/02/2010 a 13/10/2010

Segunda, 8 de fevereiro

Exposição
Coração em forma de fruta

Problemas de coração (Sl 51:10, 11). Quando Davi se sentiu “exposto” pelo profeta Natã por seu caso de adultério com Bate-Seba, fez algo que seria muito incomum para qualquer oficial de governo apanhado em circunstâncias semelhantes hoje: admitiu o pecado. Imagino que ele tenha feito o equivalente a olhar para as câmeras e confessar todo o incidente sórdido.

Quando Davi foi confrontado com seu pecado, admitiu o que havia feito, em vez de tentar desculpar aquilo como um equívoco ou um lapso de julgamento. Ele nem mesmo se internou numa clínica de reabilitação para vencer alguma substância que lhe houvesse anuviado a mente. Aqui se encontra uma clara manifestação da obra do Espírito Santo. Quando o fruto do amor redentor de Deus começa a brotar em nós, somos capacitados a ver claramente o que somos, e, então, somos capazes de confessar sem medo. Além do mais, somos capazes de reconhecer que nossos pecados são mais do que ofensas cometidas contra outros. Em última análise, são pecados contra o próprio Deus.

O fato de ter Davi reconhecido isso é evidenciado por sua confissão: “Contra Ti, só contra Ti, pequei e fiz o que Tu reprovas” (Sl 51:4, NVI). Ele não confessou que havia pecado contra Bate-Seba, a quem havia seduzido e engravidado, ou contra o marido dela, Urias, a quem havia enviado para ser morto em batalha. Clamou a Deus e pediu Seu perdão.

Quando Davi pediu um novo coração, usou a palavra hebraica bara, que significa “criar” (Sl 51:10). É a mesma palavra usada na narrativa da Criação, em Gênesis 1. Em certo sentido, então, Davi estava pedindo a Deus que criasse, do nada, algo totalmente novo, assim como Ele criou o mundo. Não estava pedindo a Deus que simplesmente tirasse a corrupção que estava lá e o consertasse. Desejava um novo coração que seguisse a Deus.

Quando confrontados com a realidade de nosso coração pecaminoso, não precisamos correr e nos esconder envergonhados. Podemos confessar livremente nossos pecados sem lamentar: “O que será que Deus vai fazer comigo?” Podemos livremente permitir que o Espírito Santo nos transforme e crie um novo coração em nós que se pareça com o coração de Cristo.

Vendo o Pai, vendo a nós mesmos (Jo 14:9). Em certa ocasião, o discípulo Filipe pediu a Jesus que mostrasse a ele e aos outros discípulos o Pai. Leia a resposta de Jesus em João 14:9. Esse ponto é mais tarde enfatizado pelo escritor de Hebreus, que descreveu Jesus como representação exata de Deus e o sustentador de todas as coisas. Veja Hebreus 1:1-3.

Precisamos compreender que, a fim de conhecermos Jesus, e, dessa forma, conhecermos o Pai, o Espírito Santo precisa estar trabalhando dentro de nós. O Espírito desempenha papel indispensável em nos revelar o modo de ser de Deus e, portanto, o caráter de Deus (Jo 16:5-15).

Todos nós estamos em apuros (Rm 3:12-20; 7:7-12). Se tão-somente pudéssemos aceitar o fato de que todos somos pecadores, seria mais fácil desenvolver um espírito de misericórdia uns para com os outros. A maioria dos cristãos prontamente reconhece que é pecadora. O problema é que demasiadas vezes olhamos com grande repugnância e desprezo para os outros porque temos a ideia de que o pecado deles é pior que o nosso (Mt 7:1-6).

Desculpamos a nós mesmos e imaginamos que aquilo em que fomos apanhados não é tão repreensível como a situação da outra pessoa. A Bíblia, contudo, nega categoricamente essa falácia (Rm 3:12). Reagimos naturalmente dessa forma quando enfrentamos nossos pecados. Adão e Eva foram rápidos para colocar a culpa no outro quando Deus os confrontou. Desde então, todas as pessoas têm feito o mesmo. Mas o Espírito é capaz de quebrar esse círculo e dar-nos a plenitude de vida que Jesus prometeu.

Considere o fruto da bondade, e pense sobre quão melhor sua vida seria se a bondade de Deus transformasse seu coração. Não saia do caminho como alguns fazem quando acham que são tão maus que Deus não pode fazer nada com eles. Quando aceitamos que somos salvos pela graça de Deus, demonstrada por Cristo e atuante em nossa vida por meio do Espírito Santo, podemos começar a experimentar a paz de Cristo prometida em Mateus 11:29 e 30.

Mãos à Bíblia

3. Leia Romanos 3:12-20. Como vemos a realidade dessas palavras ao nosso redor? Como você vê manifesta em sua própria vida?

Um dos fatos tristes da vida é que pode haver pessoas muito talentosas e bem dotadas, encantadoras, carismáticas, pessoas de grande habilidade e inteligência que frequentemente rotulamos como “boas” quando, de fato, são corruptas até o cerne. Quando temos diante de nós a ideia da bondade de Deus, podemos entender muito melhor qual é, realmente, a bondade humana. Com frequência, ouvimos as pessoas não cristãs dizerem que não entendem o que os cristãos querem dizer ao afirmar que o ser humano é naturalmente pecaminoso. Afinal, não existem pessoas que fazem coisas boas, que expressam generosidade, abnegação e amor incondicional? Já não vimos pessoas assim? Como você responderia a esse tipo de argumento?

Paul Kevin Wells | Grand Prairie, EUA

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1 Comentários:

Às 8 de fevereiro de 2010 às 09:49 , Blogger Luana de Oliveira Soares disse...

Elas so praticam essas boas obras porque permitem que o Espírito Santo trabalhe em seus corações e lhes transforme o caráter. Sem essa força lá do alto é impossível alcançar a retidão.

 

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